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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Artigo: Marketing Pessoal versus Superexposição


por Rogerio Martins

Você realmente sabe o que é Marketing Pessoal? Ainda tem muita gente que por aí confundindo marketing pessoal com superexposição. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, como diria uma amiga minha. E veja que são coisas bem distintas, mas, acredite se quiser, tem profissional que confunde tudo. Deve ter lido em algum lugar ou escutado algum consultor ou amigo dizendo que tem de se promover e pronto: catástrofe. Cria-se mais um monstro da superexposição.

Para colocarmos as coisas em ordem, vale lembrar que marketing pessoal é uma ferramenta para o gerenciamento da imagem pessoal e profissional. Serve para melhorar a imagem que as pessoas têm a respeito de alguém, por exemplo. No trabalho o marketing pessoal pode ser utilizado como forma de valorização das atividades que um indivíduo executa. Ele faz, ele divulga. Ele cria um projeto, ele apresenta. Obviamente que estes exemplos são apenas uma vaga idéia do potencial que está por trás das diversas técnicas que esta ferramenta proporciona.

O fato é que algumas pessoas exageram na dose e acham que estão fazendo marketing pessoal. É como o bêbado social: enche a paciência de todo mundo com aquelas piadinhas sem graça e acredita que está agradando. A todo instante “querem aparecer” e isso mais atrapalha do que ajuda.

Uma das premissas do marketing pessoal é justamente saber dosar a exposição. De menos, você não será lembrado. Aquela vaga tão sonhada ou a promoção que estava por vir, não chegará. É preciso que as pessoas realmente saibam do seu potencial, das suas qualidades e qualificações. Ninguém quer ou vai adivinhar, é preciso mostrar. Para isso é necessário criar estratégias de exposição. Saber estar nos lugares certos, participar dos eventos e reuniões mais estratégicos e, mais do que tudo, agir naturalmente.

Agora, quando a exposição é demasiada cria-se um outro problema: o “mala”. Com tudo que tem direito: sem alça, sem rodinhas, pesada e velha. Ninguém agüenta! Sabe aquele cidadão que quando chega na rodinha do café todo mundo vai embora porque lembrou de alguma coisa pra fazer? Na verdade, todos estavam é querendo fugir daquela pessoa chata que só conta vantagem, só fala de si mesmo, que olha para o próprio umbigo o tempo todo. Mesmo quando não há a oportunidade para falar ele resolve abrir a boca.

Para não ser taxado de mala é preciso tomar alguns cuidados. O primeiro é fazer uma auto-análise profunda. Muitas vezes isso não é possível sozinho, pois a tendência é não enxergar o que faz de errado. Se for o caso pergunte para um amigo próximo, uma pessoa de confiança ou a ajuda de um profissional, um consultor de imagem. Avalie como está sua exposição. Faça o teste da rodinha do café.

Em segundo lugar tenha em mente que cuidar da imagem pessoal é preciso observar. Veja aquelas pessoas que são bem sucedidas. O que elas fazem? Como se comportam? Converse com elas, sinta o que elas transmitem a você. Nunca copie, mas aprenda com elas.

E por último esteja aberto para as críticas. Ouça, reflita, filtre e mude sempre que necessário. Vivemos um mundo de intensa transformação. Precisamos nos adaptar às mudanças do mundo ou ficamos para trás. Transforme-se, seja melhor para si mesmo. Cuide da sua imagem, da sua exposição e faça o marketing pessoal correto. Sucesso!


Rogerio Martins é Psicólogo, Consultor de Empresas e Palestrante. Especialista em Liderança e Motivação. Sócio-Diretor da Persona Consultoria & Eventos. Autor do livro “Reflexões do Mundo Corporativo”. Membro do Rotary Club de SP Santana (Distrito 4.430).
Saiba mais em
http://palestranterogeriomartins.blogspot.com

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Como atingir suas resoluções para o ano novo - Por Robert Wong

Iniciativa com Acabativa
Como atingir suas resoluções para o ano novo
Por Robert Wong

Meu amigo Stephen Kanitz costumava dizer que o brasileiro geralmente tem muita iniciativa, mas falta-lhe mais acabativa. Achei esse comentário interessante e pertinente, ainda mais quando todos nós estamos fazendo as nossas resoluções para o ano novo. As promessas são inúmeras e algumas até bem-intencionadas: dedicar mais tempo à família, entrar em forma, fazer aquele curso de pós-graduação, dar uma turbinada na carreira e por aí vai.

Por que muitas dessas iniciativas não têm sua correspondente acabativa? A meu ver, o problema é duplo, pois muitas das iniciativas não se concretizam e outras nem chegam a começar. Por que isso acontece? Por que tantas frustrações? A questão reside numa premissa básica, qual seja a questão da falta do autoconhecimento. Algumas dessas resoluções são tomadas no calor da emoção, no oportunismo do momento ou em reação a um estímulo ou idéia de outra pessoa e que adotamos como nosso. Para começar, é fundamental que uma lista de resoluções do ano novo contemple três ou no máximo cinco metas que estejam pautadas e alinhadas com a nossa própria missão de vida.

No caso das resoluções para o ano que inicia, sugiro uma estratégia que garanta êxito da empreitada, ou seja, que levará você à acabativa. Essa estratégia pode ser condensada em uma sigla simples que eu denominei de I.D.A.S.

I é para INTENÇÃO, a manifestação do desejo, intento ou vontade de realizar ou fazer algo. O
D corresponde à DECISÃO, a resolução e determinação em levar firmemente seu projeto ou objetivo à frente, com prazo determinado.
A é para a AÇÃO, o ato de realizar, fazer acontecer para transformar o seu sonho em realidade. E, finalmente, o
S significa SUSTENTAÇÃO, a manutenção do compromisso consigo mesmo, com persistência e força de vontade de prosseguir, apesar das dificuldades e eventuais fracassos no caminho.

Uma constatação importante provém do fato de que a intenção ou inspiração é uma fagulha que brota na alma. Já a Decisão de levar a idéia adiante, com um planejamento devido e análise dos recursos necessários, é um exercício da mente. Por sua vez, a Ação é tarefa essencialmente do corpo. E finalmente a Sustentação, que é o que mantém o projeto vivo até o sucesso final, é a combinação desses três elementos, ou seja, o alinhamento da trilogia Corpo-Mente-Alma. Quando essa sintonia ocorre, o Universo efetivamente conspira a seu favor.

Começando com uma intenção, tome uma Decisão firme de dar início à Ação correspondente e, por fim, Sustente-a até alcançar a meta almejada. Desta forma, você terá a Iniciativa com a Acabativa. Portanto, faça boas I.D.A.S. para ter bons RETORNOS!

Um ótimo 2009 para todos nós!

Robert Wong é CEO da Robert Wong Consultoria Executiva, empresa que atua nas áreas de headhunting, palestras, personal branding, coaching, counseling e mentoring.

Artigo: Os currículos estão cada vez mais iguais - Faça diferente... veja o que diz Max Gehringer


Os currículos estão cada vez mais iguais. Há empresas especializadas em montar currículos que só mudam o nome da pessoa.

Esses currículos começam com verbos agressivos na primeira pessoa, tipo implantei, liderei, organizei, coordenei… e continuam com os resultados numéricos fantásticos que a pessoa conseguiu em sua carreira. Tanto que, há dois anos, eu cheguei a uma conclusão interessante: todas as pessoas que podiam salvar as empresas do buraco estavam desempregadas. Cheguei a essa conclusão somando os números de 50 currículos que recebi pelo correio, num dia só.

Essas 50 pessoas, segundo os currículos, haviam economizado mais de 300 milhões de reais para as empresas onde trabalhavam, tinham aumentado o faturamento delas em 45% e tinham coordenado investimentos que ultrapassavam 500 milhões de reais. E foram todas despedidas. O que me levou a pensar num complô: será que as empresas estão despedindo os funcionários mais eficientes? Claro que não, salvo algumas exceções. A verdade é que esses currículos cheios de superlativos não impressionam mais.

Olhando pelo lado positivo, sua única utilidade é virar papel reciclado. Muito mais importante que o currículo em si é uma carta pessoal, feita sob medida para cada empresa que vai receber o currículo. Uma vez recebi uma carta que começava dizendo “Prezado Senhor… Sou entregador de pizza”. Era de um jovem que fazia bico como motoboy de pizzaria nas noites de sábado, para poder pagar a faculdade. E pedi para contratar o sujeito imediatamente. Ali estava um exemplo de alguém com determinação e entusiasmo. Portanto, a carta personalizada é o que realmente vai fazer a diferença.

O currículo é só o anexo.

Fonte: Max Gehringer, para a rádio CBN.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Crise é oportunidade única para desenvolver resiliência

Crise é oportunidade única para desenvolver resiliência

Por: Karin Sato
13/02/09 - 13h59
InfoMoney

SÃO PAULO - "Tenho analisado a crise mundial e percebi que os resilientes são aqueles que estão conseguindo superar este momento. Eles não esperam um acontecimento ruim para somente depois fazer algo a respeito. E, mesmo diante das dificuldades em âmbito financeiro, estão entregando resultados".

A explicação é do consultor organizacional Eduardo Carmello, diretor da Entheusiasmos Consultoria em Talentos Humanos e autor do livro "Resiliência - A transformação como ferramenta para construir empresas de valor", da Editora Gente.

Carmello concluiu que resiliência não é somente a competência mais abordada nos últimos anos. É também a competência mais importante em um momento de crise. Afinal, resiliente é aquele que suporta a pressão, se recupera rapidamente após um tombo e, acima de tudo, consegue antecipar os eventos.

"Alguns profissionais conseguiram prever a crise e criaram estratégias e alternativas para transpor a turbulência econômica. Já outros foram pegos de surpresa".

