ESTE É O PADRÃO APRESENTADO SLIDE 1 TÍTULO

Vá para o Blogger Editar HTML e encontrar este texto e substituir pela sua descrição do post em destaque...

ESTE É O PADRÃO APRESENTADO SLIDE 2 TÍTULO

Vá para o Blogger Editar HTML e encontrar este texto e substituir pela sua descrição do post em destaque...

ESTE É O PADRÃO APRESENTADO SLIDE 3 TÍTULO

Vá para o Blogger Editar HTML e encontrar este texto e substituir pela sua descrição do post em destaque...

ESTE É O PADRÃO APRESENTADO SLIDE 4 TÍTULO

Vá para o Blogger Editar HTML e encontrar este texto e substituir pela sua descrição do post em destaque...

ESTE É O PADRÃO APRESENTADO SLIDE 5 TÍTULO

Vá para o Blogger Editar HTML e encontrar este texto e substituir pela sua descrição do post em destaque...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Leitura: hábito que leva ao desenvolvimento

[ Desenvolvimento ]
Leitura: hábito que leva ao desenvolvimento

Patrícia Bispo
Jornalista responsável pelo conteúdo da comunidade virtual RH.com.br.

Patrocinado por AncoraRh Informática (www.ancorarh.com.br)

A busca pela disseminação do conhecimento não é apenas mais um assunto na lista de discussão de uma reunião corporativa, mas sim uma questão que precisa ser levada a sério e colocada em prática. Afinal, o fluxo de informações vence fronteiras e chega às organizações, de forma incontestável, em uma velocidade cada vez maior. Resultado: as empresas necessitam contar com profissionais qualificados para enfrentar as exigências de uma competitividade acirrada.

Diante dessa realidade, cada empresa busca desenvolver mecanismos próprios que estimulem o desenvolvimento dos funcionários. Muitas vezes, a solução está em alternativas simples, contudo criativas. Um desses exemplos acontece com a Drogaria São Paulo, que através do estímulo à leitura conseguiu despertar entre os funcionários a capacidade de ver o mundo sob prismas bem mais amplos do que eles poderiam imaginar.

A idéia de instigar a prática de leitura entre os profissionais que atuam na organização surgiu no início da década de 90, graças à iniciativa de um supervisor dos depósitos da empresa que buscou inspiração na biblioteca da faculdade onde estudava. Observando o valor que a leitura agregava à vida das pessoas, ele apresentou a proposta ao presidente da companhia e logo recebeu o apoio inicial para comprar 80 livros para implantar a biblioteca que recebeu o nome Thomaz de Carvalho – homenagem prestada ao fundador da empresa.

O primeiro passo tinha sido dado: os títulos haviam sido adquiridos e, no início, a maioria dos livros tinha cunho didático, especificamente sobre administração de empresas. O acervo da biblioteca cresceu devido às adesões dos funcionários, que para se associarem à biblioteca eram convidados a fazer uma adoção. Para se ter uma idéia de como o hábito da leitura tornou-se uma rotina junto aos colaboradores da empresa, hoje existem bibliotecas em cada unidade da Drogaria São Paulo nas mais de 200 lojas da rede – distribuídas em mais de 40 municípios nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Ceará. Em números, isso significa mais de 60 mil livros disponíveis nas bibliotecas regionais.

Com o passar do tempo, estimular os funcionários a freqüentarem o ambiente literário não era o suficiente para a empresa. Era preciso ir um pouco além e levar os livros até os colaboradores. Foi quando em 2001 surgiu uma nova proposta: criar uma biblioteca itinerante, aonde os livros “caminhariam” até chegar às pessoas. De acordo com Tereza Amorim, gerente de RH da Drogaria São Paulo, a princípio, a Biblioteca Itinerante começou com 1.850 livros que foram doados pelo presidente da empresa, mas hoje o acervo chega a três mil títulos.

Atualmente, cada loja possui uma média de 17 livros que funcionam no sistema itinerante. “As unidades recebem uma relação dos livros em PDF e disponibilizam a relação para todos da equipe. O funcionário pode solicitar um livro que está em outra unidade. O funcionário interessado pelo livro realiza a solicitação, o responsável pela biblioteca faz as anotações do nome do profissional e da loja que está sendo encaminhado o título. O funcionário terá o prazo de 15 dias para concluir leitura e devolver o livro, podendo prorrogar o prazo por mais 15 dias”, explica Tereza Amorim, ao acrescentar que além de contribuir para formação dos colaboradores a leitura é uma alternativa de lazer.

Os títulos – Uma da maneiras encontradas pela Drogaria São Paulo para estimular os funcionários a lerem foi permitir que eles sugerissem a compra de exemplares. Hoje, o acervo é bastante variado e conta com best-sellers do mundo corporativo como: “O Monge e o Executivo”, de James C. Hunter, “Pai Rico Pai Pobre” de Robert T. Kiyosaki & Sharon L. Lechter e “Os 7 Hábitos da Pessoas Altamente Eficazes” de Stephen R. Covey. Mas para quem é adepto de uma literatura diversificada também estão disponíveis obras como “Os Irmãos Karamazov“ de Feódor Dostoievski, “O Xangô de Baker Street” de Jô Soares, bem como livros didáticos de administração e gerenciamento.

Quando questionada sobre a receptividade dos funcionários em relação à leitura, a gerente de RH mostra-se animada, pois os colaboradores doam livros, apresentam sugestões e a quantidade de adesões tem aumentado. “O investimento na cultura traz mais respeito e credibilidade à organização. Para os nossos funcionários a possibilidade de ter diversos títulos à disposição, permite que eles estudem e façam pesquisas para suas atividades escolares nas horas vagas. O maior benefício conquistado por eles, é o conhecimento adquirido através da leitura”, conclui, ao lembrar que só esse ano a empresa já investiu cerca de 15 mil reais para a compra de novos títulos.

Publicado em 22/04/2008 no www.RH.com.br.

Os textos publicados não representam, necessariamente, a opinião dos responsáveis pelo site RH.com.br.
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida qualquer reprodução.
© atodigital.com

terça-feira, 15 de abril de 2008

Planejamento Estratégico Pessoal

Planejamento Estratégico Pessoal
*por Tom Coelho

Estamos acostumados a falar sobre planejamento estratégico no âmbito das corporações. Empresas, instituições e governos preparam, normalmente no quarto trimestre, novos planos e a revisão de planos existentes para o ano seguinte, bem como para períodos mais longos.

Mas a proposta deste ensaio é conduzir você na execução de um planejamento estratégico diferente e especial: o plano de sua vida. E, para fazê-lo, iremos nos basear em uma metodologia inovadora.

Parte A – O Tripé do Planejamento Estratégico Pessoal

Planejamento estratégico pessoal é o processo de construir o seu futuro. E tal como nas corporações, a primeira etapa consiste na definição de três aspectos essenciais: missão, valores e visão.

1. Missão

A missão é a sua razão de existir. Entendê-la habita antigas questões filosóficas como: “De onde viemos?” e “Para onde vamos?”.

Descobrir sua missão é fruto das perguntas que você se fizer. Algumas sugestões:

a) O que está incompleto em sua vida?
Procure entender o que falta para sentir-se realizado em termos profissionais e pessoais.

b) O que gostaria de aprender?
A resposta indicará suas paixões e poderá revelar talentos latentes que tenha negligenciado no decorrer dos anos, seja pela rotina imposta pelo cotidiano, seja pelo medo auto-imposto.

c) O que faria se ganhasse um grande prêmio numa loteria?
O propósito é observar se há planos que você tem adiado indefinidamente sob a alegação de falta de recursos. É possível que sua missão esteja mergulhada neste pântano sombrio desenhado em sua mente e que a realização deste sonho seja exeqüível mesmo diante da ausência de dinheiro.

d) O que faria se tivesse somente seis meses de vida?
É uma questão lúgubre, sei disso. Mas ela se faz necessária para que você avalie suas reais prioridades e reflita sobre como tem gerenciado seu recurso mais significativo e perene: seu tempo.

e) Imagine-se em seu enterro...
A exemplo da pergunta anterior, este é um exercício revelador. A proposta é que você se imagine nesta situação e procure identificar três pessoas de seu relacionamento: um familiar, um amigo e um colega de trabalho. Ouça o que estão dizendo sobre você e quais os sentimentos que delas afloram. Talvez perceba como as tem tratado e quanto de amizade, carinho e amor tem oferecido àqueles que lhe são importantes.

Após todos estes questionamentos, analise suas respostas. Elas indicarão seu legado, ou seja, a contribuição que deixará para o mundo e através da qual poderá eternizar seu nome e seus feitos.

2. Valores

Os valores são os princípios que guiam as decisões e balizam o comportamento no cumprimento da missão.

