ESTE É O PADRÃO APRESENTADO SLIDE 1 TÍTULO

Vá para o Blogger Editar HTML e encontrar este texto e substituir pela sua descrição do post em destaque...

ESTE É O PADRÃO APRESENTADO SLIDE 2 TÍTULO

Vá para o Blogger Editar HTML e encontrar este texto e substituir pela sua descrição do post em destaque...

ESTE É O PADRÃO APRESENTADO SLIDE 3 TÍTULO

Vá para o Blogger Editar HTML e encontrar este texto e substituir pela sua descrição do post em destaque...

ESTE É O PADRÃO APRESENTADO SLIDE 4 TÍTULO

Vá para o Blogger Editar HTML e encontrar este texto e substituir pela sua descrição do post em destaque...

ESTE É O PADRÃO APRESENTADO SLIDE 5 TÍTULO

Vá para o Blogger Editar HTML e encontrar este texto e substituir pela sua descrição do post em destaque...

domingo, 27 de dezembro de 2009

Filme que recomendo: À Procura da Felicidade

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira



sinopse:
Chris Gardner (Will Smith) é um pai de família que enfrenta sérios problemas financeiros. Apesar de todas as tentativas em manter a família unida, Linda (Thandie Newton), sua esposa, decide partir. Chris agora é pai solteiro e precisa cuidar de Christopher (Jaden Smith), seu filho de apenas 5 anos. Ele tenta usar sua habilidade como vendedor para conseguir um emprego melhor, que lhe dê um salário mais digno. Chris consegue uma vaga de estagiário numa importante corretora de ações, mas não recebe salário pelos serviços prestados. Sua esperança é que, ao fim do programa de estágio, ele seja contratado e assim tenha um futuro promissor na empresa. Porém seus problemas financeiros não podem esperar que isto aconteça, o que faz com que sejam despejados. Chris e Christopher passam a dormir em abrigos, estações de trem, banheiros e onde quer que consigam um refúgio à noite, mantendo a esperança de que dias melhores virão.

ficha técnica:
título original:The Pursuit of Happyness
gênero:Drama
duração:01 hs 57 min
ano de lançamento:2006
site oficial:http://www.aprocuradafelicidade.com.br
estúdio:Columbia Pictures Corporation / Relativity Media / Escape Artists / Overbrook Entertainment
distribuidora:Sony Pictures Entertainment / Columbia Pictures
direção: Gabriele Muccino
roteiro:Steve Conrad
produção:Todd Black, Jason Blumenthal, James Lassiter, Will Smith, Steve Tisch e Teddy Zee



DVDs - Submarino.com.br

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Dê um descanso para a sua visão!

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira


Exibido em: 20/12/09
Dê um descanso para a sua visão!
Programinha ajusta os níveis de luz do monitor para não prejudicar a sua vista






terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Drucker: o Homem que Inventou a Administração - Business Week


Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira





Drucker: o Homem que Inventou a Administração - Business Week

PETER DRUCKERPeter Drucker em sua melhor forma – direto, sábio e desafiador.

Durante quase meio século, Peter Drucker inspirou e ensinou gestores – moldando a natureza da Administração de maneira decisiva – com seus artigos marcantes, publicados pela HBR (Harvard Business Review).

Este livro consiste em uma preciosa coletânea dos artigos mais importantes de Drucker, com introdução impecável do editor Thomas A. Stewart, da HBR.

Por meio da visão singular de Drucker, este volume apresenta uma rara oportunidade de acompanhar a evolução das incríveis mudanças nas organizações e de entender melhor o papel dos gestores no contínuo esforço de alcançarem o equilíbrio entre mudança e continuidade.

Drucker traça um painel claro e abrangente do pensamento e da prática da Administração – ilustrando como foi no passado e como será no futuro. Lapidada com uma perspectiva amadurecida, esta coletânea revela as idéias de Drucker em sua melhor forma.

Drucker oferece a executivos e gestores uma profusão de insights e diretrizes práticas para enfrentar os desafios mais espinhosos da atualidade:

* Como permanecer atuante e produtivo durante uma longa carreira, e identificar os ambientes empresariais nos quais você poderá contribuir da melhor maneira.
* Técnicas para reconhecer quando as premissas fundamentais de sua empresa devem mudar.
* Como tomar decisões eficazes: como identificar o problema, garantir a implementação da escolha final e vencer os desafios únicos inerentes ao processo decisório que envolve pessoas.
* Métodos para aumentar a postura inovadora de sua organização, como a procura por grandes oportunidades no mercado, novidades no setor, mudanças demográficas e, até mesmo, falhas em produtos e serviços.
* Como garantir que os sistemas de informações gerem os dados necessários para executarem a estratégia competitiva de sua empresa.
* Estratégias para a aquisição do conhecimento necessário para liderar, convertendo o saber em ação e garantindo que todos na empresa assumam a responsabilidade pelos resultados.
* Maneiras de reconhecer a hora de abandonar antigas práticas organizacionais para se adaptar às mudanças e tirar proveito delas no cenário dos negócios.
* Como motivar os trabalhadores do conhecimento e aumentar sua produtividade.

“Drucker fez mais do que arar o solo de um novo campo de conhecimento: plantou nele idéias que hoje frutificam mais do que nunca. A cada ano, gestores descobrem a importância extraordinária e imediata dos artigos e livros que o autor escreveu antes do nascimento deles ou mesmo dos pais deles.

‘Nada é mais inútil do que fazer com eficiência extraordinária algo que não precisaria ser feito de jeito algum.’ Essas palavras foram publicadas há duas gerações, em 1963, mas ouso dizer que, nos últimos dias, em algum lugar do mundo, um jovem gestor destacou-as com um marca-texto amarelo ou sublinhou-as com uma caneta esferográfica...

Editora: Campus
Edição: 1
Ano: 2006

sábado, 5 de dezembro de 2009

Jovens relacionam aspectos profissionais com melhor qualidade de vida

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira



Jovens relacionam aspectos profissionais com melhor qualidade de vida
04 de dezembro de 2009 às 00:07

Por Equipe InfoMoney - InfoMoneyUma pesquisa realizada pela Unep (United Nations Environment Programme), a pedido do Instituto Akatu, revelou que os jovens consideram os aspectos profissionais fundamentais para ter uma boa qualidade de vida.

Para 33% dos jovens entrevistados, os aspectos profissionais (bom emprego, ter próprio negócio, estar trabalhando) são os aspectos mais importantes para se viver bem. Em segundo lugar, estão os aspectos pessoais, que envolvem saúde, qualidade de vida, entre outros, com 28% das respostas. A estabilidade financeira ocupa a terceira colocação, com 24%.

Prioridades

O emprego também está na lista das prioridades dos jovens. Nesta categoria, melhorar suas condições econômicas, a exemplo do emprego, é o terceiro fator mais importante para 18% dos entrevistados. Em primeiro lugar, está combater o crime (32%) e, em segundo lugar, está reduzir e erradicar a pobreza (27%).

A pesquisa foi aplicada do dia 6 ao dia 14 de abril deste ano. Foram feitas mil entrevistas com jovens e adultos com idade entre 18 e 35 anos de todas as classes socioeconômicas, moradores de nove regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Belém, Recife, Salvador e Fortaleza, além do Distrito Federal.

Perfil dos entrevistados

Entre os jovens e adultos entrevistados, 17% estudavam e 71% trabalhavam, sendo que 54% trabalhavam em período integral e 17%, em meio período.

Os participantes da pesquisam que disseram receber salário representaram 69% e 26% disseram ter apoio financeiro da família.

Em relação às despesas, 59% tinham como principal gasto familiar alimentação e bebidas e 32%, aluguel, energia e água.
URL :: http://www.administradores.com.br/noticias/jovens_relacionam_aspectos_profissionais_com_melhor_qualidade_de_vida/28325/




Artigo: Não deixe para o segundo tempo. Marque já seu gol!

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira



Não deixe para o segundo tempo. Marque já seu gol!
02 de dezembro de 2009 às 10:46

O aumento da expectativa de vida exige uma nova postura. Quanto guardar e onde investir serão fatores determinados pelos anos que você terá pela frente para fazer uma poupança. Quanto mais cedo você começar a poupar, maiores serão seus ganhos.

Imagine que a hora de “pendurar as chuteiras” está chegando. Certamente, você pensará: “de agora em diante, não preciso acordar cedo para ir trabalhar”. Muitos até se veem pegando um avião e indo à Nova York sem data para voltar ou mesmo planejando aquela tão desejada temporada na praia, depois de anos e anos na briga por um lugar no disputado mundo corporativo.

Tudo parece um sonho nos primeiros dias. No entanto, se sua conta bancária acender o sinal de alerta, não tenho dúvidas que você se verá impelido a procurar emprego. Se sua ficha não tiver caído, achará que as oportunidades ainda surgirão, certo? Errado! O emprego não virá e a sensação de desespero começa a fazer parte de sua vida.

É isso mesmo, infelizmente as chances de um novo emprego não existirão mais e a maior dúvida que você terá é: o que fazer? Essa é a pergunta que muitos se fazem quando os cabelos grisalhos não são mais uma ameaça,e sim, uma dura realidade. Todo mundo reconhece que jamais pensou nisso quando tinha seus 30 anos; sequer acreditava que esse dia chegaria. Mas ele chega, sem dó nem piedade.

Pior ainda para aqueles que lutam pelo pão de cada dia e sabem que a aposentadoria será uma dura fase de transição. Sim, porque o salário mal dá para pagar as contas. Surge, então, outro impasse: como fazer dali para frente se o dinheiro da previdência não é suficiente ou nunca houve uma poupança e só lhe resta continuar trabalhando?

O grande problema é que vontade e disposição não faltam, afinal, é preciso seguir a vida, pagar o aluguel, o condomínio, a luz, a água, o telefone, o supermercado. As contas não esperam o dinheiro aparecer; elas batem à sua porta todo mês, uma atrás da outra. Difícil não? Só quem vive na pele sabe muito bem o que é não ter certeza do amanhã.

Por isso, planejar é fundamental. Se ao longo da vida está sendo complicado manter a casa e a família, imagina quando a aposentadoria chegar? De uma forma ou de outra, acredito ser essencial olhar para o aspecto financeiro. Quando? Já! É preciso dar um jeito, nem que seja guardando 20 reais por dia que, capitalizados, vão garantir um bom saldo após 30 anos. Tenha certeza que criar o hábito de poupar vai mudar sua forma de agir e encarar a vida.