Pratique a resiliência
"Em janeiro, soube de uma imobiliária que, ao contrário de suas concorrentes, estavam vendendo centenas de imóveis. O motivo é que um de seus vendedores havia sacado que, com a crise atingindo as instituições financeiras, as pessoas tirariam o dinheiro do banco para investir em casas e apartamentos. Ele criou um programa focado nesse comportamento", conta o consultor organizacional.

Agir rapidamente frente a uma dificuldade, enxergar soluções e criar planos B. Isso é ser resiliente. "As pessoas têm a escolha de ficarem chateadas com a crise, lamentando seus efeitos negativos sobre os negócios, ou de superá-la, ajudando as empresas para as quais trabalham. Agora, é uma boa oportunidade para ser resiliente", garante Carmello.

Enxergue sua carreira com olhos resilientes
O momento é único também para ser resiliente no planejamento de carreira. As empresas estão demitindo e ninguém está a salvo. Por isso, antecipe-se. "Setenta por cento das pessoas estão receosas com relação ao futuro de seus empregos. Eles não sabem se estão dentro ou fora dos planos de suas empresas", afirma o especialista.

Para evitar que seja desligado da organização, ajude-a na superação da crise. Seja proativo, demonstre iniciativa e se dedique. "Melhore sua capacidade de entrega", recomenda. "Se não tenho certeza do que irá acontecer, darei o melhor de mim, irei focar nos meus talentos e entregar resultados".

Ao mesmo tempo, porém, vislumbre um plano B para sua carreira. Por que não realizar aquele antigo sonho de abrir o próprio negócio? Pesquise as oportunidades existentes e os meios para atingir seus objetivos. Para quem já está insatisfeito há muito tempo com o emprego, por exemplo, talvez seja o momento ideal para buscar uma colocação que tenha mais a ver com seus valores e ideais. Ative sua rede de relacionamentos e pergunte aos amigos se sabem de algum oportunidade.

"No lugar de enxergarem o momento atual como crítico, as pessoas poderiam aproveitar para repensar suas carreiras e arquitetar melhor seus futuros e projetos de vida", finaliza.

As Três Inteligências

Inteligência Racional - Primeira Inteligência

Em 1905, a pedido do governo francês, o psicólogo Alfred Binet (1859 – 1911) e seu parceiro Theodore Simon criaram o primeiro teste de inteligência e o aplicam em crianças com dificuldade de aprendizagem. Em 1916, o psicólogo norte-americano Lewis M. Terman, da Universidade de Stanford, divulgou uma revisão do teste de Binet, chamando-a de escala de Stanford-Binet e lançando o conceito de Quociente Intelectual (QI). A partir daí, outros trabalhos sobre o tema foram desenvolvidos. Segundo o dicionário Aurélio, razão é a própria inteligência, ou ä faculdade que tem o homem de estabelecer relações lógicas, de conhecer, de compreender e de raciocinar. Dão forma a esta primeira inteligência: a- o raciocínio lógico; b- as habilidades matemáticas; c- as habilidades espaciais. Nos dias atuais, Fritjof Capra, austríaco doutor em Física e autor do best seller O Tao da Física defende que o método de pensamento analítico de Descartes e sua concepção mecanicista da natureza, só serão verdadeiramente úteis se forem reconhecidas suas limitações. A definição mais atual sobre o assunto é do psicólogo americano Howard Gardner que diz que a inteligência é um potencial biopsicológico, definido como a habilidade para resolver problemas encontrados por alguém na vida real, gerar novos desafios e habilidade de fazer algo ou oferecer serviços que sejam considerados de valor dentro de uma determinada cultura.

Inteligência Emocional - Segunda Inteligência

Quociente emocional ou inteligência emocional é um termo bem amplo que abrange habilidades interpessoais, empatia, auto-percepção, motivação. Daniel Goleman, um professor da Harvard e autor de vários livros, cita que há uma palavra antiga para o conjunto de habilidades que a inteligência emocional representa: “caráter”. Partimos do princípio de que caráter é um conjunto das ações que você pratica diariamente, tornando você parâmetro para os demais seguidores que confiam em você. As habilidades de liderança são desenvolvidas pela combinação do conhecimento (o que você aprende lendo, por exemplo), com as ações que você coloca em prática. A liderança é um conjunto de habilidades que pode ser aprendido e desenvolvido ou aperfeiçoado. Basta que haja determinação, para que as ações tornem-se inerentes em nossas vidas, rompendo antigos paradigmas, deixando velhos hábitos, conquistando mais pessoas em nossas relações interpessoais. Com persistência e prática, esse processo pode levar a resultados duradouros. É importante enfatizar que o desenvolvimento da inteligência emocional não pode ocorrer sem desejo sincero e um esforço concentrado. Mas pode ser feito. Existe uma frase de Peter Drucker muito interessante: “Lideranças positivas nos levarão a um ponto além daquele que a ciência da administração diz ser possível”. No caso da Inteligência Emocional (QE), é ela quem nos faz avaliar as situações subjetivas, permeia nossas reações de acordo com nossos sentimentos e em relação aos sentimentos dos outros. Está ligada à forma como lidamos com as nossas emoções e seria justamente a capacidade de uma pessoa em utilizar e controlar adequadamente suas emoções. O fundamental é ter a habilidade nas relações pessoais e, em decorrência dela, saber ouvir, praticar a empatia, trabalhar harmoniosamente em equipe e ter a capacidade de reconhecer um sentimento (próprio ou alheio), enquanto ele ocorre. E que a chave para tomar boas decisões pessoais é ouvir os sentimentos. Então, além do QI (Quociente de Inteligência), fala-se também do QE (Quociente emocional) para medir e avaliar o potencial que uma pessoa tem para agir de forma inteligente – racional e emocionalmente. Resumindo até aqui: toda ação provém de um pensamento. Antes de agir, a pessoa avalia racionalmente todas as variáveis objetivas e concretas envolvidas e, se concluir que convém ou que lhe interessa agir daquela determinada forma, terá obtido da razão a aprovação interna para transformar seu pensamento em ação (racional). Num segundo momento, ainda antes de praticar a ação, a pessoa antevê ou imagina a satisfação que ela terá, ou não, se praticar a ação pretendida – agora já utilizando critérios emocionais, e não mais aqueles primeiros, puramente racionais. Se a conclusão dessa segunda avaliação interna também for favorável, então ela terá obtido a segunda aprovação interna (emocional). Uma vez que a idéia convém e agrada à pessoa, a ação será praticada. A questão primordial que desejo mostrar aqui, acerca da Terceira inteligência, que será logo mais abordada em detalhes, é a seguinte: Uma pessoa, utilizando estes dois crivos de avaliação antes de agir, sabendo que a convém e agrada, pode colocar esta ação em prática e dormir em paz consigo mesma? Sabendo que o líder é parâmetro para influenciar o comportamento das demais pessoas, ela só considerará o que agrada a si mesma e convém a ela própria? Óbvio que não deve ser assim... Veremos, no próximo item, que existe algo mais além de razão e emoção...

Inteligência Intuitiva ou Espiritual - Terceira Inteligência

Como vimos na Primeira Inteligência, durante muitos anos, acreditou-se que a base para uma vida de sucesso era o quociente de inteligência, ou QI, conceito 100% baseado na compreensão e manipulação de símbolos matemáticos e lingüísticos. Nos anos 90, Daniel Goleman criou a expressão "inteligência emocional", para descrever a necessidade de se desenvolver o auto-conhecimento, a auto-disciplina e a empatia.

Mais recentemente, cientistas encontraram evidências de que o cérebro humano foi programado biologicamente para fazer perguntas filosóficas e subjetivas, como: "Quem sou eu?" ou "O que torna a vida digna de ser vivida?" Inteligência Intuitiva ou Espiritual, é o que nos deixa perceber que, pela sua natureza, o problema não pode ser resolvido por meio de recursos racionais ou emocionais – e aí nos indica caminhos intuitivos ou espirituais. A terceira inteligência coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos.

Ter alto Quociente Intuitivo ou Espiritual implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. Os cientistas preferem usar o termo Inteligência Supramental, porque significa a inteligência além do mental. Tem a ver com nossos valores, virtudes, e com os arquétipos que definem verdade, beleza, amor, justiça, bondade.