Desde muito cedo, por influência de nossos pais e familiares, estabelecemos um conjunto de valores. Mas as pessoas, o ambiente, as crenças e as circunstâncias agem no sentido de modificá-los. Um bom exemplo desta mutabilidade dos valores é o estatuto da pena de morte. Você pode ser absolutamente contrário à aplicação da sentença capital. Porém, se um ente querido for vitimado por um ato de violência extrema, é possível que você passe a tolerá-la em condições excepcionais.

Para encontrar seus valores:

a) Identifique os princípios que governam sua vida.
É uma tarefa demorada e que ordena alta concentração e reflexão. Verifique os valores mais recorrentes em seus pensamentos e ações. Podem ser a integridade e a justiça, indicando um perfil voltado à conduta social; ou a humildade e a generosidade, sinalizando para foco em serviços ao próximo; ou a autonomia e a autoconfiança, apontando para o egocentrismo. Pode ser um conjunto de todos eles. Não importa. O fundamental é que os aspectos selecionados representem o que você de fato é, e não o que gostaria que as pessoas pensassem a seu respeito. Assim, escolha valores inerentes ao seu caráter e não à sua reputação.

b) Coloque-os em ordem de prioridade.
Após selecionar entre cinco e sete valores, procure ordená-los de acordo com o grau de importância relativa. É um momento decisivo, pois exigirá que você faça escolhas. Neste momento ficará evidenciado se os valores preponderantes são materiais ou emocionais, individuais ou coletivos.

c) Escreva um parágrafo para cada um dos valores escolhidos.
É o momento de unir razão e emoção, cabeça e coração. Coloque no papel o porquê de suas escolhas, leia com atenção e reflita.

Ao final você terá escrito o que denomino “Constituição Pessoal”. É sua carta de valores, pessoal e intransferível. Carregue consigo esta pequena lista, leia-a regularmente e tome suas decisões com base nela. Uma atitude em desacordo com seus valores deverá causar desconforto, incômodo até, ensejando uma mudança atitudinal ou uma revisão dos valores selecionados.

3. Visão

A visão é a explicitação do que você espera e acredita para o seu futuro. É uma imagem mental poderosa que tem a propriedade de materializar sonhos.

Para construir uma visão de futuro:

a) Imagine-se daqui a alguns anos.
Onde você estará em um, cinco, dez e 25 anos? O que estará fazendo? Quais terão sido suas realizações? Quem terá conhecido? O que terá aprendido?

b) Adote um “diário do futuro”.
Há quem ainda escreva diários, um registro pessoal e muitas vezes secreto de comportamentos, pensamentos e ações. Modernamente os diários ganharam o mundo virtual através dos blogs. Em qualquer dos casos, faça seus relatos não sobre o passado, mas sobre o futuro que imaginou conforme sugestão anterior. Seja detalhista, entusiasmado e profético ao discorrer suas palavras.

c) Projete o filme da sua vida.
Reúna suas experiências passadas e sua visão de futuro, ambas ilustradas pelos seus diários do passado e do futuro, para imaginar o filme de sua vida, uma película extraordinária onde você figura como diretor e protagonista de sua própria história.

Ao vislumbrar seu futuro, lembre-se de desenhá-lo com cores alegres, vibrantes e positivas. O que hoje se conceitua como “leis da atração” nada mais é do que uma imagem mental positiva amparada por ação concreta em direção da realização e da conquista do sucesso.

Parte B – A Caixa de Ferramentas

Os convencionais 4Ps, apresentados por Jerome McCarthy em sua obra Basic Marketing, de 1960, como únicas variáveis relevantes do chamado composto mercadológico, receberam uma abordagem inovadora. Mais de quarenta anos de estudo e trabalho permitiram a Francisco Alberto Madia de Souza, presidente da Madia Mundo Marketing, desenvolver uma matriz fantástica formada por 12Ps, conforme apresentaremos adiante.

1. PEST

Agora que já descobriu sua missão de vida, selecionou os valores que irão balizar seus comportamentos e ações e determinou onde pretende estar a partir de sua visão do futuro, deverá fazer uma análise atenta do ambiente externo, ou seja, o ambiente Político, Econômico, Social e Tecnológico no qual está inserido.

O ambiente político ganhou notoriedade ainda maior dentro da atual conjuntura do país devido aos desmandos envolvendo governantes de todas as esferas do poder, colocando a ética no centro das atenções. Assim, a conduta moral ilibada passou a ser, além de louvável, pré-requisito para viver em sociedade e edificar a imagem pessoal.

O ambiente econômico pode ser resumido na força de uma palavra: globalização. Muros e cortinas ruíram, decretando o fim das fronteiras físicas. Telefones e computadores encurtaram distâncias. Caminhamos para idiomas e moedas universais, promovendo uma aproximação cultural sem precedentes.

O ambiente social, como que por decorrência dos anteriores, acionou o alerta da responsabilidade socioambiental. As desigualdades entre os povos precisam ser dirimidas. O crescimento não pode ser de poucos e o desenvolvimento precisa ser sustentável para não comprometer as gerações futuras.

O ambiente tecnológico legou-nos a inovação e com ela a certeza de que sempre será possível fazer melhor, mais rápido e mais barato. É um retorno a cinco séculos antes de Cristo e a dialética de Heráclito de Éfeso que dizia: “Tudo flui, nada persiste, nem permanece o mesmo”.

Do ambiente externo aprendemos que devemos estar em constante busca pelo conhecimento e pela inovação, agindo num mundo globalizado com ética e foco na sustentabilidade.

2. Phocus

Compreendido o ambiente externo, estabeleça seu foco de atuação. Pode parecer elementar, mas muitos se equivocam neste instante, comprometendo o resultado de todo o planejamento. E erram ou por constituir muitos focos ou por eleger como primordial o objetivo inadequado.

Várias flechas não garantem o acerto do alvo, e vários alvos confundem o arqueiro. Por isso, a definição deve ser clara, analítica e específica. Procure fundamentá-la em sua missão, orientá-la pelos seus valores e traçá-la em direção à sua visão.

Resista à tentação de definir seu foco por interferência de terceiros. Isso acontece, por exemplo, com jovens em estágio pré-vestibular, por ocasião da escolha do curso superior, quando optam pela mesma carreira dos pais ou seguem à risca a sugestão de amigos ou familiares.

É também comum a definição do foco por influências de cunho conjuntural, como moda ou expectativa momentânea de ganhos financeiros elevados. Assim pode-se notar com profissionais que escolheram carreiras a partir da análise de pesquisas salariais, negligenciando seus anseios de realização e talentos pessoais. Invariavelmente a desilusão os visita com brevidade, trazendo-lhes o desafio do recomeço ou o equívoco de persistir no erro.

3. Positioning

O posicionamento consiste no planejamento e organização de sua identidade pessoal. Representa todos os sinais e códigos de comunicação transmitidos por seu estilo e personalidade.

O objetivo é delimitar, baseado no seu phocus, as características mais singulares que nortearão a construção de sua imagem com intuito de conquistar o respeito, a admiração e a confiança das pessoas.

4. Product

Observado como se fora um produto, é o momento de trabalhar seu marketing pessoal, projetando uma imagem de marca em relação a si a partir de dois níveis essenciais: a embalagem e o conteúdo.

O aspecto externo é o princípio de tudo, pois você não terá uma segunda oportunidade de causar uma primeira boa impressão. Portanto, cuide de sua aparência, trajando-se com propriedade, evitando o uso excessivo de acessórios e cosméticos, aprendendo regras de etiqueta e melhorando seu vocabulário, tanto falado quanto escrito.

Mas embora o design seja determinante, se o que estiver por dentro não lastrear a expectativa criada, você seguramente deixará de se estabelecer. Por isso, atente para sua formação acadêmica. Estude com regularidade e aprenda outros idiomas. Seja uma pessoa autêntica, transparente e íntegra. É o melhor caminho para conquistar a confiança e simpatia das pessoas.

5. Promotion

Não adianta fazer a melhor coisa do mundo ou ter atributos invejáveis se ninguém tomar conhecimento. É preciso comunicar e repercutir. Esta ferramenta poderia ser traduzida literalmente por promoção, mas envolve mais do que isso: é o campo da propaganda e da comunicação.

Por isso, tenha sempre seu cartão de visitas à mão, mesmo que esteja desempregado. Crie um blog ou website pessoal e participe de comunidades na internet. Depois crie suas próprias comunidades.

Se gostar de escrever, publique artigos. E depois um livro. Se não gostar de escrever, comece a ler mais e aprenda a escrever.

Além disso, participe de eventos para ver e ser visto. E todo tipo de evento. Shows, seminários, feiras, reuniões de condomínio. Procure freqüentar ambientes variados para ter acesso a pessoas diferentes, com formação, cultura e idéias diversas.

Faça um curso de expressão verbal e aprenda a arte da retórica. A habilidade de falar em público abre portas e eleva a auto-estima e a autoconfiança.

