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Entrei no orkut porque o chefe mandou
Maurício Moraes, de INFO Online
4 de abril de 2009
Nem sempre é preciso fechar rapidinho a página do orkut ou do Facebook quando o chefe vem chegando à sua mesa. Você pode reverter a situação se estiver usando as redes sociais como ferramenta de trabalho. Claro que muita gente dá uma escapadinha durante o expediente só para xeretar perfis alheios ou comentar a foto da viagem de férias da amiga daquela prima distante. Mas os funcionários mais antenados já perceberam que há vários modos de aproveitar a conectividade e as ferramentas que esses serviços oferecem para melhorar o desempenho na profissão.
Basta pensar que o cotidiano profissional de muita gente envolve troca de ideias, colaboração em projetos, resolução de problemas e a constante necessidade de conhecer as tendências de mercado. Tudo isso pressupõe o contato direto entre pessoas. E isso as redes sociais tiram de letra.
Uma pesquisa divulgada no fim do ano passado pela consultoria britânica Demos concluiu que os empregadores não deveriam bloquear o acesso a esses serviços. O estudo analisou seis organizações de diferentes perfis. Os pesquisadores Peter Bradwell e Richard Reeves descobriram que as redes sociais podem ser fundamentais para estimular a inovação, a produtividade e a democracia em uma companhia.
Muita gente já entrou nessa onda. O empresário Erwin Julius, de 32 anos, sócio da empresa Summer,+i, está entre os profissionais que adotaram as redes sociais no dia-a-dia do trabalho. “O que mais uso, por causa do modelo dinâmico, é o Twitter”, diz. “Ele me permite acompanhar profissionais que atuam em outras empresas do nosso mercado e facilita a troca de ideias.” Ele também não deixa de visitar orkut, Facebook, LinkedIn, Plaxo e MySpace, entre outros. Qualquer um pode fazer o mesmo. Confira, a seguir, o que alguns dos principais serviços oferecem — profissionalmente, é claro.
Orkut é da comunidade
A associação do orkut com o lazer é tão grande que parece que não há espaço para atividades profissionais lá dentro. Engano. Embora os aplicativos disponíveis sejam realmente focados em diversão, são as comunidades que podem ser aproveitadas para trocar informações e conhecimentos sobre assuntos específicos. Os grupos permitem aos administradores aprovar a admissão de novos membros caso a caso. E o acesso ao conteúdo pode ficar restrito apenas aos associados da comunidade. Com todo esse controle, é fácil barrar os engraçadinhos e manter espaços de discussão respeitáveis dentro da maior rede social do Brasil. Exemplos não faltam. Pense em uma linguagem de programação e descobrirá uma comunidade relacionada: há muita gente discutindo pra valer de Java a Ruby on Rails. Além disso, a rede pode ser uma vitrine para mostrar a cara para eventuais recrutadores.
Facebook esbanja aplicativos
Quando o assunto é trabalho, a rede social mais popular do planeta destaca-se pela diversidade de aplicativos que oferece. Para criar projetos envolvendo várias pessoas, uma boa dica no Facebook é o Huddle Workspaces. Ele permite, por exemplo, fazer o upload de um documento e convidar usuários para avaliarem o seu conteúdo. É possível também armazenar arquivos importantes — cada conta tem 1 GB à disposição. Na mesma linha, há o Get Stuff Done, que permite até mesmo criar listas de tarefas associadas a um determinado projeto. Já o Zoho Online Office incorpora as ferramentas de compartilhamento da suíte de escritórios à rede social. Textos, planilhas e apresentações podem ser exibidos para os amigos escolhidos, que têm a possibilidade de editá-los também. Já quem usa Google Docs e Calendar pode adicionar os gadgets de ambos à sua página do Facebook: mas eles são limitados, e é possível apenas visualizar a lista de arquivos e de compromissos.
Twitter, o RSS Profissional
Com o Twitter, não existe espaço para enrolação. O tamanho máximo de 140 caracteres permitido em cada micropost elimina, de cara, aqueles chatos que fazem discursos intermináveis e pouco úteis. Nada melhor, portanto, do que usá-lo para acompanhar colegas de trabalho ou outros profissionais de uma determinada área de atuação. Basta seguir as pessoas que você acha que têm algo a dizer para ficar por dentro das últimas tendências do mercado e trocar ideias. Tem gente graúda por lá. O problema é que a interface do Twitter deixa tudo muito bagunçado. O Tweetdeck (http://info.abril.com.br/download/5336.shtml) permite organizar tudo por grupos de interesse, como um verdadeiro RSS social. Outra opção é o Twhirl (http://info.abril.com.br/download/5615.shtml), que tem jeitão de mensageiro instantâneo. Já a extensão Twitterfox,para Firefox (http://info.abril.com.br/download/5616.shtml), ajuda a acompanhar tudo por meio de um atalho instalado no canto direito do navegador.
LinkedIn leva o networking a sério
O LinkedIn sempre foi meio sisudo. A rede social já nasceu com foco no trabalho e na interconexão de profissionais de diferentes segmentos e países. Seus grupos são um ótimo ponto de encontro para discutir assuntos específicos, conferir as últimas notícias sobre uma determinada área e até mesmo saber das últimas vagas disponíveis. Mas o LinkedIn não fica só nisso. Desde o fim do ano passado, o serviço vem incorporando aplicativos. Há bem menos opções do que no Facebook, mas algumas delas valem a pena. O Company Buzz, por exemplo, monitora o que os integrantes da sua rede de contatos estão dizendo sobre sua empresa ou os concorrentes no Twitter. Basta cadastrar as palavras-chave. Há também o Huddle Workspaces, para criar projetos e compartilhá-los, idêntico à versão disponível para Facebook. Já o Polls permite criar pesquisas de mercado, enquanto o SlideShare facilita o compartilhamento de apresentações.
Plaxo, a superagenda
Embora não seja tão popular aqui no Brasil, o Plaxo traz boas ferramentas para uso profissional. Um dos seus pontos fortes está na agenda de contatos. Além de agrupar as informações de cada um dos amigos cadastrados no perfil, o serviço sincroniza os contatos de Outlook, Outlook Express, Windows Live, Gmail e Yahoo! Mail, entre outros. Dá também para integrar as agendas de compromissos ao calendário do Plaxo. Na versão paga (49,95 dólares por ano), os usuários podem ainda fazer backups automáticos de todas as informações e remover dados duplicados. O Plaxo também inova ao funcionar como agregador de redes sociais. É só cadastrar os sites de que você participa, como Twitter, Flickr e Facebook, para que os seus amigos acompanhem as atualizações.
A vaquinha onipresente
Às vezes, o Remember the Milk se parece com aqueles vilões de filme de terror. Quando você menos espera, eles aparecem. A diferença é que o serviço só quer ajudá-lo a concluir todas as tarefas programadas — o que é muito útil principalmente no trabalho. Para isso, o Remember the Milk aposta na integração com serviços disponíveis na web e celulares. É possível instalá-lo dentro do Gmail ou do Google Calendar, acessá-lo no iPhone, BlackBerry ou smartphone com Windows Mobile (mediante pagamento de uma tarifa) ou cadastrar tarefas pelo Twitter e pela barra de tarefas do navegador. A lista completa pode ser encontrada no endereço www.rememberthemilk.com/services.
Fonte: http://info.abril.com.br/professional/carreira/entrei-no-orkut-porque-o-chefe.shtml
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