Você pode ter que ficar na ativa por mais anos, mas tudo será diferente. Você não será refém do acaso, da necessidade de aceitar qualquer coisa porque falta dinheiro ou ter que se submeter a humilhações ou pressões que, convenhamos, é para quem está trilhando os primeiros passos na carreira.

O aumento da longevidade exige uma nova postura. Quanto guardar e onde investir serão fatores determinados pelos anos que você terá pela frente para fazer uma poupança. Quanto mais cedo você começar a poupar, maiores serão seus ganhos. Não deixe para o segundo tempo o que precisa ser decidido no primeiro. Vá para o ataque e assuma o meio de campo. Mas não esqueça que sem defesa, você pode ser surpreendido pelo inesperado. Vista a camisa e não faça gol contra. Craque que é craque tem cabeça e dinheiro na c

Link: http://www.administradores.com.br/artigos/nao_deixe_para_o_segundo_tempo_marque_ja_seu_gol/36415/




sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Livro que recomendo: Você É Do Tamanho dos Seus Sonhos



Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira


Sinopse:

Todos nós sonhamos em ter sucesso na profissão, encontrar um amor, garantir um futuro melhor para os filhos, viver bem financeiramente, viajar, engajar-nos em uma causa social, ter saúde e amigos. Mas, em geral, nos entregamos à rotina e nos rendemos aos obstáculos. Este livro ajuda o leitor a resgatar a capacidade de sonhar e empreender mudanças objetivas para realizar seus projetos. César Souza apresenta um passo-a-passo para tirar os sonhos da cabeça e torná-los realidade; além de 50 exemplos de realizadores de sonhos brasileiros, desde empresários e celebridades até uma barraqueira da praia e um taxista. A primeira versão do livro vendeu mais de 150 mil exemplares. Esta nova edição é atualizada para os novos tempos e conta com capítulos e dados inéditos.

Autor: Souza,César

Filme que recomendo: Coach Carter - Treino para a Vida

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira


sinopse:
Richmond, Califórnia, 1999. O dono de uma loja de artigos esportivos, Ken Carter (Samuel L. Jackson), aceita ser o técnico de basquete de sua antiga escola, onde conseguiu recordes e que fica em uma área pobre da cidade. Para surpresa de muitos ele impõe um rígido regime, em que os alunos que queriam participar do time tinham de assinar um contrato que incluía um comportamento respeitoso, modo adequado de se vestir e ter boas notas em todas as matérias. A resistência inicial dos jovens acaba e o time sob o comando de Carter vai se tornando imbatível. Quando o comportamento do time fica muito abaixo do desejável Carter descobre que muitos dos seus jogadores estão tendo um desempenho muito fraco nas salas de aula. Assim Carter toma uma atitude que espanta o time, o colégio e a comunidade.

titulo original: (Coach Carter)
lançamento: 2005 (Alemanha) (EUA)
direção: Thomas Carter
atores: Samuel L. Jackson , Rob Brown , Robert Ri'chard , Rick Gonzalez , Nana Gbewonyo

duração: 136 min
gênero: Drama



DVDs - Submarino.com.br

domingo, 22 de novembro de 2009

Artigo: Jogando Xadrez

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

Jogando Xadrez
*por Tom Coelho

“O sucesso na vida não depende de receber boas cartas,
mas de jogar bem com cartas ruins.”
(Warren G. Lester)

Eu contava cerca de sete anos de idade, quando fui apresentado ao jogo de xadrez por um primo mais velho. Numa infância pobre, utilizávamos um tabuleiro de jogo de damas e adaptávamos as peças a partir de componentes de outro jogo de tabuleiro, War. Assim, os dados viravam torres; os aviões, cavalos; os exércitos, peões.

Já adulto, coloquei-me a refletir sobre os benefícios daquela experiência lúdica. Esporte, para quem enxerga a dedicação e o desempenho inerentes à prática; jogo, para quem atribui o resultado da partida à sorte ou ao azar; arte, diante da criatividade e estilo empregados. O fato é que o xadrez é certamente responsável por aspectos de minha personalidade e conduta profissional.

O jogo tem um objetivo muito bem definido: o “xeque-mate”. Isso nos remete à questão de se estabelecer metas – e buscar cumpri-las. Para tanto, são necessários planejamento e estratégias definidas. E, para traçá-las, criatividade e imaginação.

Uma partida exige concentração, o que nos proporciona desenvolvimento do autocontrole. E sua duração tem um tempo-limite determinado. Assim, hierarquizar tarefas e gerenciar o tempo mostram-se imprescindíveis.

Mas o melhor do xadrez está no exercício de pensar os lances seguintes. Os seus, e os do adversário. Grandes enxadristas conseguem vislumbrar, a cada nova rodada, toda uma partida. Isso demanda um raciocínio lógico e espacial abrangentes. É o estímulo para o desenvolvimento da intuição e da capacidade de antecipação, além do hábito de visualizar o futuro. E o esforço por elevar a performance a cada lance lembra-nos a idéia do aperfeiçoamento contínuo, ou kaizen.

Não existe o jogo de duplas. Sob esta ótica, o xadrez é um exemplo perfeito da solidão do poder. A autonomia para movimentar uma ou outra peça é exclusividade do jogador. A decisão é sua. E o resultado, vitória ou derrota, é conseqüência direta das opções feitas. Esta é a hora de se administrar as emoções. Curtir o entusiasmo decorrente do sucesso, sentindo-se realizado; o prazer pela conquista, o sabor da superação. Ou tolerar o fracasso, aprendendo pacientemente com o mesmo, adotando uma postura resiliente.

Por fim, até mesmo ética se aprende através do xadrez. Do respeito ao adversário, cumprimentando-o no início e término da partida, mantendo-se em silêncio enquanto aguarda sua jogada, sem jamais trapacear mediante alteração das posições das peças num momento de distração do oponente, até o cumprimento da regra “peça-tocada é peça-jogada”, uma simbologia perfeita para denotar que podemos muitas vezes utilizar Ctrl-C + Ctrl-V, em nossas atitudes, mas o Ctrl-Z não é admitido...

O Profissional Empreendedor deve aprender a ser um enxadrista. Porque nossa vida é um grande jogo de xadrez. Estamos todos no mesmo tabuleiro e recebemos as mesmas peças. É certo que alguns são ligeiramente favorecidos pelo destino, ficando com peças brancas e iniciando o jogo. Mas, não raro, falta-lhes sabedoria para lidar com esta vantagem comparativa.

Estabelecer metas, planejar, traçar estratégias, administrar o tempo, tomar decisões, ser criativo e imaginativo, compor cenários, exigir qualidade, controlar emoções, respeitar ao próximo. Estas não são apenas regras para se vencer um jogo de xadrez. Não são apenas regras para se conquistar o jogo do mundo corporativo. São regras para se alcançar com êxito a própria felicidade no jogo da vida.

Tom Coelho é professor universitário, palestrante e escritor com artigos publicados por mais de 400 veículos da mídia em 14 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilização através do e-mail talento@tomcoelho.com.br

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Filmes sobre a vida estudantil

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

Uma seleção de filmes sobre a vida dos estudantes, desde a época do colégio, em intercâmbios, na universidade e até nas festas de faculdade

Por Camila Fink
Fonte: Ikwa (http://www.ikwa.com.br/news_channel/show/302)


10. “Sociedade dos Poetas Mortos”
Peter Weir, 1989
No final dos anos 50, John Keating (Robin Williams), ex-aluno da Welton Academy, é contratado para ser o novo professor de literatura da instituição. Seu objetivo é inspirar seus alunos a desenvolver suas habilidades e a capacidade crítica. De tão clássico, já ganhou até uma versão que se passa em um internato de meninas. Dramático do começo ao fim, é considerado um dos filmes mais poéticos do gênero e faz muita gente chorar. Vai um lencinho, aí?

9. “Curtindo a Vida Adoidado”
John Hughes, 1986
Quem nunca teve vontade de tirar o dia de folga, na época do colégio, na faculdade ou no dia a dia de trabalho? John Hughes, um dos gênios dos filmes adolescentes dos anos 80, diretor de “Clube dos Cinco” (1985), imortalizou esse desejo no personagem Ferris Bueller (Matthew Broderick). Apesar de ser bem característico dos anos oitenta e da história ser absolutamente inverossímil, o filme é divertidíssimo e conquista público até hoje.

8. "Patch Adams- O Amor é Contagioso"
Tom Shadyac, 1999
Não são apenas os jovens que entram na faculdade. Um dos mais famosos estudantes quarentões da ficção é Patch Adams (Robin Williams), que se interna em um sanatório para se recuperar de uma depressão e lá descobre seu interesse em ajudar os outros. A história é baseada na biografia de Hunter Adams, que inspirou de grupos de médicos-palhaços como o Doutores da Alegria. Trata-se de uma comédia dramática dessas de fazer uma enxurrada de lágrimas.

7. “Apenas o Fim”
Matheus Souza, 2009
Este é um dos raros exemplares dos longas-metragens nacionais que abordam a temática estudantil. Apesar de não discutir o dia a dia universitário, o enredo fala de aflições dos estudantes e de jovens profissionais que não sabem o que esperar do futuro. Além disso, a história se passa dentro da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e o filme foi dirigido por um aluno de cinema da instituição.

6. “Procura-se um Morto”
Alan Cohn, 1998
Dois colegas de quarto curtem a vida universitária nas baladas do campus e o resultado negativo logo chega com as baixas notas do boletim. Para salvar o pescoço e não bombarem, eles descobrem uma maneira bastante surreal de não serem expulsos e ainda por cima ganharem as notas máximas.

5. “Legalmente Loira”
Robert Luketic, 2001
Para provar toda a sua capacidade, Elle Woods (Reese Whiterspoon) resolve estudar para passar no curso de direito de Harvard. Na faculdade, Elle quebra o estereótipo da loira fútil, leva um pouco de moda para os sérios estudantes do campus e apresenta aos espectadores o dia a dia de um estudante de direito na universidade e em ação no tribunal.