O resultado final deste processo de comunicação é uma ampla rede de relacionamento, o tão comentado networking. Procure criá-la e expandi-la em sintonia com o seu phocus.

6. Place

Falamos aqui de distribuição. Utilizando as técnicas de comunicação sugeridas no tópico anterior, suas idéias e ideais poderão ser conhecidos por todos que se sentirem seduzidos a visitar seu sítio na internet.

A reunião de opiniões qualificadas e networking extenso pode proporcionar grande alcance e destaque para seus conceitos e sua imagem. Mas lembre-se de guardar fidelidade e alinhamento à sua missão. Com base nela, seu place, ou seu mundo, poderá acertadamente se restringir não aos cinco continentes, mas apenas à sua comunidade.

7. Price

O preço é absoluto, mas o valor é sempre relativo.

O preço é um atributo típico dos produtos. E estes têm sido comoditizados ao longo do tempo. Olhe ao seu redor e analise produtos similares de diferentes marcas das mais variadas empresas.

Analogamente, todos nós, tomados como produtos no mercado de trabalho, também nos assemelhamos. Nossas competências técnicas são muito próximas, posto que ensinadas nas mesmas escolas, com metodologias parecidas e mesmos livros didáticos. O que outrora fora um diferencial, como o domínio de um segundo idioma ou um título de pós-graduação, hoje representa apenas igualdade de condições junto aos demais profissionais.

Como se não bastasse, tudo concorre com tudo agora. A competição é pelo tempo e pelo dinheiro do consumidor potencial. No restaurante, refrigerante compete com tubaína, mas também com suco, água natural e aromatizada pela preferência do cliente. No hospital, cardiologista concorre com oncologista, mas também com administradores, advogados e até engenheiros pela direção do estabelecimento.

Mas todo produto encerra em si a prestação de um serviço. E é neste campo que o jogo pode e deve ser jogado. Saem os predicados objetivos, entram os subjetivos. Em lugar da forma, o conteúdo. Em vez do palpável, o intangível.

Atendimento é a palavra de ordem. O bom atendimento, vale frisar. Atendimento que deriva de atenção, da capacidade de direcionar não somente olhos e ouvidos, mas os cinco sentidos para acolher a uma demanda qualquer.

Imagem que se fortalece, valor que se tonifica.

8. People

A era do conhecimento colocou as pessoas em primeiro lugar, suplantando as máquinas.

E a importância das pessoas começa pelo cliente, esta entidade poderosa dotada da propriedade de fazer uma companhia prosperar ou capitular.

Porém, há um cliente específico, igualmente significativo, mas cuja relevância precede ao anterior. Trata-se do cliente interno, formado pelos parceiros de trabalho, seja qual for o ambiente. São eles os seus colegas de trabalho, de todos os níveis hierárquicos, e os demais alunos matriculados no seu curso universitário, ao lado de todo o corpo docente.

Da harmonia no relacionamento interpessoal cultivado junto a estes pares depende o êxito de qualquer empreitada. No mundo corporativo, por exemplo, um ambiente saudável entre os colaboradores permite a formação de equipes altamente comprometidas com a organização o que se traduz em excelência no atendimento ao cliente externo, possibilitando sua fidelização.

O instrumento utilizado neste processo de evolução das relações internas atende pelo nome de endomarketing.

É através das pessoas que poderá colher impressões reais a seu respeito tencionando praticar o kaizen, ou aprimoramento contínuo. E um dos melhores expedientes de coleta de informações é um questionário para levantamento de pontos fortes e fracos. Experimente aplicá-lo junto a pessoas de seu relacionamento que, mais do que amigas, sejam justas e dispostas a auxiliar você na busca pelo autoconhecimento.

9. Providers

Fornecedores já foram tidos como uma espécie de “mal necessário”. Eram tempos em que os monopólios reinavam absolutos impondo-nos preços, prazos e condições.

A tecnologia, a profusão e difusão das inovações, a expansão dos mercados, enfim, as novas relações de consumo alteraram o perfil dos providers. E, por decorrência do exposto na variável anterior, o endomarketing tornou você cliente e fornecedor ao mesmo tempo.

A necessidade de concentrar tempo, recursos e energia no phocus propiciou o surgimento da terceirização. Tal como empresas passaram a se dedicar quase integralmente à sua atividade-fim, delegando operações acessórias a outras companhias para elevar sua competitividade, da mesma maneira você deve conduzir sua carreira.

Exemplificando a partir de temas já abordados, contrate um especialista para desenvolver seu website em vez de aprender recursos de programação apenas para esta finalidade. Confeccione seus cartões de visita em uma gráfica, ao invés de produzi-los artesanalmente em sua impressora. Abrace o profissionalismo como lema, pois cada decisão, por menor que seja, impacta sua imagem.

Ao contratar estes novos parceiros, certifique-se de que eles trabalham em sintonia com seus valores e podem atender suas demandas dentro de condições favoráveis.

E, por derradeiro, no papel de fornecedor, considere a possibilidade de trabalhar no sistema home office, ou seja, a partir de um escritório estruturado em sua própria residência. Esta pode ser uma alternativa secundária para uma atividade suplementar que com o tempo possa assumir o posto de principal. Mas tenha consigo a recomendação de que para ter sucesso nesta iniciativa é preciso mais do que infra-estrutura. Preparo, organização e disciplina são quesitos fundamentais.

10. Post-Place

A primeira venda não é a mais difícil de ser realizada. É a segunda, porque sinaliza fidelidade. Este conceito vale para produtos, vale para serviços, vale para sua imagem e para a atividade que desempenhar. Você pode chamá-lo de aftermarketing, porque vem depois da venda.

Pergunte-se: quantas vezes você já acionou um SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente, tendo seu problema resolvido? Em quantas ocasiões recebeu um telefonema de retorno de alguém para agradecer-lhe pela presença ou participação num evento qualquer?

Costumo dizer que nós somos maus amantes, porque costumamos lutar por nossas conquistas e desmerecê-las logo em seguida, tão logo seja superado o sabor do desafio.

Por isso, aprenda a agradecer. Agradeça não apenas por presentes recebidos, mas também por um sorriso, por uma singela mensagem. Cultive o hábito de jamais deixar alguém sem resposta, ainda que ela seja negativa ou inconclusa.

Retorne telefonemas recebidos, recados remetidos, mensagens postadas. Cumprimente com cordialidade as pessoas que encontrar, mesmo que acidentalmente. Vale para o frentista, o ascensorista, o operador de caixa.

Coloque-se disponível às pessoas. Evite criar barreiras, forjar obstáculos, tornar-se inacessível como se isso fosse torná-lo mais importante, desejado ou respeitado. O mundo anda carente de alegrias e basta uma delas para combater muitas tristezas. A gratidão e a benevolência não trazem a felicidade, mas ajudam a assegurá-la.

11. Protection

Esteja atento para assuntos relacionados à proteção legal. Primeiro, para resguardar a si mesmo e à sua imagem. Segundo, para evitar o inverso, ou seja, que você, desafortunadamente, por um lapso em uma fração de segundos, invada a privacidade alheia, cometa um plágio, ultrapasse a linha tênue que muitas vezes separa o plausível do inaceitável.

Procure patentear sua marca pessoal, caso crie uma. Registre seu domínio www. Conheça o código de ética da sua categoria profissional e estude o código de conduta da sua empresa. Leia e aprenda a interpretar o Código de Defesa do Consumidor e a Constituição Federal.

12. Percognitiom

A última variável das ferramentas para edificação de seu planejamento estratégico pessoal é um neologismo em inglês que representa uma seqüência de ações capazes de referendar os passos anteriores: percepção, reconhecimento, reputação, imagem e marca.

Isso posto, todo o planejamento só poderá ser qualificado como válido se houver a percepção de suas qualidades e atributos. Uma vez percebido ou notado, que você seja reconhecido e, ato contínuo, reputado positivamente. Então ocorrerá a experimentação, representada pelas oportunidades de interação que conduzam à convivência, respaldando uma imagem sólida que se incorpore à sua marca pessoal.

O percognitiom é fruto de um processo de diferenciação capaz de lhe tornar dotado de características únicas e indissociáveis, suficientes para conquistar a o respeito, a admiração e a confiança das pessoas em seus corações e mentes.

Lembre-se de que o hoje é a vitória sobre o você de ontem e a preparação para o seu amanhã. Falhar em planejar é planejar falhar.