Uma inteligência mais ligada à intuição do que à razão. Aqui, chamaremos de Terceira Inteligência. Existem muitas coisas a serem faladas a título de esclarecimento. Mas de nada servirá se não houver no leitor um verdadeiro interesse em senti-la. No seu sentido mais amplo, a Terceira Inteligência deve ser entendida como uma profunda visão das coisas, das pessoas e do mundo – uma visão tão ampla que consegue enxergar além do concreto, do numérico, do material, do visível – como acontece com as pessoas com visão apenas científica. Obviamente, existe um componente no seu DNA que explica como você usa seu cérebro, mas inteligência também é criatividade, como você vai além da mente, além do conhecido. Quando integramos a intuição, a criatividade, à nossa razão, aí ocorre a transformação que tanto precisamos e é tão enfatizada aqui. Tem a ver com nossos valores e virtudes - que nos levam às perguntas como "por que eu deveria ser uma boa pessoa, apreciar a beleza, amar?" Precisamos usar todas as nossas habilidades, e não apenas a razão, na nossa inteligência... a fim de sermos mais assertivos em nossas decisões, principalmente em se tratando de liderança. É importante equilibrar as emoções negativas com qualidades positivas, que podemos apenas intuir. É aí que a inteligência supramental, intuitiva, ou espiritual, se torna uma noção poderosa para ser cultivada. Longe de querer disseminar ou promover qualquer tipo de religião ou algo do gênero. Gostaria de, simplesmente, colocar a Terceira Inteligência como um questionamento diante de tudo de novo que podemos aprender ao longo de nossas vidas, tornando-nos uma pessoa melhor em todos os sentidos. Gerar conhecimento e auto-conhecimento, são questões fundamentais para o progresso das atividades e da equipe como um todo. Gerar o conhecimento é saber tirar o que há de melhor em todos os membros da equipe. É provocar uma alteração na ordem normal das coisas, fazendo com que cada um desperte o que existe dentro de si. Porém o auto-conhecimento, é busca constante de aprimoramento das informações já arquivadas no cérebro, somada a novas informações adquiridas para o aperfeiçoamento e atualização de conteúdos. É um convite ao novo, ao aprendizado, ao desafio de querer enxergar além do óbvio. Resumindo, existem três tipos de inteligência: - Inteligência Racional, usada para administrar e solucionar os problemas e desafios lógicos e a respeito dos quais temos dados concretos para manusear, mais conhecido como Q.I. (Quoeficiente de Inteligência); - Inteligência Emocional, que aplicamos nas situações subjetivas e nos faz reagir a elas de forma adequada, de acordo com os nossos próprios sentimentos e das outras pessoas. - Inteligência Supramental é aquela que nos faz avaliar nossos valores, crenças, missões. É quando precisamos analisar as circunstâncias e agirmos com moral acerca da justiça, bem como quando estamos diante de crises ou situações dolorosas que nos causam sofrimento. Principalmente quando está em jogo nossa felicidade e a dos outros. É esta a terceira inteligência, que entra em ação quando trata-se do livre-arbítrio. É a mesma diferença entre nos perguntarmos: - Como essa situação me afeta emocionalmente e como devo reagir adequadamente? Ou então: - O que essa situação significa para mim e como posso extrair dela algo para ajudar outras pessoas? De forma direta, pode-se dizer que é a diferença entre agir com a emoção ou com a alma. Para exemplificar, a ação motivada pela Inteligência Espiritual é originada em outros sentidos, como a intuição, ao invés dos cinco sentidos tradicionais. Como disse o filósofo e matemático francês Jules Henri Poincaré: “É pela intuição que descobrimos e pela lógica que provamos”. A filosofia define intuição como o conhecimento imediato de um objeto na plenitude de sua realidade, seja este objeto de ordem material ou espiritual, sendo a percepção de uma verdade diferente daquela que se atinge por meio da razão ou do conhecimento objetivo. Não é fortalecendo o intelecto nem estudando e aprendendo a psicologia do comportamento humano e de todas as emoções que desenvolvemos a terceira inteligência. A intuição pode vir e se desenvolver pela meditação, quando mergulhamos no subjetivo. Precisamos usar todas as nossas habilidades, e não apenas a razão, na nossa inteligência. Nos últimos 50 anos, desenvolvemos uma visão de mundo materialista, reforçando os lados sensorial e mental. Ainda acreditamos que o mental faz parte do físico, que a mente é um fenômeno criado pelo cérebro. Todos nós somos passíveis de emoções negativas, mas é importante identificá-las no momento em que ocorrem, equilibrando essas emoções negativas com qualidades positivas, que podemos apenas intuir. É aí que a inteligência intuitiva, ou espiritual, se torna uma noção poderosa para ser cultivada em nossas consciências. Ao darmos valor primordial à consciência, podemos aprender todas as suas qualidades e experiências, não só as experiências materiais, sensoriais, mas também o que pensamos, sentimos e intuímos. Essa intuição é um fenômeno que se explica pela física quântica, uma comunicação onde não há troca de sinais, chamada conceito de não-localidade. É um fenômeno em que moléculas, elétrons e pessoas se comunicam mesmo a longas distâncias. Isso é a evolução do nosso conceito de inteligência, porque previamente o argumento era que inteligência era a maneira como usamos nosso computador cerebral. Existe um componente em nosso DNA que explica como usamos o cérebro, mas inteligência também é criatividade, como você vai além da mente, além do conhecido (inteligência supramental). Quando integramos a intuição, a criatividade, à nossa razão, aí ocorre a transformação que tanto precisamos, e é justamente esta proposta que fazemos aqui. A nossa proposta é avaliarmos uma forma mais profunda de criatividade, para mudarmos nossas mentes. Reavaliarmos nossos valores. Diante desta nova postura acerca da Terceira Inteligência, substituirmos ansiedade e angústia, sermos mais relaxados e felizes, o que nos permite processar a nossa consciência. A física quântica diz que, quando fazemos isso, infinitas possibilidades se tornam disponíveis. Nossa experiência é gerada quando escolhemos entre as possibilidades. Se as possibilidades não têm tempo de proliferar, enquanto estivermos angustiados, ansiosos e presos dentro de nossos costumes de sempre, estaremos sempre escolhendo dentro de um repertório antigo. Se queremos mudar, devemos permitir que novas possibilidades surjam em nossa consciência, e essa permissão requer um estilo de vida mais tranqüilo, relaxado. E essa é a grande mudança no estilo de vida que é provocada pela terceira inteligência. Ao trabalharmos essa criatividade interior, acessando o supramental e a intuição, damos uma nova forma à nossa experiência interior. Podemos transformar nosso comportamento quando começarmos a viver do jeito que intuímos. Segundo Einstein: “Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio – e eis que a verdade se revela”. Estar receptivo ao afloramento da terceira inteligência, é o ponto chave. Uma postura serena e reflexiva é mais propícia ao afloramento da terceira inteligência do que em meio a ansiedades e pressas. Ser inteligente de forma total significa ter um adequado equilíbrio em relação às três dimensões e formas do conhecimento: o Quociente de Inteligência, o Quociente Emocional e o Quociente Supramental.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cansado da profissão? Mude sua carreira sem deixar a TI


: Seção : IT Careers : Na estante
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Cansado da profissão? Mude sua carreira sem deixar a TI
Fernanda Angelo

Nos Estados Unidos, com o crescimento do offshore outsourcing e a recessão da economia, muito profissionais de tecnologia começam a enxergar menos oportunidades de crescimento profissional no mercado de TI. No Brasil, pelo contrário, o mercado carece de mão-de-obra especializada e seria loucura deixar uma área em que oportunidades batem à porta quase diariamente. Isso não significa, porém, que os profissionais de TI não possam estar insatisfeitos com aquilo que fazem. E, por isso, interessados em mudar o rumo de suas carreiras.

A questão é que, na hora H, surge a sensação de estar jogando fora todo o investimento feito em suas profissões até aqui, bem como a experiência adquirida ao longo do tempo.

No livro "Debugging Your Information Technology Career" (algo como "Corrigindo a sua carreira em TI", na tradução para o português), a autora, Janice Weinberg, mostra que os profissionais de tecnologia podem explorar suas experiências para ingressar em muitos campos além da carreira tradicional de TI. E, ao mesmo tempo, reduzir ou eliminar de vez a sua vulnerabilidade ao offshoring.

A experiência como consultora profissional, bem como suas passagens por empresas como IBM e GE, nas quais atuou como programadora de sistemas e desenvolvedora de aplicativos, parece ter lhe dado a capacidade de identificar as 20 carreiras que descreve em seu livro, editado pela Elegant Fix Press (www.elegantfixpress.com) e ainda sem versão para o português. Apesar de muitas dessas carreiras não serem vistas exatamente como profissões relacionadas a tecnologia, o conhecimento e domínio da computação são qualificações essenciais para o êxito em cada uma delas.

Por exemplo, um analista de negócios ou desenvolvedor de software que tenha orientado uma equipe de vendas na definição de exigências tecnológicas pode se tornar um gerente de projetos globais de procurement capaz de suportar funções desse tipo. Ou então, o conhecimento de um arquiteto de software sobre as melhores práticas em design de sistemas pode ser um conhecimento valioso em um cargo de tomadas de decisões baseadas em tecnologia.

A maioria das carreiras descritas na obra dispensam formação além do diploma de bacharel em tecnologia da informação, sistemas de gestão de informações ou ciências da computação. Outros demandam algum tipo de certificação, mas que muitos dos leitores até já podem deter. Mesmo os recém-graduados em cursos relacionados a tecnologia perceberão, pela leitura do livro, que as oportunidades profissionais vão muito além daquelas tradicionalmente associadas à TI e ciências da computação.

Conforme a autora descreve cada carreira, os leitores conseguirão se imaginar no novo ambiente de trabalho ao ler a descrição hora a hora de um dia típico de trabalho naquele cargo. Eles também entenderão a dimensão que o offshoring já tomou, e quais serão as prováveis vulnerabilidades de cada campo.

Além disso, Janice dá dicas de técnicas de busca de emprego desenvolvidas para campos de trabalho específicos, incluindo orientações para identificar empregadores e determinar os aspectos mais relevantes a serem destacados em seus currículos e entrevistas.

Há no mercado hoje uma série de livros que dão conselhos para profissionais de TI. No caso do "Debugging Your Information Technology Career", a autora dá a esses profissionais um novo - e muito mais amplo - significado ao termo "profissão em tecnologia". Ela demonstra que o conhecimento do profissional de TI constitui bens preciosos em um mundo conduzido pela tecnologia.

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Teorias Motivacionais

Teorias Motivacionais

Motivo, motivação, mover, movimentar e motor são todas as palavras modernas que têm a mesma origem e estão associadas à mesma idéia: a palavra latina motivus, que significa aquilo que movimenta, que faz andar. A palavra motivação representa, então, uma causa que movimenta a natureza humana na busca de algo, estando diretamente ligada com o comportamento das pessoas por oferecer a energia necessária para a ação praticada. As teorias de conteúdo motivacional estudam quais fatores agem sobre as pessoas para mover seu comportamento. Seus estudos retroagem aos filósofos gregos, nas discussões sobre o conceito de felicidade com base na teoria hedônica, que entende o comportamento do homem voltado para o prazer. As teorias motivacionais modernas ainda se inspiram nessas antigas idéias que identificaram três tipos principais de motivos e hipóteses correspondentes sobre a natureza do homem: o ganho material, o reconhecimento social e a realização pessoal.