4. “Quebrando a Banca”
Robert Luketic, 2008
O filme é inspirado na história real de um grupo de alunos da instituição liderado por Jeff Ma do MIT que vai para Las Vegas aos finais de semana fazer fortuna nos cassinos com truques matemáticos. O esquema era usar conhecimentos estatísticos para contar cartas e, com a ajuda de um sistemas de sinais, vencer todas as rodadas do
21, também conhecido como blackjack.

3. “Gênio Indomável”
Gus Van Sant, 1997
A universidade é muito mais um pano de fundo dessa história de amizade entre o psiquiatra Sean McGuire (Robin Williams) e Will Hunting. Interessante observar que nem sempre as mentes mais brilhantes estão nos bancos universitários e que a genialidade não é sinônimo de sucesso profissional.

2. “Eleição”
Alexander Payne, 1999
O filme é uma dobradinha de atores que já apareceram nessa lista. O filme pode parecer mais uma comédia adolescente americana, mas vai além disso. Fala sobre embates de poder, faz críticas ao chamado “american way of life” e ilustra um pouco da vida política estudantil nos EUA.

1. “Albergue Espanhol"
Cédric Klapish, 2002
Xavier (Romain Duris), estudante parisiense, está no último ano do curso de economia quando decide fazer um intercâmbio em uma faculdade de Barcelona para aprender a falar espanhol e conseguir um emprego. Lá, Xavier encontrar uma república onde vai morar com estudantes de diferentes nacionalidades. Apesar de alguns clichês, trata-se de um dos melhores filmes sobre a vida estudantil em república, retrata um intercâmbio e o amadurecimento dos jovens.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Nova lei reestrutura a contratação de estagiários

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

Angelica Kernchen



Em setembro de 2008 passou a vigorar a nova lei para estágios e, desde então, todas as empresas devem aplicá-la na admissão de novos estagiários. O Dr. Fernando Cordeiro da Luz, coordenador da área de Contencioso da Franco Montoro e Peixoto Advogados Associados, diz que a nova lei regulamenta detalhadamente o tema e traz uma previsão bem definida dos direitos e obrigações das três partes envolvidas (estagiário, empresa e instituição de ensino), além da definição de prazo para o estágio, quantidade de estagiários por empresa e previsão de penalidade para o caso de descumprimento de cláusulas contratuais.


Márcia Teodoro, assessora jurídica da Universidade Cidade de São Paulo e especialista em gestão educacional e direito empresarial, chama a atenção para o que considera uma das principais mudanças estabelecidas por essa nova lei: o direito a férias remuneradas. “Os estagiários não tinham esse direito, mas agora os empregadores terão que garantir que elas aconteçam preferencialmente quando o aluno estiver em recesso escolar. Estagiários que não completarem um ano na vaga passam a ter direito a férias proporcionais (e a remuneração idem)”, explica.


Contudo, é preciso ressaltar que mesmo com a conquista desses benefícios, a atividade de estagiário não constitui vínculo empregatício, o que já era tratado pela legislação anterior. “O que acontece é que a nova lei criou uma possibilidade do vínculo ser exigido para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária caso haja descumprimento pela empresa das novas regras”, alerta Márcia.


Porém, todas essas alterações colocaram em debate outra questão: as novas mudanças farão com que as empresas reduzam suas vagas de estágio?


Especialistas garantem que não: “a regulamentação só traz segurança jurídica; isso fará com que um número maior de empresas abra vagas de estágio, permitindo ao estudante ingressar mais cedo no mercado de trabalho”, diz Dr. Fernando. “Muitos de nossos colaboradores efetivos iniciaram na empresa como estagiários, isso faz com que o programa de estágios ganhe credibilidade, pois incentivamos a formação e a preparação do estudante para adquirir experiência até se tornar um profissional qualificado para assumir novos espaços na empresa”, declara Aline Antonel de Castro, coordenadora de Gestão de Pessoas da Cosmotec, empresa que utiliza serviços da Catho Online para divulgar suas vagas de estágio.


E se ainda existem dúvidas sobre redução de vagas de estágios por conta da nova lei, Aline atesta: “Apostamos em novos profissionais, procuramos o famoso brilho nos olhos na hora da contratação, qualidade geralmente encontrada no perfil de estagiário. Atualmente contamos com 6 estagiários, o que representa 6,20% do nosso quadro de colaboradores. Com a empresa em expansão, estamos estudando a abertura de novas vagas”.


De acordo com Aline, existem algumas características que devem ser levadas em conta para aumentar as chances de contratação ao concorrer a uma vaga. Essas características remetem ao perfil de profissional requerido pelas empresas no mercado de trabalho atual. “O novo profissional deve estar atento a mudanças e preparado para encará-las. Hoje em dia, não basta ser técnico nem rechear o currículo com diplomas e cursos. A parte comportamental conta muito, e acredito que qualidades como a autoestima, boa comunicação, equilíbrio, maturidade, entusiasmo e muito bom humor para enfrentar as pressões diárias formam o diferencial do bom profissional”, explica Aline, que comenta ainda que questões como atitude e busca por seu diferencial influenciam muito na hora de contratar um estagiário.


Mais que isso, a vontade de conseguir a vaga conta muito. “Interesse. Normalmente, as empresas não exigem que o estudante que se candidata ao estágio tenha experiência, pois elas até mesmo preferem formar o profissional, preparando-o para uma possível efetivação no futuro. É necessário que o candidato mostre-se proativo e tenha condições de se integrar bem ao trabalho em equipe. Boa formação escolar, conhecimentos de informática e língua estrangeira podem ser um diferencial no momento da seleção”, instrui Dr. Fernando.


Apesar de ser um grande desafio conciliar estágio e estudo, um conselho dos especialistas a todos os estudantes é para que saibam administrar seu tempo. Apesar do estágio ser trabalho e fonte de renda, seu foco continua sendo complementar a formação acadêmica. “Vontade e determinação para conseguir conciliar estudo e trabalho é muito importante, mas também é uma questão de costume. O importante é não submeter o corpo e mente ao estresse excessivo. Tentar relaxar aos finais de semana é uma boa dica”, finaliza Aline.



Oportunidades de estágio

Hoje existem na Catho Online mais de 9.600 vagas de estágio disponíveis.



Fonte: Empregos Catho Online

domingo, 1 de novembro de 2009

Lição de Vida: Élson Júnior aproveita pausa do almoço para tocar piano

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

Fonte: O Portal de Notícias da Globo
01/11/09 - 20h59 - Atualizado em 01/11/09 - 20h59

Gari pianista faz dueto com neto de Jobim

Élson Júnior aproveita pausa do almoço para tocar piano.
Gari também dá aulas de música.

Do G1, no Rio, com informações do Fantástico

Um gari vem chamando a atenção de todos por causa de seu talento musical: todos os dias ele vai tocar piano na subprefeitura do Centro do Rio. E Élson Júnior, de 26 anos, ganhou um presente: um dueto com o neto do ídolo Tom Jobim, Daniel Jobim.

A história dele é surpreendente: Élson é um gari como tantos, mas tem um talento como nenhum outro. Ele mora em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Todos os dias ele acorda às 4h para chegar às 8h na prefeitura do Rio de Janeiro.

“Aqui a gente faz uma quantidade grande de rua. Na Comlurb, a gente tem setores que a gente trabalha: tem o Saara, a Rua Uruguaiana, Rio Branco, no total de três a quatro ruas por dia totalizam um setor, esse é o nosso trabalho”, explicou Élson. “Antigamente o gari era o famoso lixeiro e algumas pessoas ainda têm esse pensamento de ver o gari como lixeiro”.

“Só quem trabalha nessa profissão para saber como é difícil às vezes ser ignorado pela sociedade, mas eu admiro muito”, se orgulhou a esposa de Élson, Ana Lúcia Silva.

“Ele nunca se deixou abater pelas dificuldades, pelas adversidades, até porque a nossa família nunca teve condições de proporcionar aquilo que ele queria”, disse o pai do gari, Élson Ferreira da Silva

Emocionada, a mãe Sandra Regina Silva também se diz orgulhosa do filho.

No trabalho, a parada ao meio-dia é sagrada. “Esse é o momento que a gente para pra poder almoçar e não pode demorar muito. A gente come rapidinho, porque daqui a gente já está indo ali para o lugar onde a gente faz aquele som todos os dias”, revelou.

Élson Júnior corre, porque ele tem hora marcada na subprefeitura.

“Eu vim aqui e o piano não estava sendo utilizado atualmente. Aí eu vim fazer uma limpeza no local, aí cheguei aqui e vi o piano, pedi para o superior encarregado para fazer um som, na hora ele meio que relutou, mas depois eu vim aqui falei com a moça da Guarda Municipal. Ela disse 'pode tocar'. Mas senti que ela ficou meio assim, 'um gari tocando piano'”.

Dueto com Daniel Jobim

O ídolo do gari é Tom Jobim. E para surpresa de Élson, o neto de Tom, Daniel Jobim, que também é músico foi convidado para um dueto. “Não sei nem o que falar, eu estou meio em êxtase”, disse.

Aulas de música

O talento do gari é usado para ensinar. “Eu dou aula de violão e de teclado para a galera. Se eu puder facilitar o caminho de alguém, eu vou facilitar. Eu me considero mais um incentivador do que um professor”.

Élson também ensinou muita gente a ler e escrever. “Essa semana eu tive o privilégio, através do ensino que ele me deu, de assinar o papel das minhas férias, meu 13º, assinar tudo isso”, contou uma das alunas de Élson.