Tom Coelho!, com formação em Economia pela FEA/USP, Publicidade pela ESPM/SP, especialização em Marketing pela Madia Marketing School e em Qualidade de Vida no Trabalho pela USP, é consultor, professor universitário, escritor e palestrante. Diretor da Infinity Consulting, Diretor Estadual do NJE/Ciesp e VP de Negócios da AAPSA.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilização através do e-mail talento@tomcoelho.com.br

Uma questão de afinidade

Por que você precisa se identificar com a cultura da sua empresa - Revista Exame

Por Simon Franco

Num trabalho recente para uma empresa do sul do país, encontrei a reprodução de uma situação que tem se tornado extremamente comum. Deparei com um profissional com excelente qualificação técnica, grande experiência e um profundo senso de responsabilidade. Em sua ficha, constava também que ele estava há muito tempo na organização. Acontece que aquele profissional nunca tinha passado do escalão médio. Seu perfil era de diretor. Seu papel era de subgerente. Qual a razão dessa contradição? Ao entrevistá-lo, o mistério se desfez para mim: ele era, na cultura da empresa, um estranho no ninho.

A cultura de uma empresa não é algo abstrato. Ela diz respeito a um conjunto concreto de formas de agir, de se expressar, de se comunicar, até mesmo de se vestir. Há códigos implícitos de conduta e de comportamento que são decisivos e constituem a personalidade da empresa. Quem não estiver sintonizado com esses códigos dificilmente conseguirá ter boas chances de crescimento. Não se trata de achar que todos os profissionais devem ser clones uns dos outros, mas de perceber o imenso peso que a identificação com a cultura tem hoje no desenvolvimento da carreira.

O caso desse profissional era de total falta de afinidade cultural. A empresa tinha raízes na tradição germânica e um ambiente circunspecto, um tanto silencioso e muito formal. Muitos colegas tratam-se por "senhor". No meio disso, o nosso subgerente primava pelo humor, chegando a fazer algumas ironias com a seriedade dos outros. Um sujeito expansivo, muito inteligente e que gostava de contar "causos" e de dar risadas.

O que a empresa via nisso? Falta de confiabilidade. "Não dá para confiar, ele é meio moleque", disse um dos diretores. "É inteligente, muito bem preparado, mas é um pouco fora do padrão." Havia ali um talento subaproveitado por falta de afinidade cultural. Esse foi o diagnóstico que apresentei para o caso. Conversei sobre isso com a direção da companhia, mas sabia de antemão que ele dificilmente seria mais bem aproveitado ali.

Com extrema correção e sentido ético, os diretores concordaram com minha avaliação. "Realmente será difícil ele passar para um escalão mais alto, mesmo tendo qualificação para isso. Sinta-se à vontade para conversar sobre isso com ele e, se conhecer alguma oportunidade profissional na qual ele se encaixe, ajude-o a crescer", disse o diretor de recursos humanos. Três meses depois, tive a oportunidade de oferecer àquele subgerente um cargo de direção numa empresa de comunicação na qual ele se encaixava culturalmente. Ele ainda está lá, numa posição de destaque.

Esse caso é uma grande lição. Ele indica que precisamos fazer avaliações constantes de nossa vida profissional, não apenas do ponto de vista da qualificação e do desempenho, mas também do ponto de vista da afinidade entre a nossa personalidade e a da empresa. Diversos casos de carreiras empacadas podem ser explicados por essa falta de afinidade. A empresa não demite o profissional, pois ele é competente, mas não permite seu crescimento, porque ele é diferente.

Nesses casos, a melhor solução nem sempre é buscar uma nova posição. Podemos também aprender a agir e a nos comportar de forma diferente. Desde que -- é claro -- isso não signifique nenhuma violência à nossa própria forma de ser e de pensar.

Simon Franco é CEO da Simon Franco/TMP Worldwide do Brasil e autor de Criando o Próprio Futuro e O Profissionauta.

Enfrente seus medos e assuma mais riscos...

Enfrente seus medos - Edição 800 da Revista Exame

E assuma mais riscos. Ou alguém assumirá no seu lugar

Por Simon Franco

Há pouco tempo, conheci um executivo que possui uma experiência muito interessante. Ele havia trabalhado por quase seis anos num ministério, em Brasília, responsável por contratos e gerenciamento operacional de gastos de um programa governamental que contava com aporte de milhões de dólares vindos de um banco internacional de desenvolvimento. Promovia as licitações necessárias, as contratações, enfim, cuidava de todos os procedimentos burocráticos. Após sair do governo, teve uma rápida passagem pela iniciativa privada: menos de três meses como diretor administrativo de uma empresa de comunicação. Foi demitido. Na semana passada, liguei para ele e perguntei se podia contar a história nesta coluna. Ele autorizou, com a seguinte frase: "Apanhei para aprender, tomara que meu aprendizado ajude alguém a não cair na mesma armadilha".

A armadilha à qual ele se referia era o medo. Sua norma de conduta era cumprir rigorosamente todos os procedimentos previstos nos manuais, seguir as regras religiosamente, agir dentro de todas as formalidades possíveis. Ao mesmo tempo, tentava a todo custo evitar "trombadas" e "disputas". Tinha medo de se envolver em conflitos, medo de ser repreendido por alguma auditoria, medo de ser acusado de alguma falha administrativa. Vivia numa constante "operação-padrão". Esse "treinamento" imposto pela rigidez burocrática do serviço público levava a duas conseqüências imediatas: as coisas demoravam para andar e nunca surgia uma solução inovadora. Quando ele aplicou esse método numa empresa privada, descobriu que gerava ainda uma terceira conseqüência, invisível em seus anos de governo: prejuízo.

O medo trava a criatividade e a produtividade. E isso não vale apenas para quem esteve num cargo público. O desemprego, a diminuição do número de postos de executivos, as incertezas sobre o futuro, a competição acirrada, tudo isso tem disseminado o medo também fortemente na iniciativa privada, entre profissionais de todas as áreas.

Os profissionais têm medo de perder o emprego. Os executivos têm medo de perder o status profissional -- e, em conseqüência, o status social. Os empresários e acionistas têm medo de perder a empresa. E todos, por mais que busquem, não encontram respostas prontas na experiência passada ou nos manuais do presente. É cada vez mais difícil traçar cenários futuros num mundo em transformação acelerada. Vivemos numa "bolha do tempo".

Nessa bolha, a principal arma que possuímos é o "método da tentativa e erro", em lugar dos ensinamentos tradicionais e das teorias consagradas. Tentar coisas diferentes, apostar em inovações, sem nunca ter certeza de que vai dar certo. Experimentar. O nó da questão é que o medo inviabiliza essa postura. Quem tem medo não arrisca, fica paralisado e não encontra caminhos novos. As normas, os procedimentos e os hábitos empresariais são adotados como "escudos" para justificar a paralisia.

A essência do mercado é o risco. Isso quer dizer imaginar, descobrir novas formas de atuação, às vezes atropelar hábitos e manuais, para ser diferente e melhor.

"É assim que tem de ser feito." "São essas as normas." "Há uma série de procedimentos que devemos cumprir antes disso." Essas frases vão se tornando comuns numa situação de amedrontamento. Você tem usado essas frases? Se a resposta é sim, está na hora de enfrentar seus medos e assumir mais riscos. Ou alguém os assumirá no seu lugar.

Simon Franco é CEO da Simon Franco/TMP Worldwide do Brasil e autor de Criando o Próprio Futuro e O Profissionauta.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Os benefícios do networking

[ Carreira ]
Os benefícios que o networking proporciona à carreira

Patrícia Bispo
Jornalista responsável pelo conteúdo da comunidade virtual RH.com.br.

Na Era da Globalização as informações chegam às pessoas em um ritmo cada vez mais acelerado. Essa realidade não causa apenas impacto nas organizações, onde ações estratégicas podem ser tomadas com base em fatos que aconteceram no outro extremo do planeta. O dia-a-dia mostra que as pessoas também estão diretamente envolvidas nesse contexto e isso, por sua vez, gera conseqüências diretas na carreira de cada indivíduo. Hoje, não se concebe mais a idéia de que o desenvolvimento deve ser relegado a um segundo plano e tampouco que o isolamento não prejudicará a empregabilidade. Pelo contrário, as pessoas precisam estar atentas ao que acontece ao seu redor e em constante processo de atualização. Um dos recursos que os profissionais contam é o chamado networking ou rede de relacionamentos.

Segundo Neusa Hirota, gerente de desenvolvimento da Votorantim Industrial e consultora especialista em networking, para se construir uma boa rede de relacionamentos, é preciso respeitar quatro premissas: seletividade, respeito, interesse genuíno e reciprocidade. “Respeitadas as proporções em relação ao mundo corporativo, uma boa rede representa acesso a mais informações, a melhores decisões, a melhores oportunidades e maior competitividade profissional”, afirma. Em entrevista concedida ao RH.com.br, a consultora explica ainda que para cada pessoa existe uma forma diferenciada de formar um bom networking.

Neusa Hirota ministrará a palestra “Networking e Inteligência Social: Crescendo Através dos Relacionamentos”, durante o 2º ConviRH - Congresso Virtual de Recursos Humanos, promovido pelo RH.com.br - que acontecerá no período de 15 a 30 de maio próximo. Esse é um tema que merece a atenção de qualquer profissional que deseja sobreviver à competitividade acirrada do mercado globalizado. Boa leitura!