Modelo de Comportamento

Este modelo procura explicar o mecanismo da motivação a partir de um modelo simples de interpretação das motivações individuais que determinam o comportamento humano. Para isto, considera três hipóteses principais:

a- a primeira, que a motivação é a base do comportamento por não existir comportamento sem haver motivação;

b- a segunda, considera que todo comportamento volta-se para a realização de algum objetivo;

c- e a terceira, que o comportamento pode sofrer alterações devido a conflitos, perturbações ou ansiedade. Este modelo permite interpretar o comportamento como qualquer ação ou manifestação que pode ser observada entre os indivíduos – o estímulo, enquanto relação de causa e efeito – seja própria do indivíduo (motivo interno) ou do ambiente (motivo externo) - e o objetivo, como o resultado alcançado pelo comportamento.
Esta Teoria parte do princípio de que as pessoas se comportam de acordo com um mecanismo similar, respeitadas as diferenças individuais, onde todas são influenciadas por motivos e perseguem objetivos que podem encontrar obstáculos, tais como frustração (perder a hora, ser derrotado), conflito (escolha entre trabalho e estudo) ou ansiedade (passar no concurso - competição).

Teoria das Expectativas

Esta teoria introduz elementos que procuram explicar como a influência das diferenças individuais produz algum tipo de motivação nas pessoas, convalidadas em suas crenças e expectativas, com base em três pontos:

a- O desempenho que se alcança é proporcional ao esforço que se faz.

b- O esforço que se faz é proporcional ao valor que se dá à recompensa.

c- Se a recompensa for atraente, a motivação para fazer o esforço será grande. Esta teoria, ao colocar o esforço como variável dependente do valor percebido da recompensa associa três conceitos, cujos elementos são os seguintes:

a- Valor da Recompensa – A recompensa é o elemento final da cadeia de causas e conseqüências e seu valor é relativo e depende de cada pessoa. Ingressar no serviço público não interessa a um determinado indivíduo, portanto, não há valor a ser atribuído.

b- Desempenho e Recompensa – É a crença de que o desempenho permite alcançar a recompensa. Se a recompensa é tornar-se servidor público é preciso passar no concurso. c- Esforço e Desempenho – Componente inicial da cadeia, a crença de que o esforço produz o desempenho. Se o desempenho consiste em passar no concurso, é necessário estudar.
Teoria Comportamental ou Behaviorismo
Também denominada de Teoria Comportamental, se caracteriza pelo abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores (Teoria Clássica, das Relações Humanas e da Burocracia) e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro do contexto organizacional mais amplo. A visão do behaviorismo puro é o de estudar as reações dos animais em experimentos laboratoriais que, a priori, não se relaciona diretamente com a motivação, porém, oferece elementos para a compreensão dos mecanismos que ativam o comportamento humano, especialmente no que diz respeito à recompensa. O conceito de condicionamento operante, chamado de mecanismo de repetição, que se manifesta sempre que o organismo é forçado a sobreviver para atender alguma necessidade. Um outro conceito foca a idéia de reforço positivo, relacionado com estímulos ou recompensas que trazem satisfação, fazendo com que o comportamento se repita. Da mesma forma, as pessoas evitam repetir comportamentos que lhes tragam insatisfação. Os estudos do behaviorismo tratam ainda de uma questão muito praticada no ambiente de negócios, a punição, definida como a conseqüência desagradável que ocorre após algum comportamento que conflita com certos padrões da sociedade. O cuidado a ser tomado, nestes casos, é que a punição possa parecer o oposto da recompensa, na expectativa de que, ao castigar determinado comportamento aplicando-se uma punição, ele tende a não se repetir. Contudo, o comportamento não se manifesta assim. O castigo é um método ruim de motivação, porque seus resultados não são tão previsíveis quanto os da recompensa. Os efeitos do castigo não são tão permanentes quanto os da recompensa e são freqüentemente acompanhados por atitudes negativas em relação a quem os aplicou e em relação à atividade que os produziu. A Teoria Behaviorista empresta ainda o conceito de programação de estímulos adotado para evitar a extinção da motivação. Programar estímulos diz respeito à freqüência da aplicação de um reforço, podendo ser contínuo ou intermitente. Será contínuo sempre que o reforço for oferecido quando ocorrer o comportamento desejado, e intermitente quando oferecido algumas vezes e outras não, que caracteriza imprevisibilidade, permitindo criar um efeito de expectativa, resistente à extinção.

Teoria da Equidade

Também chamada de Teoria do Equilíbrio, tem por base a crença de que as recompensas devem ser proporcionais ao esforço e iguais para todos. Se duas pessoas realizam o mesmo esforço, a recompensa deve ser igual à da outra. A contribuição desta teoria no ambiente organizacional reside na possibilidade de se aferir o clima no trabalho, por permitir a compreensão quanto à reação das pessoas diante de recompensas oferecidas ao grupo. A percepção individual de eqüidade na distribuição destas recompensas se processa de forma comparativa entre as pessoas com base em quatro tipos principais de referências:

- A própria pessoa, numa posição ou situação diferente na mesma organização, que pode ser percebida como igual, melhor ou pior que a situação atual.

- A própria pessoa, numa situação diferente em outra organização, que pode ser percebida como igual, melhor ou pior que a situação atual.

- Outra pessoa ou grupo de pessoas, na mesma organização.

- Outra pessoa ou grupo de pessoa, em organizações diferentes. Estas medidas de comparação percebidas pelo indivíduo não resultam em conflitos no trabalho, haja vista que prevalece a eqüidade do comportamento, todavia, se há falta de isonomia no trato das pessoas, ter-se-á implicações motivacionais para a organização.

Visão Clássica das Necessidades Humanas

A motivação existe dentro de cada pessoa e se dinamiza através das necessidades humanas. Onde cada pessoa possui suas próprias necessidades, desejos, aspirações. Essas necessidades são forças internas que impulsionam e influenciam os pensamentos e atos das mesmas, direcionando os comportamentos durante a vida. Essas necessidades, ou motivos que impulsionam o comportamento, são individuais e pessoais, pois são determinados pelos fatores que formam a personalidade, pelos traços biológicos e psicológicos e pelas características adquiridas através da experiência pessoal e aprendizagem de cada pessoa.

As teorias clássicas atendem ao imaginativo da modernidade no campo da motivação humana por entender que os indivíduos se movem na busca de satisfação dessas necessidades. Neste sentido, as pessoas são motivadas essencialmente pela necessidade humana; uma vez satisfeita esta necessidade, exaure-se sua motivação, até que se sintam impelidas novamente a repetir o comportamento. Exemplo típico ocorre com a sede ou a fome, consideradas necessidades básicas. A Teoria das

Necessidades

Proposta por Abraham Maslow (1908-1970), esta Teoria parte da idéia das necessidades subdivididas em grupos, que serão transpostos pelas pessoas à medida que forem satisfeitos os níveis inferiores. Bem por isso é representada por um triângulo configurado em níveis de hierarquia, sendo um modelo rígido de desenvolvimento contínuo, onde as pessoas “sobem” ao nível mais alto, alcançando a auto-realização.

Na base inferior da pirâmide proposta por Maslow, encontram-se as necessidades fisiológicas, com grande ênfase na preservação e sobrevivência do ser humano por serem inatas ou orgânicas, como, por exemplo, a fome, moradia (abrigo), repouso, sexo, etc. O nível seguinte constitui o segundo nível em prioridade, procurado quando as necessidades básicas estão relativamente satisfeitas, se insere no contexto da necessidade de segurança, a exemplo da proteção contra qualquer perigo real ou imaginário, a doença, o desemprego, o roubo. As necessidades sociais, que são as relacionadas com a vida associativa do indivíduo com outras pessoas, só serão consideradas para o comportamento humano quando as necessidades anteriores - fisiológicas e de segurança - estiveram relativamente satisfeitas. Exemplo deste nível são necessidades de associação, participação e aceitação por parte dos colegas, tal como amizade, afeto e amor. O nível posterior às necessidades sociais é o nível das necessidades de estima, relacionadas com a maneira pela qual a pessoa se vê e se avalia, como auto-avaliação e auto-estima. Envolve a auto-apreciação, a autoconfiança, necessidade de reconhecimento e aprovação social, como status, prestígio e consideração. O último nível, as necessidades mais elevadas no topo da pirâmide de hierarquia, é denominado de necessidades de auto-realização, podendo ser satisfeita somente pelo próprio indivíduo ao interpretar seu “eu”. Esta análise interior expressa pelo impulso interno de desejar ou querer algo mais, estão relacionadas com a plena realização daquilo que cada pessoa tem de potencial e considera questões como autonomia, independência, autocontrole e competência. Para Maslow, a satisfação plena de um determinado nível de necessidade jamais será alcançada, porém, estando relativamente satisfeita não significa maior motivação. Resta então para o administrador identificar em qual nível desta hierarquia encontra-se determinada pessoa, para concentrar ações que satisfaçam suas necessidades referentes àquele nível ou ao nível superior.

Teoria ERG

A Teoria ERG, denominada ERC em português, tem sua origem nos estudos de Clayton Alderfer segundo o qual existem três grupos de necessidades: existence (E) ou existência, equivalente às necessidades básicas, fisiológicas e de segurança de Maslow; relatedness (R) ou relacionamento, correspondente às necessidades de relações pessoais e as de estima de Maslow; e o growth (G) ou crescimento (C). A Teoria ERC (ERG) contrapõe a de Maslow na idéia da rigidez hierárquica, segundo a qual o ser humano segue linearmente a satisfação de suas necessidades, mudando de um nível inferior para outro superior quando o mesmo foi substancialmente satisfeito. Para Alderfer, a transferência de um nível para o outro não ocorre somente após a satisfação do nível inferior: Uma pessoa pode, por exemplo, estar registrando crescimento mesmo que as necessidades de existência ou de relacionamento não estejam satisfeitas ou todas as três categorias de necessidade podem estar operando ao mesmo tempo. Neste sentido, a proposta de Alderfer aproxima-se mais de uma versão revista da teoria de Maslow, onde acredita que a satisfação das necessidades não é seqüencial, mas sim simultânea, com base em dois princípios: - mais de uma necessidade pode funcionar ao mesmo tempo; na hipótese de uma necessidade na parte superior permanecer insatisfeita; - aumenta o desejo de satisfazer a uma necessidade da parte inferior.