Em casa, Élson tem apenas um violão. Os outros instrumentos que ele toca são emprestados. Mas ele acredita na realização de um sonho: “Eu acho que a cozinha não é o lugar adequado pra um piano, mas como ele não passa nessa porta. A não ser que a gente desmonte o piano. Não sei, podia tirar até a geladeira, o fogão, contanto que eu tivesse como fazer o meu som, podia ficar no lugar da geladeira e do fogão. O homem, se ele não sonha, ele não vive, ele é morto. O homem tem que sonhar”,

E Élson Júnior se despede com uma homenagem a um grande amor: uma música para sua mulher.

domingo, 25 de outubro de 2009

Como transformar seu ambiente de trabalho

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

Autor(es): Mauro Silveira
Época - 24/08/2009

Não espere que a empresa mude sozinha. Seja qual for seu cargo, há atitudes que você pode adotar agora para torná-la um lugar melhor

Um dos principais objetivos da publicação de uma lista como a das 100 Melhores Empresas para Trabalhar é seu poder de disseminação de bons exemplos. O prêmio influencia mais empresas a apostar na valorização de seus profissionais. Mais que isso, os exemplos das melhores e a metodologia da pesquisa ajudam a guiar as empresas no caminho da melhora. Mas esse não é um caminho a ser trilhado exclusivamente pela direção da empresa. Com a ajuda de Andrea Veras, diretora de desenvolvimento de lideranças do Great Place do Work Institute; de Gutemberg de Macêdo, da Gutemberg Consultores, especialista em recolocação profissional e aconselhamento de executivos; e de Karin Parodi, diretora-geral do Career Center, uma consultoria de carreira, listamos 12 atitudes que qualquer funcionário pode adotar para ajudar a melhorar o clima a seu redor.

1 - CELEBRE AS CONQUISTAS
Você bateu a meta do mês? Sua área superou as expectativas da diretoria? Seu colega fez um trabalho excepcional? Celebre esses momentos. Não é preciso ser chefe para organizar a festa. Chame a turma para uma happy hour, um almoço especial ou um simples cafezinho. Seus colegas se sentirão reconhecidos – e tentados a repetir o comportamento de celebração das vitórias, um dos pilares de um bom ambiente de trabalho.

2 - TRADUZA A EMPRESA, INFORME, ORIENTE
A comunicação clara, ágil e eficiente é uma das marcas das 100 Melhores Empresas para Trabalhar. Os bons líderes são próximos das equipes e procuram transmitir as informações necessárias para que cada um execute bem seu trabalho. Mas essa não é a norma. Na maioria das empresas, comunicação é um dos principais problemas. Quando detectam falhas na empresa em relação à comunicação, as pessoas em geral se calam também – e reclamam da empresa. Essa atitude não ajuda. Mesmo num ambiente contaminado pela desconfiança, um profissional pode se destacar promovendo a comunicação. Questione seu chefe, o RH e até seus colegas. Sem confrontar a estrutura da empresa, tente contribuir com ideias e sugestões de melhorias. Você também pode dar conselhos profissionais a seus colegas de maneira construtiva, para ajudá-los a corrigir falhas e melhorar seu desempenho.

3 - ELOGIE OS COLEGAS
Poucas pessoas têm o hábito de elogiar um trabalho realizado com qualidade. Por outro lado, a maioria não pensa duas vezes antes de criticar alguma falha. Não procure nem aponte culpados quando algo de errado acontecer. Prefira reconhecer o esforço e a dedicação das pessoas a seu redor, elogie quando for merecido, reconforte quando surgir alguma falha e aponte caminhos e soluções quando for possível.

4 - TREINE O RESPEITO
Embora se trate de um princípio básico, as pessoas estão se esquecendo de algumas regras de educação. Há pessoas que até se surpreendem quando ouvem alguém pedir licença ou por favor, ou mesmo dizer obrigado por algo. Estamos vivendo um processo de brutalização dentro das empresas. Ao ser educado, você cativará as pessoas e elas passarão a se policiar para agir de maneira parecida. Haverá mais respeito entre todos.

5 - SEJA POLÍTICO
No bom sentido. O político é a pessoa voltada à vida em comunidade, aos relacionamentos. Esse é um dos talentos mais valorizados hoje na vida profissional. Um bom político sabe extrair o melhor de cada pessoa da equipe, funciona como agregador rumo a um objetivo comum. Para fazer isso, você precisa conhecer as pessoas com quem trabalha, a forma como reagem a diversas situações e como lidar com elas. Só há um jeito de aprender essas coisas: ouvindo as pessoas, observando-as, valorizando suas contribuições. Essas ações ajudam a criar empatia no ambiente de trabalho.

6 - NÃO SEJA POLÍTICO
No mau sentido. Fuja dos joguinhos políticos que existem em todas as empresas. Muitos profissionais perdem um tempo precioso envolvidos com fofocas, querendo roubar o lugar de alguém e falando mal das pessoas, do chefe e da empresa. Eles se defendem dizendo agir dessa maneira por uma questão de sobrevivência, já que todos fazem o mesmo. É difícil realmente não ser engolido por esse tipo de comportamento. Não minta, não manipule as informações e não tente controlar as pessoas. O melhor a fazer é seguir um princípio simples: só faça aos outros aquilo que você quer que os outros façam com você. Agir assim é ter uma postura generosa. Mas não faça isso esperando algo em troca, e sim porque você tem bom coração e acredita que isso ajudará a empresa na construção de um ambiente de trabalho mais saudável.

7 - ACEITE AS MUDANÇAS
O ambiente de trabalho atual é lotado de mudanças: de produtos, de técnicas, de estratégia, de equipes. Mas toda mudança tem um componente de estresse. Nas melhores empresas, as mudanças são comunicadas com clareza, e as pessoas são mais bem preparadas para elas. Se esse não é o caso em sua empresa, você sempre pode ajudar a minimizar os danos. Evite apegar-se a uma situação confortável demais, porque em geral ela significa acomodação profissional.

8 - RESPEITE SEUS LIMITES
Dedicar-se ao trabalho é crucial. Mas as pessoas tendem a passar mais tempo que o necessário no escritório, em atividades pouco produtivas. Se você se concentrar mais no que realmente importa (diminuindo o número de ligações telefônicas desnecessárias, por exemplo), conseguirá sair mais cedo, descansar, fazer uma atividade física, ler e conversar com os amigos. Levar uma vida equilibrada eleva o humor e diminui o estresse. E gente bem-humorada contamina os outros com alegria.

9 - CRIE UMA ILHA DE EXCELÊNCIA
Se a sua empresa não é um lugar ideal, construa esse ambiente, ainda que seja num microcosmo. Comece tratando seus subordinados e pares de um modo transparente, aberto. Mesmo se você só tiver influência sobre uma parte muito pequena da empresa, o exemplo pode se espalhar.

10 - AJUDE SEU COLEGA
Você percebe que a pessoa a seu lado está atolada de trabalho, mas não faz nada para ajudar. Cada um por si, certo? Errado. Mesmo que você esteja passando pelo mesmo sufoco, pergunte se pode ajudar de alguma maneira. Muitas vezes, uma simples dica ou uma orientação pode fazer uma grande diferença para seu colega. Se as pessoas que trabalham na empresa fazem parte de um único time, então você será visto como alguém que sabe trabalhar em equipe. Melhor ainda: passará a contar com a solidariedade da pessoa que ajudou e poderá receber ajuda quando precisar.

11 - AJUDE A DESENVOLVER TALENTOS
O conhecimento adquirido por um profissional vale muito pouco se ele não é colocado em prática e compartilhado com os colegas. Ensine o que sabe, troque experiências, dê apoio aos que estão aprendendo alguma atividade que você domina, oriente aqueles que acabaram de ser admitidos. Ensinar é também uma forma de se desenvolver como pessoa e como profissional. Seu “aluno” será grato e você passará a ser visto como um funcionário valioso. O ambiente com troca de conhecimentos que você estimula com essa atitude será mais estimulante e descontraído.

12 - APROXIME-SE DE QUEM É DIFERENTE
Nós temos a tendência de conviver mais com as pessoas que têm o mesmo perfil que o nosso. Existe uma atração natural entre profissionais parecidos. O ideal seria você não abandonar aquelas que pensam e agem de forma diferente da sua. Isso pode ajudá-lo a avaliar seus problemas sobre outros ângulos – e impedirá a formação de panelinhas. Quanto mais você entender a posição do seu colega, maior a chance de trabalhar em harmonia.

sábado, 17 de outubro de 2009

Artigo: Vida Associativa

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

Vida Associativa
*por Tom Coelho


“Quando dizemos que o homem é responsável por si próprio,
não queremos dizer que o homem é responsável
pela sua restrita individualidade,
mas que é responsável por todos os homens.”
(Jean-Paul Sartre)

Passamos por mais uma crise. Falo sobre a crise econômica mundial cujo início ficou registrado com a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers em setembro de
2008. Vários países entraram em recessão, situação na qual tecnicamente ocorre redução do nível de atividade por dois trimestres seguidos. Contudo, no último trimestre, muitas nações conseguiram reverter este quadro, anotando crescimento em suas economias.

O fato é que falar em crise está sempre na moda. O assunto é garantia de audiência, habitando os noticiários de jornais, revistas e programas televisivos. Para alguns, é fato e não especulação, ilustrado por vendas em queda e desemprego em alta. Para outros, oportunidade ímpar e inesperada.

Em momentos como este o associativismo surge renovado como instrumento de apoio, mediação e promoção do desenvolvimento. Um bom exemplo são os próprios sindicatos de trabalhadores, outrora vinculados à proteção de direitos e garantias, atualmente envolvidos com a manutenção do emprego sob um ponto de vista macroeconômico e social.

Para as empresas, as associações também evoluíram de meras defensoras de interesses corporativos para um ambiente de troca de experiências, debate de ideias e busca de soluções para problemas que se assemelham independentemente do porte e área de atuação das companhias.

As associações representam um fórum legítimo para a discussão de temas relacionados ao universo das relações empresariais. Quando bem conduzidas, podem assumir uma postura de vanguarda e pioneirismo, reunindo especialistas de elevada qualificação para semear discussões e apontar caminhos para novas e instigantes questões.

A vida associativa é um instrumento de exercício da sociabilidade. Por meio dela você conquista novos amigos, expande seus conhecimentos, exercita a liderança e atua como agente transformador da sociedade. Adicionalmente, aprende que por mais restrita que seja sua agenda, é sempre possível conciliar seu tempo com atividades que não geram ganhos financeiros, mas que plantam sementes para a posteridade.

No entanto, o bom proveito ocorre quando a atuação é efetiva, ou seja, não se limita à mera formalização da afiliação por meio de uma ficha de inscrição e a obtenção de uma carteirinha ou crachá. Integrar-se à gestão é, inclusive, praticar a cidadania.

Por isso, procure participar! Você poderá escolher associações industriais, como os Centro e Federações da Indústria; associações comerciais, como os CDLs; entidades de classe, como a AAPSA e a ABRH; organizações setoriais, como a Fundação Abrinq e o Instituto Ethos; organizações não-governamentais, sindicatos diversos e outros.