RH.COM.BR - O que podemos chamar de um networking eficaz para um universo corporativo onde a Globalização faz-se sempre presente?
Neusa Hirota - A Globalização trouxe mudanças incríveis para o cenário corporativo. O que ocorre do outro lado do mundo impacta não só as bolsas de valores, mas em vários setores econômicos no instante seguinte. A perspectiva de um determinado negócio ao acordarmos pode ser totalmente diferente daquela de quando formos dormir e vice-versa. Não há mais efeitos isolados no mundo dos negócios, o que torna os networkings um valioso patrimônio. As empresas que têm boas redes de informações - business intellligence - e capital social - no caso corporativo, pessoas competentes, conectadas e emocionalmente inteligentes - tem um grande diferencial competitivo.

RH - Para os profissionais, qual a importância de se manter uma boa rede de relacionamentos?
Neusa Hirota - Respeitadas as proporções em relação ao mundo corporativo, uma boa rede representa acesso a mais informações, a melhores decisões, a melhores oportunidades e maior competitividade profissional. Ascender na carreira, principalmente a funções executivas e estratégicas, não se sustenta na competência técnica do profissional. Agora, prevalece como esta pessoa constrói relacionamentos consistentes que contribuam para o enriquecimento de seus conhecimentos, informações, exposição e vivência. O valor das redes ao executivo foi tema de matéria da revista Exame em abril de 2006. As redes sociais já têm valor tão reconhecido que escolas como Harvard, Stanford e Wharton oferecem programas de doutorado dedicadas ao tema. Quando ministro palestras sobre o tema, procuro dar dicas e ensinar uma maneira sistemática para se criar, selecionar e alimentar uma boa rede de relacionamentos. Os resultados são mais produtivos se tomamos decisões baseados em objetivos claros.

RH - Há pessoas que acreditam que um bom networking é apenas manter uma listagem atualizada de contatos e alimentar uma via unilateral. O que a Sra. pensa sobre isso?
Neusa Hirota - Hoje em dia, com o aumento de contatos e informações que nos chegam por vários meios, colecionar endereços sem cultivar relacionamentos com seus donos é, na melhor das hipóteses, duplicar uma lista telefônica. Muitos acreditam que networking é encaminhar e-mails com piadas - copiando muita gente, distribuir e recolher cartões indiscriminadamente ou buscar velhos conhecidos num momento de necessidade. Perda de tempo para todos os envolvidos. A demanda de todo profissional aumentou devido à velocidade com que as informações passaram a fluir, principalmente depois da Internet. Ser seletivo é questão de sobrevivência. Toda semana recebo currículos de totais desconhecidos, que devem ter obtido meu endereço ou e-mail de alguma listagem ou mala direta. Alguns se dão ao trabalho de redigir uma pequena apresentação de seus objetivos. Outros, além de enviar a mensagem em cópia oculta - ou seja, para vários destinatários ao mesmo tempo, sequer fazem uma apresentação simpática. Qual o valor disso? Zero.

RH - Então, para se manter um networking eficaz, o profissional também deve estar disposto a doar algo de si?
Neusa Hirota - O dia continua a ter 24 horas. Construir e manter uma boa rede tem quatro premissas: seletividade, respeito, interesse genuíno e reciprocidade. Um networking é como uma conta corrente em que uma iniciativa sua, seja contato, demonstração de interesse ou oferta de ajuda representam um depósito. Mas se for pedir um favor ou ajuda, fará dois saques. Atitudes como cancelar encontros de última hora, expor o contato a situações constrangedoras, usar ‘o santo nome da pessoa em vão’ representam mil saques. Claro, a maioria de nossos contatos será de conhecidos, os contatos superficiais com quem nós interagimos no trabalho, eventos, entre outros. Estes não são partes de sua rede, são a lista telefônica ou as páginas amarelas que você poderá consultar ocasionalmente. Mas não espere deles reciprocidade ou atenção se não houver um verdadeiro relacionamento estabelecido.

RH - A networking exige dinamismo?
Neusa Hirota - Sem dúvida. Dinamismo e iniciativa para manter e cultivar relações. Planta-se para colher e não o contrário.

RH - Qual a melhor forma de se iniciar uma boa rede de relacionamentos?
Neusa Hirota - Não há forma melhor ou pior, há a forma que melhor atende a cada um. Para alguns, pode ser por meio de familiares. Para outros, mantendo vivas as relações do colégio e universidade. Há quem desenvolva uma boa rede participando de grupos profissionais - muito comum na área de Recursos Humanos. É importante atentar que apenas ter contato, trocar cartões, não representa incluir alguém na rede de relacionamentos. Reforço as premissas da rede: seletividade, respeito, interesse genuíno e reciprocidade.

RH - Quais as ferramentas mais importantes para se manter um networking?
Neusa Hirota - Um bom networking tem de ter ser organizado. A tecnologia ajuda muito: há scanners para cartão de visitas, o outlook permite vários registros sobre o contato, os palms, blackberries e computadores de mão permitem acesso o tempo todo. Na Internet, há vários sites que permitem organização de contatos, comunicação instantânea -messengers, exposição pessoal - blogs e comunidades, bem como redes profissionais virtuais, caso do Linked In, o mais conhecido deles. Mas, o principal continua a ser o contato ou toque pessoal - e equipamento ou site algum podem substituir isso.

RH - Quais as dificuldades mais comuns que as pessoas encontram para manter uma rede de relacionamentos eficaz?
Neusa Hirota - Em geral, tempo e interesse genuíno. Tempo porque as prioridades são muitas, o dia continua a ter 24 horas e, às vezes, é difícil conciliar agendas. Interesse genuíno porque sem freqüência, os contatos tornam-se superficiais e fica difícil conquistar familiaridade com alguém. É totalmente diferente perguntar a alguém “Como está fulano?” - chamando a pessoa pelo nome - e “Como está sua mulher, marido ou filho?”. Daí minha ênfase na seletividade. Não se pode agradar e nem contatar a todos ao mesmo tempo, sob o risco de não se fazer outra coisa. Um e-mail enviado vai gerar respostas, que irão requerer retorno seu. Imagine, tentar alimentar uma rede de relacionamentos com 100, 500 pessoas com interesse genuíno e reciprocidade?

RH - Que futuro você imagina para quem não valoriza uma rede de relacionamentos?
Neusa Hirota - Sem dúvida, menos oportunidades e informações, mas o que vale é a medida de interações que cada um necessita para se sentir feliz. Nesses anos de prática consciente de networking, tenho recebido tantas oportunidades e conhecido tantas pessoas extraordinárias, que abandonar a prática seria como retirar significado de minha vida. Mas como todo exercício ou ginástica, seu valor fica mais claro depois que se começa a prática. E sempre haverá quem viva achando que está bem sem ela.

Serviço:
2º ConviRH - Congresso Virtual de Recursos Humanos
De 15 a 30 de Maio de 2008
Clique aqui para mais informações: www.convirh.com.br


Publicado em 14/04/2008 no www.RH.com.br.


Os textos publicados não representam, necessariamente, a opinião dos responsáveis pelo site RH.com.br.
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida qualquer reprodução.
© atodigital.com

sábado, 12 de abril de 2008

Conectando pessoas

[ Motivação ]
Conectando pessoas

Tom Coelho
Tom Coelho, com graduação em Publicidade pela ESPM/SP e Economia pela FEA/USP, tem especialização em Marketing pela Madia Marketing School e em Qualidade de Vida no Trabalho pela FIA-FEA/USP.

No decorrer dos últimos meses seguramente você vivenciou ou leu sobre o chamado “apagão aéreo”. Vôos cancelados, atrasos de várias horas, passageiros dormindo no chão dos saguões de aeroportos. Sem falar nos acidentes e na falência de mais uma companhia, a BRA.

Tecnicamente, estes problemas decorrem de uma conjunção de fatores. Da falta de planejamento dos órgãos públicos responsáveis pela regulação da atividade, ao duopólio comandado pela TAM e a GOL, passando pelo aumento da demanda. Mas o que mais chamou a atenção neste período foi a negligência no atendimento aos consumidores.

É curioso notar como as empresas investem maciçamente em programas de capacitação e desenvolvimento de seus profissionais, baseadas no preceito de que em tempos de globalização e concorrência acirrada o cliente torna-se rei. Organizam seminários, treinamentos e palestras motivacionais a fim de promover uma cultura de excelência no atendimento ao cliente. Mas, na prática, o que se observa é o oposto.

Tomemos novamente a crise aérea. É evidente que as mudanças necessárias são de caráter estrutural. Envolvem contratação e formação de novos controladores de vôo; construção e ampliação de aeroportos; abertura do mercado a novas companhias, estimulando a concorrência. Porém, pergunto-me a cada novo embarque: Por que as poltronas de espera não são mais confortáveis? Quando haverá tomadas elétricas em quantidade suficiente para atender aos usuários de computadores portáteis? Por que não colocam músicos e animadores para entreter as pessoas, em especial as crianças, a fim de mitigar os efeitos dos atrasos? E, fundamentalmente, qual o motivo de tanta dificuldade para prestar esclarecimentos e fornecer um bem precioso e que nada custa: informação honesta e transparente aos usuários?