Frustração

É consenso entre as teorias, que as necessidades humanas atuam de diferentes formas no comportamento. Em um primeiro plano, a própria manifestação das necessidades, conforme sua intensidade e natureza impulsiona as pessoas a procurar objetivos como empregos, realização pessoal ou outros interesses individuais. Em um segundo plano, a incapacidade de satisfazer uma necessidade produz um sentimento de frustração, que também pode nascer da falta de eqüidade. A necessidade insatisfeita gera outras manifestações do comportamento humano como fuga, compensação, agressão ou deslocamento. A seguir analisam-se os efeitos da frustração:

a- Compensação – forma alternativa de satisfação de uma necessidade ou busca da satisfação de uma necessidade alternativa.

b- Resignação – estado de desânimo.

c- Agressão – comportamento de fundo emocional, ataques físicos ou verbais, associados aos sentimentos de ira e hostilidade.

d- Substituição ou Deslocamento – impossibilidade de descarregar a agressão contra o objeto ou pessoa que a provocou. Daí a importância de o líder conhecer a si próprio, saber identificar o que causaria frustração em sua equipe, conhecendo o ambiente, os temperamentos das pessoas com quem convivem e procurar harmonizar estes fatores.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Artigo: As empresas precisam de ídolos


por Rogerio Martins

É interessante como as empresas precisam de ídolos. Para que fique clara a idéia deste artigo, vamos considerar que ídolo é a pessoa a quem se tributa muito respeito e veneração; aquilo que é objeto de adoração, de paixão cega. Assim como na música e nas artes em geral, de tempos em tempos surge no mundo corporativo, mais precisamente no mercado editorial e de consultoria ídolos de momento.

Recentemente o livro “O Monge e o Executivo” transformou-se no best seller da vez. Desbancou o até então “insubstituível” livro de cabeceira “Pai Rico, Pai Pobre”. Mérito de seus autores.

Quando Daniel Goleman nos “brindou” com seus estudos sobre a inteligência emocional foi uma febre nos departamentos de Recursos Humanos das empresas. O mercado de consultoria então passou e multiplicar cursos e palestras sobre o assunto como se já o conhecessem há muito tempo. Alguns críticos até alfinetaram que muito dos escritos e idéias apresentadas pelo psicólogo americano nada tinham de novidade. O fato é que pegou! Até hoje tem gente escrevendo sobre o assunto nas mais variadas possibilidades. Só falta surgir a inteligência emocional na culinária organizacional. Quem sabe já existe?

Domenico de Masi foi o ícone da criatividade. Trouxe à baila o ócio criativo. Justamente no momento em que se bradava a necessidade maior criatividade para lidar com a concorrência e um mercado consumidor cada vez mais exigente. Muitas empresas pensaram em adotar suas teorias, mas na prática pouco se viu. O certo é que seus livros e palestras pipocaram no meio empresarial transformando-se em um estrondoso sucesso.

No mercado de palestrantes e conferencistas talvez tenhamos as maiores pérolas. Algumas delas são inesquecíveis, como pessoas que plantam bananeira, quebram tábuas, sobem escadas, se jogam ao chão, fazem mágicas e levam o público ao choro copioso através de histórias comoventes de superação. Tudo isso em nome da motivação dos funcionários. O fato é que, na maioria dos casos, os resultados continuam os mesmos.

Vale alertar que não sou contra todos estes tipos de manifestações. Acredito que há espaço para tudo isso. Há momentos onde o que vale é sensibilizar pelo absurdo. Quantas pessoas já tiveram o insight através de um livro de auto-ajuda ou mesmo uma palestra destas? Mas acredito também que se deve ter cuidado com a adoração aos resultados mágicos.

Quando lidamos com pessoas estamos falando de comportamento. Este comportamento que é desenvolvido ao longo da vida e que na fase profissional carrega uma série de valores, crenças e hábitos. O comportamento pode ser transformado, mas desde que se respeite este arsenal de experiências anteriores e, principalmente, os valores pessoais.

Para atingir resultados através das pessoas é necessário muito mais do que receitas. É preciso entender as pessoas. Por isso, faz-se necessário aprimorar o ambiente profissional, desenvolvendo as lideranças, aperfeiçoando a comunicação, respeitando as diferenças, recompensando de forma justa e, sobretudo, olhando para as pessoas como elas realmente são.

Quando buscamos ídolos estamos indo atrás da realização fantástica. Gasta-se uma fortuna e nem sempre se atinge o esperado. Quando queremos resultados é necessário fazer ajustes de expectativas e de ações. Sendo assim, o comprometimento desejado e os resultados esperados só aparecem quando alinhamos os interesses pessoais com os da organização, deixando de lado as soluções mágicas.

Para concluir, deixo uma frase do psicólogo Carl Jung que resume a idéia deste artigo: “quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta”.


* Rogerio Martins é Psicólogo, Consultor de Empresas e Palestrante. Especialista em Liderança e Motivação. Sócio-Diretor da Persona Consultoria & Eventos. Autor do livro “Reflexões do Mundo Corporativo”. Contato: http://palestranterogeriomartins.blogspot.com/

Teorias de Liderança

Teorias de Liderança - Teoria dos Traços

A primeira abordagem vê a liderança como resultado de uma combinação de traços, enfatizando especialmente as qualidades pessoais do líder, onde o mesmo deveria possuir certas características de personalidade especiais que seriam facilitadoras no desempenho da liderança. Nesta teoria são enfatizadas qualidades intrínsecas da pessoa. Esta teoria permite concluir que os líderes já nascem como tal, não havendo a probabilidade de ‘fazê-los’ posteriormente por meio do uso de técnicas de desenvolvimento pessoal. A visão de liderança – de que os líderes nascem feitos, e não aprendem a ser líderes – ainda é, de fato popular (embora não entre os pesquisadores). Esta teoria dos traços predominou até a década de quarenta, passando estas características a serem estudadas dentro de uma perspectiva universalista, como elementos em si mesmos, não importando a situação e demais fatores em meio às ações dos líderes. Não eram correlacionadas as características, a outros aspectos relevantes, como se a liderança era eficaz ou não, ou a circunstâncias que poderiam interferir no processo. Quanto à sua natureza, esses traços não eram considerados como produtos do meio. Dentro desse enfoque teórico são concebidos como características pessoais inatas. Por um lado, esta abordagem acerca da consistência da teoria dos traços de personalidade, mostrou que o líder não é o mesmo, não agindo sempre da mesma forma, visto que falhou ao identificar as características únicas que os identificariam. Porém, identificou traços constantemente associados à liderança, que podem proporcionar sucesso por diferenciarem os líderes dos não-líderes, tal como, desejo de liderar, honestidade e integridade, autoconfiança e ambição. Como alternativa a esta teoria, os estudos de liderança procuraram enfatizar o comportamento do líder perante determinada situação, onde o enfoque da abordagem situacional é o comportamento tal como é observado, e não alguma hipotética habilidade ou potencialidade inata ou adquirida de liderança. Por tratar-se de sua difícil aplicabilidade da teoria dos traços de personalidade, os estudiosos saíram dos estudos da teoria dos traços de personalidade para a teoria comportamental.

A Teoria do Comportamento Após muitos estudos realizados, acerca dos traços e suas comparações, onde não ficou comprovado que os líderes eficazes não apresentavam nenhuma relação entre traços, ou características que o fizessem desta forma, os pesquisadores procuraram enfatizar os comportamentos que diferenciavam os líderes eficazes. Em outras palavras, em vez de tentar descobrir o que os líderes eficazes eram, os pesquisadores procuraram determinar o que eles faziam. Esta teoria, diferentemente dos traços, defende que os comportamentos podem ser aprendidos e, portanto, as pessoas treinadas nos comportamentos de liderança apropriados, poderiam liderar eficazmente. Estes comportamentos de liderança poderiam ser apropriados em determinada situação e, em outra, definitivamente não seria o aconselhado, considerando os diversos fatores. Foram os estudos baseados nas tentativas de comparação das características dos líderes eficazes e ineficazes, que também não conseguiram comprovar cientificamente os traços associados à boa liderança. Quase todos os demais estudos desta área também constataram que a liderança eficaz dependia não de um determinado conjunto de traços, mas até de que ponto os traços do líder estavam de acordo com as exigências da situação em que ele estava. Um destes estudos descobriu que traços como inteligência, iniciativa e auto-afirmação, estavam associados até certo ponto com altos níveis de desempenho. Os pesquisadores acabaram concentrando-se em dois aspectos do comportamento de liderança: A- Funções de Liderança; Considerando as funções de liderança, onde para um grupo funcionar bem, alguém deveria desempenhar duas funções principais. Uma relacionada com as tarefas, onde a função é a resolução de problemas, e uma outra função, de manutenção do grupo, ou funções sociais. Os estudos realizados na Universidade de Michigan centraram-se no líder atuando no grupo versus sua eficácia. Foi verificado que os grupos mais eficazes possuem um líder que desempenha a função da tarefa, enquanto outro membro do grupo desempenha a função social. Se a mesma pessoa conseguir desempenhar bem ambas as funções, será um líder eficaz. B- Estilos de Liderança. White e Lippit, em um estudo pioneiro sobre liderança, pesquisaram o impacto causado por três diferentes estilos de liderança e o resultado nos climas organizacionais.