Este é um bom caminho para enfrentar um mundo que seguramente ainda presenciará muitas e muitas crises, as quais serão superadas com maior desenvoltura por pessoas e companhias com visão cooperativista e associativa.


16/10/2009

Tom Coelho é professor universitário, palestrante e escritor com artigos publicados por mais de 400 veículos da mídia em 14 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilização através do e-mail talento@tomcoelho.com.br

domingo, 4 de outubro de 2009

Livro: Estratégia e Competitividade - Criando valor para o cliente


Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

Maiara Tortorette

----------------------

Na era da globalização, as organizações brasileiras devem estar preparadas para competir com fortes empresas estrangeiras, posto que estas investem em pesquisas e têm tradição em gestão. Dessa forma, as empresas nacionais precisam de um modelo de gestão que as torne mais competitivas, de modo que o Brasil possa gerar mais riqueza e empregos.

Nesse sentido, o livro Estratégia e Competitividade - Criando valor para o cliente possibilita a criação de metodologias de diagnóstico, de planejamento e de implementação da melhoria da competitividade. Escrita por renomados autores, a obra apresenta temas como criação de valor, gestão da inovação, tecnologia da informação, estratégia, competitividade empresarial, entre outros.

O livro traz, ainda, estudos de caso de empresas de diferentes áreas, que ilustram, na prática, a teoria abordada.


Estratégia e Competitividade - Criando valor para o cliente
Autores: Luiz Carlos Di Serio e Marcos Augusto De Vasconcellos
Editora Saraiva - 398 páginas - R$ 69,60

Fonte: http://www.catho.com.br/estilorh/index.phtml?secao=186


Livro: Muito além da hierarquia


Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

Maiara Tortorette

----------------------

Num cenário cada vez mais competitivo, o gestor precisa ter em sua equipe pessoas que façam acontecer e que sejam autônomas. Para isso, é preciso fazer um autodiagnóstico gerencial e transformar-se em um gestor além da hierarquia.

Esse novo conceito, criado pelo renomado professor e consultor Pedro Mandelli, no livro Muito além da hierarquia vai ajudá-lo a assumir o perfil de um gestor que valoriza as pessoas e os processos de desenvolvimento próprio e de seus subordinados, tendo como objetivo capacitar a equipe para que todos cresçam profissionalmente e entreguem os resultados.

Em relação às edições anteriores, o autor procurou ampliou dois pontos-chave na gestão de pessoas: o primeiro diz respeito ao entendimento da relação líder-liderado, no qual aprimorou as ferramentas descritas nas edições anteriores a fim de aprofundar o processo. O segundo diz respeito ao alinhamento de comportamento em um time, cuja metodologia está mais consistente, com passo-a-passo para a execução.

Tudo isso para você se tornar um líder além da hierarquia. Mãos à obra!

Muito além da hierarquia
Autor: Pedro Mandelli
Editora Gente - 254 páginas - R$ 49,90

Fonte: http://www.catho.com.br/estilorh/index.phtml?secao=186

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Artigo: Sinais de Desmotivação

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

Sinais de Desmotivação
*por Tom Coelho

“As pessoas que vencem neste mundo são
as que procuram as circunstâncias de que precisam e,
quando não as encontram, as criam.”
(George Bernard Shaw)

O entardecer do domingo oferece uma sensação de angústia diante do início de mais uma semana de trabalho que se avizinha. Você logo imagina o desconforto de levantar-se cedo e encarar um pesado trânsito – ou transporte público lotado – até sua empresa, onde reencontrará colegas com os quais mantém um relacionamento superficial, caixa de entrada cheia e reuniões intermináveis que parecem não levar a ações concretas.

Um almoço insípido, alguns telefonemas e uma eventual discussão podem completar uma rotina que se estenderá até a sexta-feira ou o sábado, quando finalmente a alegria se manifestará com uma pausa em suas atividades profissionais.

Se você se identifica com o cenário acima é porque sinais de desmotivação bateram à sua porta. Você se sente desanimado com tudo, sem notar que animus representa o princípio espiritual da vida, do latim anima, ou o sopro de vida. Assim, estar desanimado é estar sem alma, sem espírito, sem vida...

Basicamente, esta situação pode decorrer de um aspecto interno, a falta de entusiasmo, ou externo, a falta de reconhecimento.

A perda de entusiasmo é um processo endógeno, ou seja, inerente a você. Ela parte de dentro para fora e pode ser consequência de diversos fatores. Primeiro, de um trabalho desalinhado com seus propósitos, em especial missão e visão. Se a sua atividade não guarda sinergia com os objetivos que você determina para seu futuro, é natural que gradualmente o interesse se desvaneça, porque você não enxerga sentido no que faz.

Além disso, há que considerar a influência do ambiente de trabalho – coisas e pessoas. Uma infraestrutura inadequada, formada por equipamentos ultrapassados, que comprometem um bom desempenho profissional, associada a um clima de trabalho tenso em virtude de desarmonia com os colegas, certamente prejudicam seu estado emocional.

Outra variante possível é o que denomino de “síndrome da cabeça no teto”. Isso acontece quando mesmo dispondo de boa infraestrutura, clima organizacional favorável e atividade sintonizada com seus objetivos pessoais, a empresa mostra-se pequena para seu potencial. Neste contexto, você se sente maior do que a estrutura que lhe é oferecida e percebe que seu crescimento está ou ficará limitado.

Todas estas circunstâncias conduzem a um crescente desestímulo. A apatia floresce, o desalento toma conta de seu ser e o entusiasmo se despede. E quando remetemos à raiz grega da palavra entusiasmo, que significa literalmente “ter Deus dentro de si”, compreendemos a importância de cultivá-lo para alcançar o sucesso pessoal e profissional.

Já a falta de reconhecimento é uma vertente exógena, ou seja, dada de fora para dentro. Em maior ou menor grau, todas as pessoas precisam de doses de reconhecimento. Aqueles dotados de uma autoestima mais elevada conseguem saciar esta necessidade individualmente. Porém, em especial no mundo corporativo, espera-se que nossos pares, e mais ainda, os superiores hierárquicos, demonstrem reconhecimento por nossos feitos, seja como identificação ou por gratidão.

Este reconhecimento pode vir travestido por um sorriso ou um abraço fraterno, congratulações públicas ou privadas, recompensa financeira ou promoção de cargo. Mas é fundamental que se demonstre, pois funciona como combustível a nos mover em direção a novas realizações, maior empenho e satisfação.

Em regra, note que aplacar os sinais de desmotivação depende exclusivamente de você. Em princípio, esteja atento para identificar estes sinais. Em seguida, procure agir para combatê-los. Isso pode significar mudar ou melhorar o ambiente de trabalho, buscar relações mais amistosas com seus colegas, alterar sempre que possível sua rotina, perseguir novos desafios, estreitar o diálogo com seus supervisores. E, num extremo, até mesmo mudar de organização se preciso for, planejando sua saída com consciência e racionalidade.

10/09/2009

Tom Coelho, com graduação em Economia pela FEA/USP, Publicidade pela ESPM/SP e especialização em Marketing pela MMS/SP e em Qualidade de Vida no Trabalho pela FIA/USP, é empresário, consultor, escritor e palestrante, Diretor da Infinity Consulting, Diretor do Simb/Abrinq e Membro Executivo do NJE/Fiesp.


Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilização através do e-mail talento@tomcoelho.com.br



E-mail: infinity@tomcoelho.com.br
©Copyrigth - www.tomcoelho.com.br - 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Efeito Bolt na Sua Carreira

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

Por Leandro Martins

No campeonato de atletismo de 2009 em Berlim na Alemanha, o mundo viu mais uma vez um homem que ‘voa’ e teima em dizer que apenas corre.

De quem estou falando? Do espetacular Usain Bolt. Sim o Jamaicano simples e divertido que arranca sorrisos de todos a sua volta. Precisamos de mais pessoas como ele no mundo. Pessoas que saibam treinar duro (seja o treino físico para atletas como ele, seja o treinamento teórico e prático para os profissionais ligados as áreas de negócios e de tecnologia). Se dedicando sempre e não deixando de aprender nunca. Mas isso não significa ser uma pessoa arrogante e sem diversão. Acredito que grandes conquistas devem ser precedidas de diversão e muita festa (que não significa falta de responsabilidade e disciplina). Foi isso que mostrou mais uma vez o talentoso Bolt. Talento para correr 100 metros como se estivesse no colégio, entre os colegas, se divertindo, sem lembrar que estava em jogo mais um recorde mundial ou uma medalha de ouro. E olha a grande mensagem que ele nos deixou: 'Eu treino duro para me divertir'. É disso que estou falando.... temos que treinar duro sim, mas não deixar de se divertir e comemorar mais as nossas conquistas, sejam elas pequenas, médias ou grandes. Somente nós e nossos familiares sabemos o quanto foi difícil chegar lá, portanto comemore, vibre, festeje com sua família, com sua equipe, com as pessoas que fazem parte da sua vida.

Você está preparado para treinar duro naquilo que precisa melhorar? Se sim, prepare-se para as comemorações.

Ah.... e se não bastasse.... uma semana depois.... ele bateu o recorde nos 200 metros também.... Isso é disciplina, com responsabilidade e diversão.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

E-learning: um caminho sem volta para a educação corporativa

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

[ Desenvolvimento ]
E-learning: um caminho sem volta para a educação corporativa

Patrícia Bispo
Jornalista responsável pelo conteúdo da comunidade virtual RH.com.br.

Patrocínio:

LEME CONSULTORIA
www.lemeconsultoria.com.br


A educação corporativa quebra as barreiras físicas e hoje consegue disseminar o conhecimento em uma velocidade que chega a surpreender as pessoas. Prova disso é a utilização do ensino à distância - o e-learning - que conquista seu espaço como uma ferramenta valiosa no desenvolvimento dos talentos organizacionais. Entre os fatores que estimulam a aplicação desse recurso, encontram-se, por exemplo: agilidade no processo de capacitação e a possibilidade de que os profissionais consigam administrar melhor o tempo, pois em alguns casos é possível que o próprio treinando faça uma adaptação do horário de aprendizado com outras atividades seja no campo profissional ou pessoal.