O problema das companhias aéreas é o mesmo da maioria das empresas em todos os setores. Não sabem identificar seus próprios propósitos. A pergunta fundamental e primeira que deveria ser feita por qualquer corporação é: “Qual é o meu negócio?”.

Se resolvessem responder a esta questão, TAM, GOL, Oceanair e todas as demais compreenderiam que não vendem passagens aéreas, transporte ou segurança. Elas vendem economia de tempo. Usamos aviões apenas para chegar com mais rapidez ao nosso destino. Por isso declinamos de carros, ônibus ou trens. Aliás, quando disponibilizarem um trem expresso entre São Paulo e Rio de Janeiro, certamente a demanda por vôos na Ponte-Aérea sofrerá grande retração – com conseqüente queda nos preços. E quando em alguns séculos (ou décadas) o tele-transporte for viabilizado, todos os sistemas convencionais de transporte perderão sua razão de existência.

A baixa qualidade no atendimento ao público, ao que eu chamo de “desatendimento”, é o maior câncer do mundo corporativo nos dias atuais. E isso acontece porque as pessoas trabalham sem paixão e de forma desagregada em suas organizações.

Falta paixão, porque estamos sempre projetando nossas expectativas e ideal de felicidade no futuro. É um estado de “impermanência” latente que nos impede de aproveitar o momento presente e viver com plenitude. Você diz: “Quando eu tiver um carro, quando eu morar em uma casa maior, quando eu for promovido, serei finalmente feliz”. Então você compra um automóvel, muda de residência e sobe na hierarquia. E, meses depois, sente-se novamente insatisfeito e descontente.

Falta sinergia no ambiente de trabalho, porque acreditamos que nossa atividade independe dos demais. Enxergamos a empresa através de departamentos. O objetivo maior consiste em “cada um que faça a sua parte”. Assim, esquecemos que uma empresa é um organismo vivo e interdependente. Precisamos cultivar a empatia.

Assisti a um filme instigante intitulado “O Empacotador”, distribuído com exclusividade no Brasil pela Siamar. É abordada a história real de um jovem portador de Síndrome de Down, que trabalhando como empacotador em um supermercado altera a rotina de todos no estabelecimento ao adotar um padrão superior de atendimento aos clientes.

No filme, o jovem toma consciência de que suas ações podem influenciar favoravelmente o dia das pessoas que visitam sua loja. Ele passa a entregar a cada cliente uma frase motivadora impressa em papel, sensibilizando a todos e incentivando uma reação em cadeia de pequenas ações praticadas pelos demais colegas.

A essência do bom atendimento está lastreada na simplicidade. Trata-se de olhar nos olhos, sorrir, estender a mão, perguntar e ouvir. Trata-se de substituir a indiferença por fazer a diferença, mas a diferença positiva, porque há grande distinção entre mudar e mudar para melhor. Trata-se de conduzir as pessoas a uma experiência memorável, fazendo-as sentirem-se únicas e especiais. Chamá-las pelo nome, cuidar, convidá-las a voltar, liderar pelo exemplo.

Trata-se de conectar pessoas, não interesses. Telefonar para um amigo no dia de seu aniversário, mas também em dias fortuitos. Levar flores para a namorada despretensiosamente. Conquistar e reconquistar, dia a dia, imprimindo uma assinatura pessoal em cada gesto, em cada ação, em cada oportunidade que a vida permitir.


Publicado em 18/02/2008 no www.RH.com.br.


Os textos publicados não representam, necessariamente, a opinião dos responsáveis pelo site RH.com.br.
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida qualquer reprodução.
© atodigital.com

Recrutamento on-line: uma realidade

[ Rerutamento e Seleção ]
Recrutamento on-line: uma realidade cada vez mais presente nas empresas

Leandro Correa Martins
Formado em Administração de Empresas, Uni Sant'Anna - São Paulo/SP.

Patrocinado por AncoraRh Informática (www.ancorarh.com.br)

Escrevi há algum tempo um artigo intitulado "Mudar é essencial para sua carreira" e das muitas mensagens que recebi - através do site RH.com.br onde foi publicado - uma tinha a seguinte pergunta: "Como você avalia o recrutamento pela Internet?".

A área de Recursos Humanos requer cada vez mais sistemas de gestão eficazes para gerir suas demais áreas: Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Planejamento de Carreira, Cargos e Salários, Administração de Pessoal etc... Meu foco será em Recrutamento e Seleção. A gestão eficaz da área de Recrutamento e Seleção depende também de um sistema de recrutamento on-line eficiente. Existem inúmeras ferramentas no mercado para suprir essa necessidade, mas muitas empresas ainda não utilizam essa solução. Acredito que as empresas que não se preocuparem com a gestão de sua área de Recrutamento e Seleção, terão sérios problemas na organização de seus processos num futuro bem próximo.

Atualmente, o recrutamento on-line é a forma mais inteligente de se recrutar candidatos. Existe uma série de funcionalidades que organizam cada processo seletivo de modo que cada candidato em cada vaga, mantenha seus status atualizado, tal como: avaliações do recrutador - entrevistas e dinâmicas -, testes on-line etc. Isso facilita o trabalho dos recrutadores, consultores, assistentes e das áreas coligadas como: Administração de Pessoal, Cargos e Salários, Treinamento e Desenvolvimento, Planejamento de Carreira, já que todas as informações podem ser compartilhadas.

Como exemplo, vejamos alguns diferenciais da solução de e-Recruitment para as empresas, citados por alguns sites que oferecem esse serviço:

- acesso à base exclusiva de candidatos;
- gestão da entrega dos e-mails enviados aos candidatos;
- entrevistas e dinâmicas de grupo on-line;
- candidatura on-line e envio de currículo;
- sistema avançado de busca de vagas e agentes de busca ativos;
- portal na Intranet para recrutamento interno;
- promoção da sua empresa e acesso em qualquer lugar do mundo;
- publicação de vagas no seu website, na sua Intranet e em outros sites de emprego.

As empresas podem manter um contato mais personalizado com os candidatos, enviando mensagens de atualização, agradecimento, informando sobre os processos seletivos etc, podendo atingir um grande público individualmente, melhorando a sintonia com todos os profissionais. Por outro lado, beneficia também os candidatos às futuras vagas, pois eles podem manter seus dados atualizados - entrando com login e senha na área destinada a eles, no site - facilitando futuros contatos; podem contar ainda com eficientes agentes de busca de vagas, recebendo por e-mail as vagas que tem relação com seu perfil/objetivo profissional.

Segundo Lidercio Januzzi, que também publicou um artigo sobre esse assunto no RH.com.br (http://www.rh.com.br/ler.php?cod=3739&org=3), as empresas utilizarão cada vez mais o recrutamento pela Internet e isso vai forçar os recrutadores a obterem competências específicas. Além disso, os gastos com consultorias de recrutamento e seleção irá diminuir consideravelmente.

Como podemos observar, o recrutamento on-line (e-Recruitment) é uma tendência irreversível. Portanto, os recrutadores que não possuem bons conhecimentos em Internet e pesquisa, precisam se aperfeiçoar rapidamente. Em contrapartida, as empresas que ainda não têm uma área de recrutamento on-line devem acelerar seu planejamento nesse sentido, pois aquelas que já possuem, aumentaram substancialmente a eficiência de sua área de recrutamento e seleção, obtendo números bastante positivos nos processos seletivos onde sem dúvida alguma o custo/benefício é seu maior diferencial.

É importante ressaltar que empresas e profissionais devem saber utilizar a Internet com inteligência, responsabilidade e segurança. Afinal, os candidatos só irão cadastrar suas informações em sites de empresas que comprovem a confidencialidade de seus processos, e acima de tudo, a privacidade das informações cadastradas e isso pode ser conquistado com um bom sistema de recrutamento on-line.


Publicado em 23/05/2005 no www.RH.com.br.


Os textos publicados não representam, necessariamente, a opinião dos responsáveis pelo site RH.com.br.
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida qualquer reprodução.
© atodigital.com

Mudar é essencial para sua carreira

[ Carreira ]
Mudar é essencial para sua carreira

Leandro Correa Martins
Formado em Administração de Empresas, Uni Sant'Anna - São Paulo/SP.

Mudança... essa é uma palavra que ao ser pronunciada, move ou trava muita gente. As mudanças fazem parte de nossa vida, mudar de escola, de faculdade, de cidade, de país, trabalho etc. Atualmente, temos mais consciência disso e ainda assim, muitas pessoas torcem o nariz quando o assunto é mudança.