Os estilos básicos de liderança são: a- Autocrática; b- Democrática; c- Liberal. Os resultados dessa pesquisa tiveram entusiástica repercussão nos Estados Unidos na época. Os grupos submetidos à liderança autocrática apresentaram o maior volume de trabalho produzido, com evidentes sinais de tensão, frustração e agressividade. Sob liderança liberal, os grupos não se saíram bem quanto à quantidade nem quanto à qualidade, com sinais de forte individualismo, desagregação do grupo, insatisfação, agressividade e pouco respeito ao líder. Com a liderança democrática, os grupos não chegaram a apresentar um nível quantitativo de produção tão elevado como quando submetidos à liderança autocrática, porém a qualidade do seu trabalho foi surpreendentemente melhor, acompanhada de um clima de satisfação, de integração grupal, de responsabilidade e de comprometimento das pessoas. A liderança autocrática enfatiza o líder, a liberal os subordinados. A liderança democrática equilibra a ênfase tanto no líder, quanto nos subordinados. Isto significa que parte das atividades do líder estão ligadas a ‘coisas’, enquanto que a outra parte envolve ‘pessoas’. Estudos realizados nas Universidades de Ohio State e Michigan demonstraram que o estilo de liderança voltado à pessoa era mais positivo e proveitoso. Este estilo estimulava a participação nas decisões, garantindo um ótimo desempenho, onde inspirava confiança e respeito nas pessoas lideradas, conseqüentemente baixando até o número de rotatividade nas empresas, no caso do corporativo. Não existe um modelo padrão, uma receita já pronta para a liderança eficaz, onde podemos dizer que em tal circunstância, a liderança x, y ou z seria a mais adequada. Na prática, o que vemos, é uma mescla dos três estilos de acordo com a situação, com as pessoas e a tarefa a ser executada, após inúmeros estudos na área. A concepção de liderança no contexto organizacional evoluiu no tempo ao deixar de lado tanto a visão simplista de dimensões, quanto à forma de relacionamento do líder com os subordinados, havendo consenso que os estilos não são antagônicos, mas se completam em um processo social complexo que procura discutir a eficácia do líder. Ao aceitar que a liderança é um processo onde os diferentes estilos se completam, significa dizer que o perfil do líder é composto a partir de um quadro bidimensional circunscrito pelos limites das dimensões. Em outras palavras, o comportamento do líder é um combinado dos dois estilos, seja tarefa/autoritário, seja pessoas/democrático. Para as empresas o resultado prático deste estilo de liderança - combinado ou bidimensional - entre a tarefa desempenhada e a satisfação do liderado no trabalho, será determinante para se discutir a eficácia do líder frente à situação vivenciada. A liderança bidimensional parte do pressuposto de que tarefas e pessoas não são pólos opostos inseridas em uma mesma dimensão, mas circunscritas de forma a permitir que o líder combine os dois estilos de comportamento simultaneamente. Não há um estilo que seja melhor que os outros, qualquer que seja a situação, diziam os críticos. Esta crítica coloca a “situação” como a responsável pela eficácia do líder visto seu comportamento ter que, necessariamente, se ajustar para garantir-lhe o sucesso perante seu grupo.

As teorias situacionais explicam a liderança dentro de um contexto mais amplo e partem do princípio de que não existe um único estilo de liderança válido para toda e qualquer situação. A recíproca é verdadeira: cada situação requer um tipo de liderança para alcançar eficácia dos subordinados. A Teoria Contingencial ou Situacional Esta teoria procura identificar qual dos fatores situacionais é mais importante e prever o estilo de liderança que será mais eficaz em determinada circunstância. Os teóricos da contingência defendem a noção de que não existem estilos de liderança universalmente adequados. Determinados estilos têm necessariamente impactos sobre vários resultados em algumas situações, porém não em outras, onde aumentaram as variáveis a serem estudadas. Eles começaram a valorizar a ação do liderado, o aspecto motivacional e o ambiente em si, como elementos cruciais dentro do processo todo da liderança. Nas teorias mais modernas sobre a liderança, tenta-se, a partir de esquemas pré-estabelecidos, encaixar estilos, baseando-se na observação real das características da personalidade ou no comportamento do dia-a-dia. O princípio fundamental das teorias situacionais de liderança é que a eficácia do líder reside na sua capacidade de responder ou ajustar-se a determinada situação. Partindo deste princípio, e considerando os estudos já realizados, resume-se que as pessoas podem nascer com algumas características que, se trabalhadas adequadamente, tendo consigo outras pessoas que também estejam buscando um determinado objetivo, fazendo com que o mesmo seja comum, buscando satisfazer uma necessidade e, sendo flexível nas tomadas de decisões que resultarão em mais ações, forma-se uma cadeia onde, acredita-se que a liderança possa e deva ser eficaz. Desta forma, aperfeiçoada. Há autores que vêem a liderança como algo que vem do interior das pessoas. Aceitam, portanto, que na melhor das hipóteses o líder esteja apenas habilitado a dar apoio e acender a chama poderosa da auto-liderança que já existe dentro de cada um. Nosso foco é uma nova forma de liderança – aquela destinada a facilitar a energia da auto-liderança dentro de cada pessoa. Essa perspectiva sugere uma nova medida da força da liderança – a habilidade de maximizar as contribuições dos outros ajudando-os a guiarem os seus destinos eficazmente, em lugar de fazê-los vergar aos desejos dos outros àqueles do líder. Quanto às pessoas que não nasceram com essas determinadas características de liderança, resumimos que, diante destes estudos, podem agir no sentido de criarem ambientes favoráveis, conhecendo e sabendo abordar as pessoas no sentido de conseguirem um objetivo comum e, desta forma, também produzindo uma liderança eficaz. Portanto, desenvolvida. Para os defensores dessa perspectiva, a principal função do líder é levar os outros a liderarem a si mesmos. A eficácia organizacional e grupal depende não só do treinamento do líder, como também da perspectiva de proporcionar um ambiente no qual ele possa sair-se bem. O enfoque situacional sustenta que tudo seja flexível e possa adaptar-se às demandas das situações, inclusive o estilo dos gerentes. É como se pretendessem que essas pessoas despojassem-se de suas emoções e agissem de acordo com o que a situação está exigindo. Os modelos citados de estilos de liderança, até então, delineiam o comportamento do líder em relação aos liderados, com base na interpretação de que o ambiente no qual se vê inserido encontra-se dividido em dimensões que ora focam na tarefa, ora nas pessoas ou em ambas, simultaneamente.

Em tempos de mudança de paradigmas, novas concepções são agregadas nas discussões sobre estilos de liderança por incorporarem aspectos motivacionais e culturais do homem e da sociedade. Para Mary Fontaine, diretora de serviços globais de talentos e liderança do Hay Group e presidente do Centro de Pesquisa e Inovação McClelland, ambos com sede em Boston, Massachussets, Estados Unidos, há mais de 20 anos assessorando empresas como IBM, PepsiCo, Unilever, Philips, entre outras, trabalhando em assuntos relativos à transformações de liderança e desenvolvimento de equipes. Amplamente reconhecida como expert em liderança e talento, é autora do livro Leadership run Amok: the destructive potential of overachievers, publicado na edição de junho de 2006 da Harvard Business Review. Em entrevista à HSM Management, número 63, ano 11, volume 4, julho/agosto de 2007, p.113-118 fala sobre os estilos de liderança. A Teoria da Liderança Transacional Vale ainda ressaltar os estudos realizados acerca da liderança transacional e transformacional. Na liderança transacional, existe uma troca (seja política, econômica, psicológica) entre o líder e o seguidor, enquanto ambos acreditarem que isso irá beneficiá-los. É uma transação, pura e simples. A Teoria da Liderança Transformacional Já na liderança transformacional, uma ou mais pessoas engajam-se com outras a fim de que tanto líderes ou seguidores elevem um ao outro a níveis mais altos de motivação e moral. Há uma suposição de que os líderes eficazes possuam uma grande sensibilidade a respeito das necessidades dos liderados, onde os mesmos conheçam as suas próprias a ponto de não projetá-las nos seguidores. No caso de liderança transformadora, o líder procura motivos potenciais nos seguidores, no sentido de satisfazer necessidades de alto nível e assume o seguidor como uma pessoa total. Há na literatura autores que defendam a liderança transformacional como sendo a melhor vista pelos liderados quando comparada com liderança transacional. Na liderança transformacional há consideração individualizada, ou seja, há atenção pessoal, o líder trata cada empregado individualmente, treina pessoalmente, aconselha. Abro aqui um parêntese alertando sobre a convergência com a liderança 360o. que trata a pessoa como total (pessoal e profissional). Continuando então, o resultado da liderança transformacional é um relacionamento de estímulo mútuo e elevação que converte os seguidores em líderes e pode convertê-los em agentes morais. Este estudo iniciou uma noção de liderança moral, voltando-se à busca de necessidades, aspirações e valores dos seguidores, com vistas a produzir mudanças nas atitudes, crenças e objetivos. Os valores fins identificados entre líder e seguidor, tais como integridade, honra e justiça, podem, potencialmente, transformar os seguidores. A liderança transformacional cria um vínculo bastante forte em termos de influência mútua, que se propõe como uma ligação muito mais estável, onde líder e liderados aprendem juntos nas situações diárias. Nesta evolução dos estudos sobre liderança, podemos admitir que a mesma pode e deve ser aprendida e aprimorada, porque no dia-a-dia, o líder volta-se a perceber o que é importante para si e para o grupo. Adquirindo sensibilidade e entrando em harmonia com o ambiente; harmonizando desta forma: razão, emoção e espiritualidade, a fim de priorizar suas decisões. A terceira inteligência entra neste sentido, no sentido de perceber como está o ambiente, para que ele identifique como abordará as demais pessoas. Estabelecendo um meio de comunicação, extraindo o melhor de si, incentivando as demais pessoas a fazerem o mesmo. Com bons exemplos, é a melhor maneira de conquistar seguidores. É nesta harmonização com o ambiente, trocando experiências com os demais líderes e seguidores, que se aprende como lidar melhor com as suas, bem como com as características e qualidades das demais pessoas, transformando-as em aprendizes de líderes, enquanto o próprio líder aprende mais. A Teoria da Atribuição Convém citarmos também, quando estudamos liderança, a Teoria da Atribuição. O rótulo de líder parte do princípio de que existe uma pessoa, um grupo ou mesmo uma nação como condição para que lhe possa ser atribuída tal característica. Não é um processo unilateral de autodeterminação da liderança; há um resgate na questão de que o reconhecimento da figura do líder passa pelo consentimento do grupo. O consentimento do grupo será o resultado de um sem número de opiniões individuais contemporizadas para que determinado indivíduo seja rotulado como líder. A manifestação destas opiniões individuais ocorre a partir da percepção de um processo pelo qual os indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais, a fim de dar sentido ao seu ambiente. Essa percepção varia de pessoa para pessoa, e é elemento fundamental para a compreensão da definição desta teoria, proposta para formular explicações para os modos diferentes pelos quais julgamos as pessoas, dependendo do significado que atribuímos a um determinado comportamento. Sua aplicabilidade reside na perspectiva de que se alguém não pode ser líder, pode, ao menos, parecer um líder, iniciando por prestar atenção ou se colocar na posição dos liderados para que possa enxergar o mundo com os olhos dos seguidores. Assim, o líder desenvolverá sua percepção sob a perspectiva dos liderados, fortalecendo sua relação com o grupo em sintonia com o modelo de atribuição da liderança que mostra que para ser líder deve-se nutrir a percepção de que é inteligente, sociável, verbalmente proficiente, agressivo, compreensivo e muito esforçado. Deve dirigir seu comportamento para a ênfase nas tarefas e nas pessoas. E manter uma imagem de consistência.