"Existem empresas que ainda não pensaram na utilização deste recurso, ao passo que outras organizações recorrem ao e-learning e vêm se beneficiando da ferramenta há mais de 10 anos", comenta a superintendente de Pessoas e Processos de Gestão da Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais, Luciana Piva. Em entrevista ao RH.com.br, ela apresenta os pontos positivos dessa ferramenta e quais os principais fatores que ainda funcionam como barreira para que o ensino à distância seja completamente abraçado por algumas companhias. Vale ressaltar que ela tem estreito relacionamento com o e-learning, afinal, a ferramenta passou a ser utilizada pela Universidade Corporativa da Paraná Clínicas, gerando resultados significativos para a empresa. Como a Era do Conhecimento oferece novidades a cada minuto, essa é uma oportunidade para você se familiarizar ainda mais com este recurso da educação organizacional. Confira a entrevista na íntegra!

RH.COM.BR - Hoje observa-se, que nos últimos anos, a educação à distância tem sido disseminada como recurso para o desenvolvimento dos profissionais. Que fatores contribuem para que isso ocorra?
Luciana Piva - Penso em muitas variáveis para responder a esta pergunta. São vários os fatores relevantes e complementares como, por exemplo, a rapidez com que os fatos acontecem no mundo dos negócios, impactando em treinamentos e na capacitação constantes das pessoas. É necessário agilidade. Também não podemos deixar de mencionar a influência da disseminação dos recursos tecnológicos, bem como o nascimento e a consolidação de uma cultura baseada na tecnologia - internet, comunicação on-line. Hoje a internet é o grande meio de obtenção de informação, seria até estranho se não fosse utilizada para capacitação das pessoas dentro das organizações. Também contamos com a entrada no mercado de trabalho das novas gerações que têm bases de comportamento diferentes e uma delas é o autoaprendizado. Existe ainda a falta de tempo das pessoas e a complexidade do trabalho, que demanda às empresas oferecer maior flexibilidade de horários e locais de treinamento. Se somado a esses quatro fatores que citei, ainda vêm a questão da necessidade de diminuição de custos, que o e-learning também proporciona.

RH - Qual a importância que o e-learning assume no desenvolvimento de profissionais que vivenciam uma realidade globalizada?
Luciana Piva - Mais uma vez entra a questão da velocidade do mundo atual. Pelo e-learning pode-se alcançar com maior rapidez a capacitação ao mesmo tempo em que se otimiza o próprio tempo, estudando na hora e no local que se deseja. Apesar de trabalhar em uma empresa local, imagino as facilidades que o e-learning pode oferecer a uma empresa global, oferecendo aos profissionais no mundo todo a mesma base de informação e treinamento, por exemplo.

RH - As organizações brasileiras estão conscientes sobre a importância do ensino à distância e aplicam esse recurso de forma adequada?
Luciana Piva - Generalizar a resposta seria arriscado. Penso que existem empresas que ainda não pensaram neste recurso, ao passo que outras estão utilizando e se beneficiando da ferramenta há mais de 10 anos. Nos eventos que tenho participado, vejo empresas que estão apenas tendo os primeiros contatos, observo empresas iniciantes, empresas que estão colhendo os primeiros resultados e organizações maduras que já têm incorporada a ferramenta à sua cultura organizacional. Nos debates dos profissionais da área percebo que sim, as que utilizam estão conscientes da importância do ensino à distância, uma vez que é consenso de que este caminho não tem volta dentro da educação corporativa. Existe, sim, a tendência de se utilizar cada vez mais. Ainda são discutidos erros e acertos na implantação, ajustes e adequações, como em qualquer novo recurso. A área toda de educação corporativa nunca foi tão demandada dentro das organizações pelas mesmas razões que apontei no início da entrevista e pelo aumento da competitividade.

RH - O e-learning chegou para ser aplicado em qualquer organização?
Luciana Piva - Em qualquer organização que dispõe de uma base tecnológica para isso, que oferece a estrutura de computadores e acesso à rede. Hoje grandes empresas são as que estão à frente. Porém, é igualmente viável para médias e pequenas. Todas têm necessidade de capacitação constante de pessoas e as vantagens da ferramenta são interessantes a todas.

RH - Quais as vantagens que o ensino à distância oferece às empresas?
Luciana Piva - De forma bem resumida: disponibilização de uma variedade de recursos de aprendizado - como ludicidade, interatividade, exercícios de fixação de conhecimento personalizados - que vão além dos tradicionais; redução de custos com tempo, deslocamento, estrutura; agilidade na disseminação de novos conhecimentos; flexibilidade de acesso - o profissional realiza o treinamento dentro da sua disponibilidade de tempo; acompanhamento individualizado da evolução e desempenho em treinamentos; atender as demandas das novas gerações do mercado de trabalho - como a Geração "Y", que buscam o autodesenvolvimento e dominam a base tecnológica. A capacitação de pessoas, ou melhor, possuir pessoas capacitadas e constantemente atualizadas é cada vez mais um diferencial competitivo para as organizações. É uma vantagem em relação ao concorrente que é de difícil imitação e, além disso, que pode gerar outros diferenciais, já que são as pessoas que geram novas ideias, novos produtos, novos recursos.

RH - O que conselhos a Sra. pode dizer às empresas que pretendem implantar o e-learning para desenvolver o potencial dos colaboradores?
Luciana Piva - As empresas devem conhecer a ferramenta, avaliar casos de sucesso, realizar visitas de benchmarking, buscar parcerias especializadas. Com isso, a empresa vai poder ter uma boa ideia do que pode obter com o e-learning e por onde começar, além de verificar se a ferramenta está alinhada aos seus objetivos de educação corporativa. Um ótimo conselho é ter uma boa estratégia de implantação dentro da organização, que deve considerar aspectos da cultura da empresa, dos desafios estratégicos e das limitações internas para uso da tecnologia. E a comunicação interna é essencial na implantação de novas ideias e no gerenciamento de mudanças.

RH - Quais os erros mais comuns que as organizações cometem ao adotarem o e-learning?
Luciana Piva - Pensar que o e-learning substitui os treinamentos presenciais e confundir e-learning com educação corporativa. O e-learning está a serviço da educação corporativa, que deve estar alinhada à estratégia da organização e deve buscar gerar aprendizado, capacitar e desenvolver pessoas dentro de um sentido mais amplo. O formato do treinamento, se presencial ou não, depende de todo um projeto pedagógico. Os recursos presenciais são ainda essenciais em determinados contextos. Outro erro é iniciar a implantação sem um bom projeto, uma boa estratégia. Como toda novidade, a ferramenta pode sofrer resistências e isso deve ser minimizado. Esquecer-se que as políticas de treinamento, que são as diretrizes da área, também devem ser aplicadas ao e-learning é outro erro. Os mesmos problemas enfrentados nos treinamentos presenciais como ausências e falta de adesão, por exemplo, são enfrentados no treinamento à distância.

RH - Que recursos podem ser utilizados para mensurar os resultados do e-learning?
Luciana Piva - Pensando no acompanhamento da realização dos treinamentos, a própria plataforma LMS (Learning Management System), onde os treinamentos de e-learning são rodados, possibilita uma série de recursos de mensuração. Por exemplo: tempo de utilização, de acesso, desempenho nas avaliações de conhecimento, satisfação e aproveitamento do aluno em relação ao conteúdo. Por outro lado, avaliar resultados de treinamento significa verificar o impacto do treinamento realizado para o negócio, para o desempenho da pessoa na sua função. Independentemente do uso de e-learning para se fazer isso, deve-se iniciar com a clareza dos resultados esperados de cada treinamento. Este planejamento é a base para uma boa mensuração de resultados.

RH - Quais suas expectativas do ensino à distância no mercado nacional?
Luciana Piva - Percebo que existe muito espaço para desenvolvimento deste mercado. Imagino que estamos só começando. A tendência é das empresas utilizarem cada vez mais. Quem já iniciou sabe que é um caminho sem volta. Em outra análise, é senso comum que o Brasil precisa de gente qualificada. Seja dentro da educação de formação escolar seja na educação corporativa. Assim, o espaço para a utilização de novas ferramentas de aprendizado como a educação à distância é enorme.

RH - Que contribuição efetiva a área de RH oferece ao ensino à distância quando o assunto em questão é a educação corporativa?
Luciana Piva - Normalmente a área de educação corporativa está atrelada ao RH, muito embora algumas empresas recentemente têm apresentado modelos diferentes, onde a "Universidade Corporativa", por exemplo, está fora da estrutura de RH. Mas vejo que o RH tem na mão a oportunidade de aprofundar sua atuação na educação corporativa, entendendo o diferencial que o aprendizado pode trazer para a organização. Este é um grande papel estratégico do RH - poder gerar diferenciais competitivos através das pessoas. Aquele RH que tem este desafio pode enxergar no e-learning uma alternativa, um aliado.

RH - Como qualquer outro investimento, o e-learning deve ter um tempo para dar retorno às organizações. Qual o período mínimo que as empresas devem esperar para sentir os benefícios proporcionados pelo ensino à distância?
Luciana Piva - Não sei se existe um período mínimo. Tudo vai depender da forma com que a empresa optou por implantar e dos objetivos que têm com a ferramenta. Por exemplo, a organização pode optar por adquirir a tecnologia, por desenvolver internamente os treinamentos, por capacitar pessoas. Desta forma, seus investimentos podem ser altos e os resultados que espera obter seja de longo prazo, assim o investimento se pagaria no longo prazo. Por outro lado, a empresa pode optar por um pequeno projeto piloto, com resultados específicos em curto prazo e, assim, verificar o retorno do investimento de forma mais imediata. O retorno pode ser medido a cada treinamento desenvolvido. Pela minha experiência, mesmo que o projeto de uso do e-learning seja de longo prazo, os benefícios podem ser sentidos já nos primeiros treinamentos realizados.


Publicado em 31/08/2009 no www.RH.com.br.


Os textos publicados não representam, necessariamente, a opinião dos responsáveis pelo site RH.com.br.
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida qualquer reprodução.
© atodigital.com

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Trilha do Saber: inclusão e valorização

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

[ Responsabilidade Social ]
Trilha do Saber: inclusão e valorização

Élida Bezerra
Estagiária de Jornalismo do site RH.com.br.