Peter Drucker já disse que nunca, na história da humanidade, tivemos tanto poder de decisão sobre a própria vida como agora. Você pode decidir se vai ser médico ou artista, viver no Norte ou no Sul, quantos filhos terá. Pense na vida de seus avós e você rapidamente concordará com Drucker. (Revista Você S/A_maio 2004).

Reflita um pouco sobre o que diz o sábio Drucker, e verá que na vida profissional, como na pessoal, somos convidados ou sugestionados a mudar nossos caminhos e que o poder para fazer isso acontecer está em nossas decisões. Muitas vezes encaramos isso como uma fraqueza, quando na verdade, ver a mudança como algo positivo, demonstra que não somos acomodados e nos preocupamos em ter prazer naquilo que fazemos. Leia abaixo algumas palavras de Oprah Winfrey*, que mostra como é fundamental gostar do que se faz:

"Quando eu tinha 22 anos e ganhava 20 000 dólares por ano, pensava em como seria feliz se chegasse aos 40 com uma renda de 40 000 dólares anuais. O que eu não sabia na época era como estava me limitando. Acredito que cada um de nós tem um chamado pessoal que é único. O melhor caminho para o sucesso é descobrir o que você ama, trabalhar duro, oferecer seus serviços aos outros e deixar que o Universo guie você. A chave para realizar um sonho é focar em seu significado - e não no sucesso. Assim, tudo fará sentido para você".

*Oprah Winfrey, 50 anos, é empresária e uma das apresentadoras de TV mais famosas dos Estados Unidos. Tem uma fortuna estimada em 210 milhões de dólares e, neste ano, foi a terceira colocada da lista das 100 personalidades mais influentes do mundo, publicada pela revista Fortune. O trecho acima foi escrito por ela na revista The Oprah Magazine. (Revista Você S/A_setembro 2004).

Temos que encarar nossa carreira com muita clareza e alinhar, desde cedo, o pessoal ao profissional, equilibrando as duas coisas. As empresas modernas precisam de pessoas inovadoras, comprometidas, com bom humor e preparadas - acima de tudo - para mudanças, já que os clientes mudam suas necessidades a cada dia. Sua carreira precisa estar alinhada com seus valores; os da empresa também devem coincidir com o que você acredita.

Qualquer mudança requer planejamento e acima de tudo autoconhecimento, pois sabendo quem somos, podemos determinar nossos objetivos e planejar com eficácia nosso futuro. Quero ressaltar que não existe"certo" ou "errado", se você não sabe o que quer da vida, certamente será infeliz. Leia abaixo um trecho do artigo de Arthur Diniz* "Coaching para iniciantes", para entender melhor o que estou falando:

"Afinal, buscar a empregabilidade não é 'o certo'? Creio que é importante ressaltar, aqui, que 'o certo' não existe. Procurar tornar-se apto para o mercado de trabalho sem saber qual o objetivo desejado é a melhor forma de conseguir bons empregos e uma eterna infelicidade. Isto acontece porque as questões mais importantes do processo de escolha profissional não foram feitas:

'o que eu quero fazer com a minha vida?', 'o que é importante para mim?'.

Um MBA pode ser fantástico para algumas escolhas de carreira e praticamente inútil para outras. Sem esses questionamentos, geralmente o jovem vive uma situação de conflitos, quando encontra um trabalho bem remunerado mas que não lhe traz satisfação. Surgem oportunidades financeiramente excelentes, justamente porque ele adquiriu uma formação aprofundada - porém, que não sabia exatamente porque estava fazendo. Uma oportunidade puxa a outra e quando esse jovem - já não tão jovem - pára para analisar, se pergunta como será que chegou lá. Pode concluir que não gosta nem um pouco do que faz, mas já investiu tanto tempo e esforço naquela carreira, que a mudança se tornou um desafio de proporções dantescas".

*Arthur Diniz tem MBA pela Columbia Business School e curso de extensão em coaching estratégico pela FIA-USP. Foi escolhido em 2001 um dos CEOs do Futuro pela Korn/Ferry, FIA-USP e VOCE S/A (Revista Você S/A_setembro 2004).

Mudar é sim essencial para sua carreira, mas sem esquecer alguns princípios básicos como: honestidade, ética e respeito ao próximo. E você está pronto para mudar???


Publicado em 09/11/2004 no www.RH.com.br.


Os textos publicados não representam, necessariamente, a opinião dos responsáveis pelo site RH.com.br.
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida qualquer reprodução.
© atodigital.com

Trabalhe como Distribuidor de Produtos Naturais




Forever Living Products

A Empresa

A Forever Living Products é líder mundial no plantio, processamento e distribuição de produtos de Aloe Vera, assim como líder mundial de produtos de colméia para nutrição.

A história da Forever Living começa com um homem e um sonho ambicioso. Rex Maughan procurou durante anos por uma idéia de negócio que permitisse conjugar os dois maiores objetivos da sua vida: melhor saúde e total liberdade financeira. Em 1978 encontrou o que procurava e convidou 43 pessoas a participar na primeira reunião da Forever Living em Tempe, Arizona (USA). Teve início então uma viagem que viria a proporcionar um negócio de sucesso impensável.

A Forever Living passou rapidamente do sonho de uma pessoa para o sonho de milhões de pessoas. A qualidade dos nossos produtos e a simplicidade do nosso negócio permite a qualquer pessoa, se realmente quiser, melhorar a sua qualidade de vida. A Forever Living desenvolveu uma vasta gama de produtos de qualidade ímpar: sucos de Aloe Vera, produtos de colméia, nutrição, higiene pessoal, cuidados da pele, beleza e cosméticos.

A Forever Living expandiu-se globalmente e encontra-se hoje representada em mais de 120 países, com um volume de vendas superior a 2 bilhões de dólares, tornando-se uma das maiores companhias de network marketing do mundo, e tem seus produtos distribuídos através de mais 8.5 milhões de Distribuidores Independentes nos cinco continentes.

No Brasil, a companhia atua desde 1996. A grande aceitação de seus produtos, o excelente modelo do seu Plano de Marketing e a dedicação de seus Distribuidores fizeram com que a Forever Living Brasil atingisse, em 2006, o 5º lugar e já em 2007 o 3° lugar em vendas no mundo FLP.

A matriz brasileira da FLP fica localizada em Botafogo, Rio de Janeiro. A empresa atende seus Distribuidores em todo o território nacional e já conta com filiais estabelecidas em São Paulo, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Porto Alegre, Joinville, Curitiba, Recife e Belém.

Produtos

Por quase trinta anos, a Forever Living Products dedicou-se a descobrir as melhores fontes de beleza e saúde na natureza para compartilhá-las com o mundo. Sua linha de sucos de Aloe, cosméticos e produtos de cuidados com a pele oferecem os benefícios da Aloe Vera para todo o corpo. Soma-se a isso a sua linha de suplementos nutricionais e de produtos da colmeia, e você terá um sistema completo para alcançar mais saúde e beleza de maneira totalmente natural.

Os produtos a seguir são a prova da incrível capacidade da natureza em oferecer meios de tornar nossa vida mais saudável e, também, representam o comprometimento incansável da Forever Living com a qualidade e a pureza de tudo aquilo o que produz.

O que é Aloe Vera?

Aloe Vera - Barbadensis Miller
A conhecida Aloe Vera ou Babosa é uma planta da família das Liliáceas que possuí inúmeras propriedades regeneradoras, curativas, umectantes,
lubrificantes e nutritivas.
Chamada de "a planta da saúde e beleza", tem seu uso documentado desde a época do antigo Egito, com passagens na Bíblia e antigos documentos fenícios. Também há relatos que Alexandre Magno usava Aloe Vera como único
paliativo para os ferimentos de guerra.
Inúmeras e renomadas instituições científicas e docentes, como o Instítuto de
Ciências e Medicina Linus Pauling, de Palo Alto, Califórnia; Instituto Weisman de Israel, Universidade de Oklahoma e outros, têm efetuado estudos formais sobre a Aloe Vera.

Depoimento de Mahatmãn Ghandi
"Vocês me perguntam quais eram as forças secretas que me sustentavam durante minhas longas jornadas. Bem, foi a minha inabalável fé em Deus, meu simples e moderado estilo de vida, e a Aloe, cujos benefícios eu descobri quando cheguei na África no final do século XIX."

Propriedades
Apoiada por provas de laboratório como o Instituto de Ciências Médicas Linus Pauling, de Palo Alto, Califórnia, o Conselho Internacional de Ciência do Aloe (IASC) e a Universidade de Oklahoma trabalham em estudos oficiais sobre a Babosa. Muito bem, e quais são essas propriedades que fazem desta planta uma "Imperatriz"? O Dr. Greg Henderson, diretor de uma clínica naturalista, no estado da Califórnia, apoiado em provas de laboratório, menciona as seguintes propriedades da babosa:

1) Ação Anestésica: A Aloe Vera reduz a dor ao ser aplicada no lugar do ferimento devido a sua grande capacidade de penetração, ocasionada pela presença de LIGNINA, vantagem que não é encontrada na maioria dos outros produtos.