A Teoria da Liderança Carismática E, por último, podemos citar ainda a liderança carismática, que também está ligada ao processo dinâmico de atendimento das necessidades dos liderados. O sociólogo Max Weber já identificara o carisma enquanto forma de dominação de liderados. Na virada do século XX ressurge um estilo de liderança muito próximo da motivação e dos estudos comportamentais do ser humano, em detrimento dos modelos focados no paradigma democracia-autocracia, ou equipe de colaboradores versus execução da tarefa. Neste sentido, não como forma de dominação, mas como um processo de influenciar pessoas, surge o líder carismático, que é aquele que promove revoluções, renova paradigmas, evoca sonhos e é visto como um agente de mudanças porque conduz seus seguidores a transcender interesses pessoais na realização de determinada ação em prol do sucesso do grupo. A ligação entre líder e liderados no processo carismático é carregada pelo conteúdo moral da missão, fruto de determinada crença que conduz os liderados à participação tendo, exclusivamente como recompensa, a realização da missão ou a tentativa de realizá-la. A percepção “agente de mudanças” do líder carismático, ao expressar característica da liderança como a capacidade de imaginar cenários ideais e realizar feitos extraordinários através da transmissão de uma visão, que sugere uma orientação de futuro a ser alcançado. O líder transformador e o líder carismático assemelham-se por estarem imbuídos deste sentimento de visão que os qualifica na condução de pessoas promovedoras de mudanças, pois inspiram liderados a “darem o sangue” no alcance das metas do grupo sem esquecer das necessidades de desenvolvimento individuais, induzindo-os, ainda, à mudanças de percepções ao estimularem a troca de velhos problemas por novas oportunidades. Bill George, 63 anos, atual professor de prática de gestão da Harvard Business School, foi quem comandou a revolução dos marca-passos na Medtronic, eleito em 2001 o executivo do ano pela Academy of Management dos Estados Unidos, e escolhido em 2004, uma das 24 personalidades mais influentes dos negócios dos últimos 25 anos pela Wharton School e pelo programa de TV Nightly Business Report, da PBS, rede de TV pública dos Estados Unidos. Em entrevista à HSM, fala sobre seu novo livro, True North, onde propõe um modo de liderança com base em pesquisa: a coerência do líder com seus valores e sua história de vida. True North é um livro que trata de como as pessoas podem se tornar aquilo que ele chama de um líder autêntico. Quando escreveu Authentic Leadership, em 2003, concentrou-se nos tipos de líderes que achava necessários no século XXI e falou sobre como eles se diferenciariam de sua geração de líderes. Mais ou menos, na mesma época, Jim Collins escreveu Good to Great e abordou a mesma questão com outro nome, citando o líder nível 5. A questão pendente era como alguém podia se tornar um líder desses, autêntico ou nível 5. A verdade é que eles não sabiam, mas era exatamente isso o que queriam descobrir. Disse também que na área de recursos humanos, muito se falou nos últimos 25 anos sobre competências, estilos e características de líderes, mas nenhum desses estudos comprovou nada definitivamente. A idéia inicial deles era entrevistar 60 pessoas; acabaram entrevistando 125, com idades entre 23 e 93 anos. Os entrevistados lhes disseram que o que os diferenciava eram suas histórias de vida, pois era nelas que estavam suas verdadeiras paixões, quer fossem as pessoas que tiveram influência sobre seu crescimento, os mentores ou os obstáculos enfrentados durante a vida. Era aí que estava a diferença. É o que ele chama de experiência transformadora.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Iniciativa e Acabativa

Fonte www.kanitz.com.br

Isto é um teste de personalidade que poderá alterar
a sua vida. Portanto, preste muita atenção.

Iniciativa é a capacidade que todos nós temos de criar, iniciar projetos e conceber novas idéias.
Algumas pessoas têm muita iniciativa e outras têm pouca.

Acabativa, é um neologismo que significa a capacidade que algumas pessoas possuem de terminar aquilo que iniciaram ou concluir o que outros começaram. É a capacidade de colocar em prática uma idéia e levá-la até o fim.

Os seres humanos podem ser divididos em três grupos, dependendo do grau de iniciativa e acabativa de cada um: os empreendedores, os iniciativos e os acabativos - sem contar os burocratas.

* Empreendedores são aqueles que têm iniciativa e acabativa. Um seleto grupo que não se contenta em ficar na idéia e vai a campo implantá-la.

* Iniciativos são criativos, têm mil idéias, mas abominam a rotina necessária para colocá-las em prática. São filósofos, cientistas, professores, intelectuais e a maioria dos economistas. São famosas as histórias de economistas que nunca assinaram uma promissória. Acabativa é o ponto fraco desse grupo.

* Acabativos são aqueles que gostam de implantar projetos. Sua atenção vai mais para o detalhe do que para a teoria. Não se preocupam com o imenso tédio da repetição do dia-a-dia e não desanimam com as inúmeras frustrações da implantação. Nesse grupo está a maioria dos executivos, empresários, administradores e engenheiros.

Essa singela classificação explica muitas das contradições do mundo moderno.

Empresários descobrem rapidamente que ficar implantando suas próprias idéias é coisa de empreendedor egoísta. Limita o crescimento. Existem mais pessoas com excelentes idéias do que pessoas capazes de implantá-las. É por isso que empresários ficam ricos e intelectuais, professores - entre os quais me incluo - morrem pobres.

Se Bill Gates tivesse se restringido a implantar suas próprias idéias teria parado no Visual Basic. Ele fez fortuna porque foi hábil em implantar as idéias dos outros - dizem as más línguas que até copiou algumas.

Essa classificação explica porque intelectual normalmente odeia empresário, e vice-versa. Há uma enorme injustiça na medida em que os lucros fluem para quem implantou uma idéia, e não para quem a teve. Uma idéia somente no papel é letra morta, inútil para a sociedade como um todo.

Um dos problemas do Brasil é justamente a eterna predominância, em cargos de ministérios, de professores brilhantes e com iniciativa, mas com pouca ou nenhuma acabativa. Para o Brasil começar a dar certo, precisamos procurar valorizar mais os brasileiros com a capacidade de implantar nossas idéias. Tendemos a encarar o acabativo, o administrador, o executivo, o empresário como sendo parte do problema, quando na realidade eles são parte da solução.

Iniciativo almeja ser famoso, acabativo quer ser útil.

Mas a verdade é que a maioria dos intelectuais e iniciativos não tem o estômago para devotar uma vida inteira para fazer dia após dia, digamos bicicletas. O iniciativo vive mudando, testando, procurando coisas novas, e acaba tendo uma vida muito mais rica, mesmo que seja menos rentável.

Por isso, a esquerda intelectual e a direita neoliberal conviverão as turras, quando deveriam unir-se.

Se você tem iniciativa mas não tem acabativa, faça correndo um curso de administração ou tenha como sócio um acabativo. Há um ditado chinês, "Quem sabe e não faz, no fundo, não sabe" - muito apropriado para os dias de hoje.

Se você tem acabativa mas não tem iniciativa, faça um curso de criatividade, estude um pouco de teoria. Empresário que se vangloria de nunca ter estudado não serve de modelo. No fundo, a esquerda precisa da acabativa da direita, e a direita precisa das iniciativas da esquerda. Finalmente, se você não tem iniciativa nem tampouco acabativa, só podemos lhe dizer uma coisa: meus pêsames.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)

Editora Abril, Revista Veja, edição 1572, ano 31, nº 45, 11 de novembro de 1998, página 22

Persistência Objetiva




Perseverança, insistência, constância, fixidez, obstinação, determinação, força, apego, revelia, obstinação, firmeza, prosseguimento, permanência, teimosia e até avareza são algumas das palavras relacionadas à atitude de persistir.

Mas longe de ser um artigo daqueles românticos que dizem que basta não desistir para chegar ao topo o que proponho neste texto é um método que o ajude a atingir seus objetivos.

