Não basta formação acadêmica e fluência no inglês; as empresas querem profissionais com visão macro, capazes de administrar a própria carreira.
Por Rômulo Martins
Gerir a própria carreira, ter  visão macro, espírito de liderança e iniciativa. Essas são apenas algumas das  características procuradas nos candidatos a vagas de trainees, jovens  recém-formados em início de carreira que serão responsáveis por dirigir a  organização. 
A preocupação com a sucessão  levou as empresas, em sua maioria de grande porte, a aumentarem  significativamente os programas de trainee nos últimos dois anos. E elas pagam  bem: em média, um trainee recebe R$ 4 mil por mês e tem os mesmos direitos que  os outros colaboradores da companhia, garantidos pela legislação trabalhista. 
Mas conquistar uma vaga para o  cargo no mercado de trabalho não é tarefa fácil. As empresas costumam receber  em média 30 mil inscrições para os programas de trainees em seus sites  corporativos. A concorrência requer dos candidatos uma boa formação  universitária e cultural. Geralmente, os processos seletivos para as vagas  incluem testes de raciocínio-lógico, inglês e conhecimentos gerais.
Após essa etapa, os trainees  costumam passar por dinâmicas de grupos, apresentações pessoais e entrevistas  com gestores. Nem todas as empresas exigem experiência para o cargo, mas é  necessário estar preparado para enfrentar essa maratona de seleção. Jovens  formados em Administração, Economia, Engenharia e Comunicação são os mais buscados  pelas organizações que contratam trainees para preparar futuros dirigentes. 
“São empresas que preferem formar  internamente esses jovens, dentro da sua cultura e valores, garantindo que  esses princípios sejam preservados. Além disso, garantem um maior acerto nos  processos de preenchimento de cargos vagos, pois conhecem bem o candidato  interno, que já está adaptado a sua cultura e já conhecem seus processos”,  afirma Gilberto Lara, diretor corporativo de Desenvolvimento Humano e  Organizacional do Grupo Votorantim.
Segundo ele, um trainee deve ter visão crítica e global, excelentes conhecimentos de  idiomas, espírito de grupo, liderança e ambição saudável: “Desde o primeiro  dia de trabalho, ele deve tomar sua carreira nas próprias mãos. Deve buscar se  desenvolver técnica e comportamentalmente, aceitar e buscar feedback,  buscar projetos com alto grau de desafio e de exposição.”
A coordenadora de seleção  Caroline Cobiak, da consultoria de desenvolvimento organizacional Across, explica  que apesar de os trainees terem a possibilidade de conhecer todas as áreas da  empresa, eles são contratados para realizar tarefas definidas. Segundo ela, ao  final do programa, nem sempre os trainees assumirão um cargo de gerência. Isso  porque, para ocupar tal posto, eles precisam ter maturidade. E, em muitos  casos, os trainees não alcançam o amadurecimento necessário para mudar de cargo  ao final de um programa. “Cabe ao trainee buscar coisas novas. O profissional  que tem uma visão macro da empresa deve propor projetos. Ele não pode esperar feedback. O trainee é o responsável pela  sua carreira. Ele deve estabelecer parcerias, construir seu network, aprimorar-se”, ressalta a  coordenadora de seleção.
Ela destaca que para assumir  cargos de responsabilidade na organização, o trainee tem de estar preparado  para lidar com situações adversas e deve propor soluções. “Ele deve ser  pró-ativo, saber transmitir suas ideias, definir prioridades, ter capacidade  analítica”, observa. 
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