Patrocínio:

LEME CONSULTORIA
www.lemeconsultoria.com.br


A inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais (PNE) ao mercado formal de trabalho atualmente não tem sido uma tarefa muito fácil. Embora as empresas tenham reservado uma parte de suas vagas para os profissionais com algum tipo de deficiência, visando o cumprimento da Lei Federal 8.213/91, muitas delas sentem dificuldades na contratação. Geralmente, a ausência de mão-de-obra qualificada, ou seja, a falta de trabalhadores que tenham o perfil profissional da organização, torna-se um obstáculo à efetivação de PNEs nos quadros corporativos.

Para garantir a oportunidade de emprego a esses profissionais, a Tokio Marine Seguradora adotou ações que visam à inclusão e à valorização de pessoas com deficiência e uma delas é o programa Trilha do Saber. A companhia paulista, que faz parte do Grupo Tokio Marine Holdings - presente em 36 países -, atua no Brasil desde 1959 e possui filiais e representantes em grande parte do território nacional.

Flávio Ayrosa, diretor de Recursos Humanos da Tokio Marine, conta que a empresa sentiu dificuldades em achar no mercado de trabalho profissionais com formação, capacitados para a execução das atividades da seguradora. Para ele, a quantidade oferecida pelo mercado corporativo é pequena. "Para conseguir atender à demanda, mudamos o foco e investimos em formação, desenvolvimento e capacitação", destaca.

Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS 2008), divulgada este mês pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aproximadamente 323 mil trabalhadores portadores de necessidades especiais estão ativos no mercado de trabalho.

Trilha do Saber - Tudo começou a partir de resultados obtidos através de uma pesquisa realizada com os funcionários da empresa e com gestores que possuem colaboradores com deficiência. A partir desse levantamento, foram detectadas as principais necessidades de treinamento. Após o planejamento, realizado durante o mês de fevereiro e março deste ano, a diretoria de RH caiu em campo e deu início às atividades do programa em abril, promovendo mensalmente treinamentos técnicos e comportamentais que ajudam na capacitação e aprimoramento das habilidades profissionais.

De acordo com Flávio Ayrosa, no Brasil, o programa conta com a participação de 36 funcionários, sendo 24 deles locados na sede, situada na capital paulista. "Os colaboradores que não estão em São Paulo, acompanham o treinamento remoto, ou seja, cada um deles é beneficiado pelo ensino à distancia", informa.

A Tokio Marine utilizou muito bem da criatividade. Para fazer menção ao nome do programa "Trilha do Saber", os envolvidos utilizaram as ferramentas para aludir o tema. A cada módulo eles recebem ferramentas como, por exemplo, bonés, pás e outros instrumentos que contribuem no processo da busca da busca pelo tesouro, ou seja, o conhecimento.

Hélio Sousa, coordenador de Treinamento e Desenvolvimento, destaca que ao longo da formatação do processo, os funcionários foram avisados - através de e-mail pessoal, mural, jornal - de que seria realizado um evento voltado para eles. "No dia da estreia do programa, pela manhã, os colaboradores com deficiência tiveram uma surpresa. Cada um encontrou na sua mesa uma garrafinha que continha um convite, uma mensagem chamando o profissional a participar do projeto", relembra ao citar que a expectativa pelo início das ações era alta.

O programa favorece ao aprendizado e desenvolvimento, pois oferece um modelo inovador. Hélio Sousa explica que o programa cumpre no total uma grade disciplinar de 54 horas de treinamentos, dividida em dez módulos que são apresentados por títulos, metodologias e dinâmicas.

Segundo o coordenador de T&D, cada etapa tem um objetivo e as aulas são realizadas da forma tradicional - em sala de aula -, bem como ao ar livre, conforme a necessidade do conteúdo a ser repassado. Hélio Sousa exemplifica que o último tema estudado foi "trabalho em equipe". "Durante a manhã, a aula foi conceitual, focamos na teoria. Exibimos o filme Vida de Inseto para retratar o trabalho em equipe. Fizemos todo um clima de cinema, com distribuição de pipoca", comenta.

Para discutir na prática os pontos do tema em questão, o coordenador conta que os colaboradores foram ao Parque Ibirapuera participar de uma atividade lúdica. "Eles tiveram que construir uma estátua em argila, o que retrata o trabalho em equipe. Tinham que lidar com o poder da negociação, pois cada grupo tinha algo faltando, ou seja, estavam com o material incompleto", observa.

O diretor de Recursos Humanos, Flávio Ayrosa, destaca que ao final do programa, os colaboradores serão responsáveis pela conclusão de um projeto de inclusão a ser aplicado na empresa. Segundo ele, os funcionários recebem acompanhamento mensal. "A assistente social faz uma visita para saber se há aceitação, como eles se sentem na companhia", informa, ao acrescentar que as ações estão previstas a serem realizadas até o mês de dezembro de 2009.





Integração dos PNEs - Flávio Ayrosa ressalta que os treinamentos, além de capacitar e gerar mudanças comportamentais no meio corporativo, têm a intenção de promover a integração entre os profissionais portadores de necessidades especiais e os demais colaboradores. "O programa veio para incluir, desenvolver e capacitar essas pessoas com deficiências, melhorando o convívio e otimizando a produtividade no ambiente de trabalho", pontua.

Rosângela Maria de Lima Cordeiro da Silva, 36 anos, trabalha há um ano e um mês como assistente administrativo na Tokio Marine. A funcionária, que possui osteoartrite - que prejudica a mobilidade - em uma das pernas, afirma entusiasmada que a iniciativa da organização é construtiva. "Esta é uma oportunidade de se desenvolver e de conhecer ao outro. A integração no ambiente de trabalho é, sem dúvida alguma, importante. Tenho me dado muito bem. A cada encontro, deparo com uma novidade", comenta.

A deficiência congênita de um membro superior não impediu Alex Fernandes de entrar no mercado de trabalho. Com 32 anos, o profissional está há um ano e meio na companhia desenvolvendo atividades como analista de marketing. Ele ratifica que as ações da empresa contribuem para a formação, a integração e a valorização dos funcionários. "O bom é que com o lançamento do programa, a empresa está fazendo a parte dela e nós, colaboradores, estamos aproveitando ao máximo. Temos a oportunidade de aperfeiçoar e obter novas competências técnicas na companhia", conclui.

Lei de Cotas - Importante para a inclusão social e formal de trabalho das pessoas portadoras de necessidades especiais,a Lei Federal 8.213, mais conhecida como Lei de Cotas, completou recentemente 18 anos. A legislação trabalhista, promulgada em 24 de julho de 1991, mudou a rotina de várias empresas. Isso porque, segundo a norma, toda organização com mais de 100 funcionários é obrigada a destinar de 2% a 5% de suas vagas de emprego a profissionais reabilitados ou pessoas portadoras de necessidades especiais da seguinte forma:
Até 200 colaboradores, reserva-se 2%;
De 201 a 500 funcionários, 3%;
De 501 a 1.000 trabalhadores, 4%;
A partir de 1.001 empregados, 5%.


Publicado em 17/08/2009 no www.RH.com.br.


Os textos publicados não representam, necessariamente, a opinião dos responsáveis pelo site RH.com.br.
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida qualquer reprodução.
© atodigital.com

Colaboradores felizes têm melhor desempenho

Assine o conteúdo do Blog Sua Carreira

[ Motivação ]
Colaboradores felizes têm melhor desempenho

Patrícia Bispo
Jornalista responsável pelo conteúdo da comunidade virtual RH.com.br.

Patrocínio:

LEME CONSULTORIA
www.lemeconsultoria.com.br


"Um som se ouve à porta: Toc, toc!!!
Quem é?, pergunta a empresa.
Sou eu, posso entrar?, responde a felicidade".
Se esse diálogo pudesse se tornar realidade, muitos profissionais de RH e gestores ficariam aliviados, pois bastaria abrir uma janela e a felicidade invadiria as salas das organizações e os índices de satisfação interna sempre estariam acima das expectativas. Por esse motivo, a área de Recursos Humanos sempre recorre a recursos para avaliar o clima entre os colaboradores, pois se eles estão insatisfeitos com algo, isso refletirá diretamente no desempenho das suas atividades.

"O trabalhador brasileiro tem uma predisposição à felicidade, pois nossa cultura é extremamente extrovertida e voltada para a festividade e a celebração. De um modo geral, o estado de espírito do brasileiro é muito receptivo e favorável para iniciativas voltadas ao bem-estar e à felicidade", afirma o consultor organizacional Francisco Gomes de Matos, autor do livro "Empresa Feliz". A obra possui um diferencial, pois apresenta aos leitores o Fator QF - Quociente de Felicidade - uma metodologia que defende a introdução da felicidade como motivação essencial do ser humano no meio organizacional. Na entrevista concedida ao RH.com.br, Francisco Gomes de Matos que já escreveu 32 livros de gestão, dentre os quais "Empresa que Pensa", vencedor do Prêmio Jabuti, revela as razões que o estimularam a realizar esse trabalho e, inclusive, como a área de Recursos Humanos está estreitamente ligada à felicidade no meio corporativo.

"A definição de uma bem-estruturada política de Recursos Humanos e a concretização efetiva de um ambiente de valorização humana, onde todos são líderes de líderes, será a base fundamental para a construção de um ambiente de felicidade, satisfação profissional, sucesso empresarial e êxito coletivo", afirma ao ser questionado sobre quais fatores interferem na felicidade organizacional. Como felicidade é e sempre será bem-vinda em todas as instâncias da vida humana, essa entrevista pode muito bem levar a uma reflexão sobre o assunto e quem sabe, repensar determinadas ações implantadas na empresa em que você atua. Uma boa e feliz leitura!

RH.COM.BR - Quando o Sr. criou o Fator QF - Quociente de Felicidade e o que o levou a elaborar esse recurso?
Francisco Gomes de Matos - Ao longo de minha trajetória profissional, seja como dirigente ou consultor empresarial, constatei o quanto as empresas perdem em potencial de desenvolvimento e produtividade devido à desvalorização humana que geram desânimo, mágoas, ressentimentos e falta de entusiasmo pelo trabalho. Percebi, como efeito cascata, a significativa falta de felicidade nas organizações, tanto nos dirigentes como nas lideranças médias e no corpo funcional como um todo. Um verdadeiro círculo vicioso que prejudica a todos sem distinção. A infelicidade gera perda de lucro para a empresa e de saúde para o ser humano. Hoje, a felicidade passou a fazer parte da retórica empresarial, mas carece ainda de fundamentação e realismo, pois pouca se expressa em termos de uma cultura corporativa revista e enriquecida por valores internalizados nas lideranças.