Todos concordam que persistência é uma qualidade imprescindível para quem quer vencer na vida. O que seria do presidente Lula, de Barack Obama, Felipe Massa, o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, grandes personagens da história ou desconhecidos que venceram na vida sem a famosa persistência? Note o que tem em comum esses felizes “teimosos”:

Plano de ação. Coloque no papel e defina o roteiro que pode te levar a conquistar o seu pote de ouro. O primeiro passo é descobrir o que realmente é sucesso para você. Sucesso é ter dinheiro e tempo livre para fazer o que se gosta? Ter poder político para mudar estruturas? Cada um tem o seu conceito de sucesso. Reflita e defina o seu!

Foco e melhorias contínuas. Definido o que se quer agora é hora de ter muita disciplina para manter o rumo e a coragem para mudar o que não está dando certo. O plano de ação é para ser mudado, melhorado e refinado. Não saia do foco enquanto você tiver convicção de que esse é o seu caminho.

Aprenda com os erros. Costumo dizer que um erro só é um erro quando cometemos pela segunda vez a mesma tolice. A primeira vez é aprendizado e não fique se lamentando por algo que não deu certo. Os persistentes aprendem com os erros e tiram lições valiosas que aperfeiçoam os seus métodos de vida e trabalho.

Defina prazo e itens de controle. Não se iluda e confie nos dados e fatos que suas ações geram. Defina um prazo para ter determinados resultados e não só um prazo final. Muitas vezes a velocidade com que as coisas acontecem não é a desejada. Por isso é importante ter bem definido o que chamo de “itens de controle da vida”. Até que ponto vale a pena persistir? Qual é o meu estágio de vida? A minha carreira está no rumo e no tempo certo? Evite comparações com outras pessoas e compare os seus períodos de vida. Ex: Estou melhor e mais realizado hoje do que há três anos atrás? Os prazos e os critérios de medição são quem ajudarão a descobrir a diferença entre ser teimoso ou persistente.

Não tenha medo de recomeçar ou mudar. Está atingindo suas metas? Parabéns! Agora procure dar novos saltos e não tenha medo das alturas. Está sentindo que o caminho não é por aí, então... recomece. Não fique preso a preconceitos como os de idade, estilo de vida ou opiniões alheias. Ouça somente as pessoas em que você confia, admira e não fique desmotivado devido a comentários alheios. O mundo está cheio de gente maldosa que só vive reclamando e pesquisando como tudo pode dar errado. A estatística sempre está a favor de quem desiste rápido, afinal quem nunca ouviu falar que 90% das empresas morrem com menos de cinco anos de idade, que depois dos quarenta anos é quase impossível recomeçar a carreira. Será? Estatística ajuda, porém não ganha jogo e como diz o jargão futebolístico: Tabus existem para serem quebrados!

Descansar é preciso. Corpo e mente descansados são fundamentais para ir adiante e a pleno vapor. Não abra mão das suas férias e procure ter uma rotina de descanso e exercícios para manter corpo e mente sãos. Persistir não significa fazer tudo ao mesmo tempo ou o mais rápido possível. A palavra persistência rima com inteligência e acredito que isso não é toa.

Seja persistente de forma objetiva e com um método definido. Faça aquilo em que acredita, não abra mão dos seus valores e seja um obstinado na conquista da sua felicidade.


Paulo Araújo
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ter um blog é uma ótima maneira de sacudir a vida profissional

Para a escritora americana Penelope Trunk, ter um blog é uma ótima maneira de sacudir a vida profissional
Por Gabriela Simionato Klein, de Chicago

A americana Penelope Trunk, de 40 anos, é conhecida nos Estados Unidos por escrever conselhos para uma nova geração de profissionais -- pessoas para quem as dicas antigas para conseguir sucesso na carreira já não fazem mais sentido. Experiência e jogo de cintura para isso, a moça tem: casada há 12 anos e mãe de dois filhos, foi de esportista profissional a consultora em carreira, passando por empreendedora e executiva no segmento de tecnologia. Atualmente, Penelope é colunista do site Yahoo Finance e do jornal Boston Globe e tem seus textos replicados em mais de 200 meios de comunicação em todo o mundo. Foi pesquisando a relação entre blogs e carreira para uma de suas colunas que Penelope decidiu testar o que era esse "tal de blog". Gostou tanto da experiência que tem o seu próprio blog -- o Brazen Careerist (http://blog.penelopetrunk.com/) -- e deve a ele o convite para escrever Brazen Careerist: New Rules for Success (ed.Warner Business Books), lançado este mês nos Estados Unidos. Sempre que surge a oportunidade, Penelope indica um blog como elixir para qualquer carreira morna. Foi exatamente sobre esse tipo de registro on-line de pensamentos e notícias que conversou com a VOCÊ S/A, de sua casa em Madison, Estados Unidos.

Por que ter um blog faz bem para a carreira?
Porque ele é um meio de troca, aprendizagem e crescimento. Quando bem executado, o blog se destaca e coloca seu autor em evidência. Claro que isso só acontece quando a pessoa encara o blog como uma oportunidade para expor seus interesses e experiências e escolhe um conteúdo que esteja relacionado de alguma maneira a sua área de atuação. O blog ajuda no networking, torna a pessoa uma referência em sua área e pode abrir portas em outras empresas.


O que "blogar" tem a ver com responsabilidade social?
O blog torna o mundo melhor, pois contribui com a comunidade. E mostra também que, além de profissional experiente e capaz, o blogueiro é comprometido, porque se preocupa em dividir seu conhecimento com outras pessoas.


Todo profissional deve ter um blog?
Sim. Todo mundo pode "blogar" sobre algum aspecto de sua vida profissional. Até quem trabalha em projetos secretos pode abordar assuntos diferenciados que mostrem sua habilidade em pensar de uma maneira crítica e criativa.


O que evitar fazer num blog?
Manter um blog é manter uma conversa. E, para tanto, você deve ter voz própria, opinião. Do contrário, estará apenas divulgando fatos -- e fatos são comuns on-line. Quem não pensa assim, não deve ter um blog. Sempre digo que "blogar" pode fazer a diferença entre uma carreira medíocre e uma que permita tudo-o-que-se-quer-mais-diversão. Mas o segredo é "blogar" e cuidar da carreira em conjunto, com uma abordagem contemporânea. "Blogar" só para conseguir um emprego melhor é o mesmo que ligar para as pessoas da sua rede de contatos somente quando você precisa delas. Um blog efetivo, que gera conversas, precisa estar mais ligado às necessidades da comunidade e ao seu desejo de partilhar conhecimento do que à busca por uma nova oportunidade na carreira . Além do mais, investir na carreira é um processo que nunca tem fim. Então, o blog deve também fazer parte desse investimento.


Que cuidados é preciso tomar na hora de escolher o tema do blog?
É sempre mais fácil se optar por um assunto que você conheça e no qual queira se especializar. O tema deve ser amplo o suficiente para manter o seu interesse - e o das outras pessoas - e específico o bastante para que você possa ser identificado como referência naquele assunto.

Para que servem os críticos

Para que servem os críticos
*por Tom Coelho

"Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar."
(Abraham Lincoln)

Sábado, 17 de janeiro, Anhembi, São Paulo. Após 14 anos, Elton John volta ao Brasil para duas apresentações. Eu estava lá.

O show teve início britanicamente às dez da noite e avançou na madrugada de domingo, regado a eventual garoa paulistana. As primeiras canções não empolgaram tanto a plateia, mas quando os principais hits começaram a ser entoados, o público cantou junto e sentiu-se recompensado pelas horas de espera.

Ao término do espetáculo pude notar e ouvir comentários de satisfação de todos os lados. O ídolo pop demonstrou carisma e entregou aos presentes exatamente o que queriam e que era possível oferecer ao longo de mais de duas horas.

No dia seguinte surpreendo-me com críticas nos jornais qualificando a atração como “medíocre e previsível”. Segundo os comentaristas, a “fase mais criativa” do cantor deixou de ser explorada. Quem leu estas opiniões e não esteve no show pode até ter se sentido aliviado por não ter comparecido. Mas quem as leu e participou da apresentação deve ter ficado com a impressão de que o crítico não foi ao mesmo espetáculo...

Eventos musicais, em sua maioria, são apreciados quando desfilam composições consagradas, convidando a interagir, incentivando a acompanhar o vocalista a cada refrão e estimulando a dançar a cada acorde. Claro que há ocasiões, em especial no lançamento de novos trabalhos, nas quais a plateia marca presença preparada para ouvir o novo, desfrutando do talento criativo de seu artista. Definitivamente, não era este o caso na noite do último sábado.

Mas, afinal, o querem os críticos? Ou melhor, qual a função do trabalho que exercem? Para um artista, seja ator, cantor, compositor, escritor etc., lembro-me de Santo Agostinho que dizia: “Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem”. Em outras palavras, a crítica sincera, honesta, que aponta caminhos assertivamente, é benéfica e essencial. Favorece a reflexão, age como antídoto para a prepotência e a arrogância. Não apequena, mas eleva.

Entretanto, com olhos voltados para o público, gostaria que os críticos produzissem textos capazes de captar e retratar as emoções em lugar de tentar impor uma retórica pessoal, uma estética pasteurizada e uma verdade absoluta de quem parece ansioso por mostrar-se altivo e “formador de opiniões”.

22/01/2009

Tom Coelho é autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela Editora Saraiva, além de consultor, professor universitário e palestrante. Com formação em Publicidade pela ESPM, Economia pela FEA/USP, especialização em Marketing pela Madia Marketing School e em Qualidade de Vida no Trabalho pela USP, é mestrando em Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente pelo Senac. Diretor da Lyrix Desenvolvimento Humano, Diretor Estadual do NJE/Ciesp e VP de Negócios da AAPSA.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
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