RH - Essa constatação o levou a adotar quais iniciativas?
Francisco Gomes de Matos - Diante de dados concretos de minhas pesquisas de campo, no início da década de 90 escrevi o livro "Empresa Feliz", cuja fundamentação básica foi apoiada nas seguintes premissas: a felicidade na empresa é viável e desejável e só seres humanos felizes são verdadeiramente produtivos. Nesse sentido, apresentei um Modelo de Gestão, com ênfase em uma estratégia de empresa feliz. Essa empresa feliz foi centrada em filosofia, política e estratégias de ação, embasadas na valorização humana, na renovação contínua e na lucratividade sustentada. A organização é, em essência, um dos centros mais significativos de influência e de possibilidades de realização humana, tornando-se, na sociedade da informação e do conhecimento, uma comunidade vivencial de aprendizagem, onde todos ensinam e todos aprendem. Isso é o que chamo de renovação, ou melhor, pessoas em renovação, numa organização em renovação contínua.

RH - E o que o seu livro focou?
Francisco Gomes de Matos - O livro "Empresa Feliz" responde, por exemplo, indagações do tipo:
- Como criar uma cultura organizacional que enfatiza a felicidade?
- Quais as causas de infelicidade que provocam o insucesso das organizações, como preveni-las e como promover as renovações necessárias?
- Quais as estratégias metodológicas de estímulo à participação nas decisões e na melhoria do trabalho?
- Como realizar uma estratégia de empresa profissionalizada, descentralizada, moderna e humana?
- O que é ser uma empresa feliz, ser lucrativa e em condições de se perpetuar?
Com base nos conceitos da obra Empresa Feliz, concebi o Modelo Metodológico do Ciclo de Felicidade no Trabalho e, com ele, a convicção de que há um Quociente de Felicidade - QF, responsável pela ação inteligente e pela competência, da qual resultam a renovação contínua.

RH - Quais os principais objetivos do Fator QF?
Francisco Gomes de Matos - O Fator QF ganhou expressão no momento em que se começou a focar o Quociente Emocional - QE - como sendo uma solução miraculosa, capaz de corrigir desmotivações e infelicidades. As frustrações certamente ocorreriam, pois empresas, empresários e profissionais de RH sempre se guiaram pelo Quociente de Inteligência - QI, embora fossem abundantes os treinamentos comportamentais. Todavia, o pensamento e as ações sempre estiveram focadas na razão ao serem formuladas a partir de políticas e estratégias. Evidente que as emoções existem necessariamente, pois seres humanos não são pedras. Mas, a ênfase prioritária sempre foi a objetividade racional. Para superar o QI, histórico, do QE, idealista, era necessário preencher o vazio cultural que os distanciavam. Daí surgiu a proposta de intervenção na cultura corporativa, renovando-a com a introdução da felicidade, como motivação essencial do ser humano. Nessa linha surgiu a concepção do QF - Quociente de Felicidade, posteriormente editado em livro, em 1997, com o título "Fator QF - Quociente de Felicidade", onde foi apresentada a experiência com o Ciclo de Felicidade no Trabalho. O QF é o fator de cultura, inteligência e emoção capaz de construir uma empresa feliz, produtiva e duradoura. Nessa linha, o propósito essencial do livro publicado foi o de apresentar, de forma clara, simples e objetiva, como tornar a felicidade um ideal viável na empresa. De maneira bem prática, a metodologia do Ciclo de Felicidade no Trabalho indica como desenvolver a qualidade de vida nas organizações, por meio da cultura da participação e de um clima de abertura motivadora, onde produzir significa realizar e se realizar. É guiado por esse princípio que realizo minhas consultorias nas linhas da cultura corporativa, liderança integrada e estratégia negociada.

RH - Em que situações o Fator QF pode ser utilizado pelas organizações?
Francisco Gomes de Matos - Em todas as situações que envolvam o desenvolvimento de competências e de habilidades para o trabalho, a melhoria da qualidade de vida e o fortalecimento dos valores humanos. Acredito na força de transformação pela dinâmica da educação construtivista, onde o que vale é a construção de uma inteligência coletiva, onde todos se responsabilizam pelo processo de ensino e de aprendizagem. Há um "estado de felicidade" ao se trabalhar em grupo - indispensável à integração e à produtividade e que torna as pessoas inteligentes, criativas, realizadoras e receptivas a aprender e a ensinar. A proposta desse trabalho é mostrar que de alguma maneira todos exercem algum tipo de liderança. Logo, na empresa todos são líderes de líderes. Daí nasce a o papel estratégico do líder educador, conceito que desenvolvi na década de 80, no livro Gerência Participativa.

RH - Como o Sr. apresentou essa metodologia em seu livro?
Francisco Gomes de Matos - O Ciclo de Felicidade no Trabalho é um espaço que leva à reflexão e à aplicação, induzindo as pessoas a expressar ideias e sentimentos, aprofundar e esclarecer causas de problemas e propor alternativas de soluções, sem as limitações burocráticas que habitualmente embotam e frustram. No livro "Empresa Feliz" são apresentadas 13 linhas de ação e 38 atividades, testadas com êxito em várias organizações, para exercitar o pensamento estratégico, harmonizar pessoas e desenvolver equipes. Os ciclos consistem na sensibilização de até 20 participantes - mesclados, sem critério hierárquico - para examinarem as situações de trabalho, estudarem processos de melhoria da qualidade de vida no ambiente produtivo e encaminharem sugestões para o incremento da produtividade.

RH - Quais as etapas do Fator QF?
Francisco Gomes de Matos - Sua implementação é flexível, para poder atender às carências e às possibilidades locais. Basicamente, os ciclos têm a seguinte sequência:
1- Dinâmica de grupo para sensibilização dos participantes. Em geral, promove-se previamente a "Leitura Interativa" de textos para a absorção de uma linguagem comum.
2 - Transmissão da metodologia "Líder de Líderes", para habilitar os participantes a conduzir o trabalho em equipe.
3 - Diagnóstico das situações problemáticas existentes em cada unidade produtiva.
4 - Esboço negociado de uma estratégia para fixação de linhas prioritárias de ação.
5 - Escolha do coordenador, por rodízio, que conduzirá o ciclo e supervisionará as práticas sugeridas pela metodologia.
6 - O acompanhamento do processo realiza-se através de "Reuniões Criativas" e Redação de Memória. A função da memória é dar fundamentação e subsídios ao diagnóstico permanente e às propostas de soluções.
7 - Com o desenvolvimento das equipes, os participantes são motivados e habilitados a um maior comprometimento no processo de multiplicação da experiência para outros grupos. Significa o exercício da função educadora, indispensável principalmente às gerências.
Para dar apoio aos ciclos é fundamental preparar assessorias internas - analistas de treinamento, assistentes de recursos humanos - que possam assegurar recursos didáticos e técnico-instrumentais para tornar eficaz o trabalho dos coordenadores e eficiente o processo.

RH - Uma vez, utilizado quais os benefícios que o Fator QF traz ao meio organizacional e especificamente à Gestão de Pessoas?
Francisco Gomes de Matos - A implantação efetiva do ciclo vai evidenciar uma realidade pouco constatada: as pessoas querem participar. Com liderança, efetiva-se o prodígio de pessoas comuns realizando coisas incomuns. A inteligência coletiva está intimamente correlacionada à cultura da felicidade.

RH - Qualquer organização pode utilizar o Fator QF?
Francisco Gomes de Matos - Seja uma micro, pequena, média ou grande empresa, todas as organizações humanas são capazes de dinamizar o Fator QF, pois ele é essencialmente muito simples e parte do princípio da valorização humana, através do relacionamento inter-pessoal e do compartilhamento do conhecimento, sentimentos e opiniões.

RH - Por que o Sr. mostra-se tão preocupado em avaliar o Quociente de Felicidade nas empresas?
Francisco Gomes de Matos - Porque é triste perceber a desumanização dos ambientes de trabalho e a falta de sensibilidade das empresas para a concretização efetiva da valorização humana, além dos discursos e peças de marketing institucional. É bom que todos lembrem que a felicidade é um diferencial que garantirá à empresa bem-sucedida a sua renovação e perpetuidade na liderança.

RH - Que indicadores determinam a existência da felicidade no ambiente de trabalho?
Francisco Gomes de Matos - As atitudes e os comportamentos do corpo funcional de uma empresa são os principais indicadores da felicidade no trabalho. Podemos mensurar esses fatores através de mecanismos científicos, como pesquisas quantitativas e qualitativas ou, também, de uma maneira empírica e direta, como passeios pelas instalações da empresa, onde se pode perceber o semblante e as manifestações de espontaneidade nos relacionamentos. Felicidade gera confiança, que, por sua vez, produz integração e co-responsabilização por objetivos comuns.

RH - Em sua opinião, que caracteriza um trabalhador feliz?
Francisco Gomes de Matos - O trabalhador feliz é aquele que se sente e se percebe como elemento co-participante do projeto empresarial. É o funcionário empreendedor, que supera a dimensão da nomenclatura de "funcionário" e passa a ser um verdadeiro sócio do negócio, com participação nos lucros e, até mesmo, um possível vínculo acionário. Essa é uma realidade muito bem-sucedida por empresas da Comunidade Européia.

RH - De que forma a área de RH pode colaborar para um ambiente corporativo feliz?
Francisco Gomes de Matos - A área de RH exerce a função estratégica de sensibilizar as lideranças da empresa para a importância da cultura da participação e da valorização das pessoas no ambiente de trabalho. Cabe ao profissional de RH assumir o papel de formador de opinião e de agente multiplicador de atitudes de respeito e consideração aos valores humanos, tendo como referência motriz a convivência das diversidades e a cooperação pelo maior bem-comum da humanidade: o direito à felicidade.


Publicado em 17/08/2009 no www.RH.com.br.


Os textos publicados não representam, necessariamente, a opinião dos responsáveis pelo site RH.com.br.
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida qualquer reprodução.
© atodigital.com