2) Ação Anti-inflamatória: A Aloe Vera tem uma ação similar à dos esteróides como a cortisona, porém sem os efeitos nocivos que esta provoca. Por esta razão, pode utilizar-se em todos os transtornos inflamatórios, como a bursite, artrite ou picadas de inseto.

3) Ação Coagulante: Como a Aloe Vera contém alto conteúdo de cálcio e potássio, ela provoca a formação de uma rede de fibras que retém os eritrócitos do sangue, ajudando assim a coagulação e a cicatrização necessária. O cálcio é um elemento muito importante para o bom funcionamento do sistema nervoso e para a ação muscular, sendo um grande catalisador em todo o processo de cicatrização.

4) Ação Queratolítica: Esta ação permite que a pele danificada ou ferida se
desprenda, havendo uma renovação de tecidos com células novas. Permite que exista também um maior fluxo sanguíneo através de veias e artérias, livrando-as de pequenos coágulos.

5) Ação Antibiótica: Comprovou-se que a Aloe Vera inibe a ação destruidora de
muitas bactérias, como a Salmonella e os Staphylococcus que produzem o pus, etc. É um produto excelente para a eliminação bacteriana, bem como para a sua prevenção.

6) Ação Desintoxicante: Desintoxicação = eliminação + regeneração + assimilação Devido ao potássio que a Aloe Vera contém, ela melhora e estimula o fígado e os rins, que são os principais órgãos de desintoxicação. A Aloe contém ácido urônico, o qual elimina as toxinas ao nível celular.

7) Ação Nutritiva: A Aloe Vera contém 18 dos 23 aminoácidos (componentes das proteínas) que o organismo necessita para formação de células e tecidos. Além disso, contém enzimas necessárias aos processamento dos carboidratos, das gorduras e das proteínas no estômago e no intestino.

8) Ação Digestiva: A Aloe Vera contém uma grande quantidade de enzimas. Algumas enzimas podem ser produzidas pelo organismo (ex.: pelo pâncreas), porém outras não o são, havendo portanto a necessidade de serem adquiridas externamente. Durante o processo digestivo, as enzimas transformam as proteínas, convertendo-as em aminoácidos; os carboidratos em açúcares (glicose) e as gorduras em ácidos graxos. E desta forma esses elementos transformados são absorvidos pelo intestino e levados à corrente circulatória.

9) Ação Energizante: A Aloe Vera ajuda no bom funcionamento do metabolismo celular, isto é, ajuda na produção da energia que o corpo necessita. Além disso, devido a seu conteúdo de vitamina C, ela produz uma ação que melhora e estimula a circulação e o bom funcionamento do aparelho cardiovascular. A vitamina C não é produzida pelo organismo, por isso temos de buscá-la externamente. Esta vitamina é muito importante para o fortalecimento do sistema imunológico, do aparelho circulatório, do aparelho digestivo, intervindo na prevenção da maioria das enfermidades.

10) Ação Reidratante da Pele: A Aloe Vera penetra profundamente na pele e restitui os líquidos perdidos, além de restaurar os tecidos danificados de dentro para fora, como acontece no caso das queimaduras, tanto as ocasionadas por fogo, por radiação ou pelo sol.

11) Ação Transportadora: A Aloe Vera é um veículo perfeito para transportar
profundamente para dentro da pele outras substâncias ou elementos aos quais está combinada. Esta é a razão pela qual existem milhares de produtos cosméticos e medicinais misturados com Aloe.

12) Ação Regeneradora Celular: A Aloe Vera possui o hormônio que acelera o crescimento de novas células e além disso elimina as células velhas. Graças a presença de cálcio na Aloe Vera, as células podem manter seu equilíbrio interno e externo, proporcionando assim melhor saúde celular a todos os tecidos do corpo, porque o cálcio regula a passagem dos líquidos nestas células. Esta planta milenar será a ferramenta mais importante contra o câncer no futuro, embora já está comprovado desde 1939 que Aloe Vera previni, combate e cura o câncer. O Dr. Faith Strickland, do Centro de Câncer Anderson, da Universidade do Texas, assegura que Aloe Vera evita que o sistema imunológico da pele se danifique. Uma característica importante é que a Aloe Vera contém 18 aminoácidos que o corpo humano necessita para a formação de proteínas.

A linha de produtos Forever Living oferece: saúde, beleza, higiene pessoal, linha de maquiagem, programa de controle de peso, redução de medidas, rejuvenescimento facial, da mais alta qualidade.

Entre em contato conosco para maiores informações sobre nossos produtos e como se tornar um distribuidor FLP:

(11) 2421-7033 - Falar com Humberto.

Plano de Marketing FLP
O Plano de Marketing da Forever Living tem tido sucesso no mundo todo por ser muito simples. É um dos modos mais fáceis de se iniciar seu próprio negócio. E o que é melhor, você iniciará seu negócio com produtos comprovadamente aprovados, e em um segmento de mercado estabelecido e em pleno crescimento.

Nosso plano também o manterá seguro em qualquer nível de sucesso que você atinja. Assim, uma vez que você alcança qualquer posição em nosso Plano de Marketing, você nunca perde esta posição. Você também desfrutará do sucesso de todo seu grupo de Distribuidores, pois o plano não permite que um Distribuidor atinja determinado nível sem que você também o atinja.

Tudo que está relacionado ao modelo de negócio da FLP foi desenhado para ajudá-lo a construir um sólido e estável negócio.

Nós oferecemos reuniões de treinamento e reconhecimento regulares , minimizamos seu esforço com contabilidade, burocracia e estoque para que você possa dedicar mais tempo ao que realmente importa: seus clientes e Distribuidores. Com sua dedicação e um grupo de Distribuidores motivados e bem treinados, seu negócio crescerá de forma constante, gerando maiores rendimentos e aproximando você dos seus sonhos e objetivos de vida.

Várias formas de Ganho
Todas as conquistas no Plano de Marketing FLP são medidas em termos de “caixas-crédito” (cc). Todos iniciam seu negócio como Distribuidores e têm seus ganhos provenientes de vendas próprias pessoais no varejo + bônus sobre vendas pessoais no varejo + bônus sobre as vendas de qualquer grupo de Distribuidores formado por membros adicionados pelo Distribuidor.

Marketing em Equipe

Veja agora o quanto você lucra em cada posição do plano de marketing:

Distribuidor : nessa posição você tem um lucro de 43% no varejo. Não será permitido desenvolver o marketing até que você esteja na posição de Assistente de Supervisor.
OBS: você poderá ingressar na empresa diretamente como Assistente de Supervisor, basta adquirir 2 CC's (2 caixas crédito) diretamente.

Assistente de Supervisor : nessa posição você terá 43% de lucro no varejo; 5% de bônus de volumes nas compras diretas; 5% de bônus dos novos Distribuidores cadastrados por você nesse mês. Quando atinge 25 CC's, em 1 único mês ou em 2 meses consecutivos, você passa para o próximo nível, que é o de Supervisor.

Supervisor : nessa posição você terá 43% de lucro no varejo; 8 % de bônus de volumes nas compras diretas; 8 % de bônus dos novos Distribuidores cadastrados por você nesse mês; 3% de todos os Assistentes de Supervisores do seu grupo. Quando você atinge 75 CC's em 1 único mês ou em 2 meses consecutivos, você passa para o próximo nível, que é o de Assistente de Gerente.

Assistente de Gerente : nessa posição você terá 43% de lucro no varejo; 13 % de bônus de volumes nas suas compras diretas; 13% de bônus dos novos Distribuidores cadastrados por você nesse mês compras; 5% de todos os Supervisores de sua organização; 8 % de todos Assistentes de Supervisores e Distribuidores do seu grupo. Quando atinge 120 CC's em 1 único mês ou em 2 meses consecutivos, você passa para o próximo nível, que é o de Gerente.

Gerente : nessa posição você terá 43% de lucro no varejo; 18 % de bônus de volumes nas suas compras diretas; 18% de bônus dos novos Distribuidores cadastrados por você nesse mês; 5% de todos os Assistentes de Gerentes de sua organização; 10% de todos os Supervisores do seu grupo; 13 % de todos os Assistentes de Supervisores e Distribuidores.

Aproveite essa oportunidade, entre em contato conosco:

(11) 2421-7033 - Falar com Humberto.


Qual a importância do planejamento de carreira?

[ Carreira ]
Qual a importância do planejamento de carreira?

Patrícia Bispo
Jornalista responsável pelo conteúdo da comunidade virtual RH.com.br.

O futuro de uma pessoa pode ser determinado pelas escolhas que ela faz tanto na vida pessoal quanto profissional. No âmbito corporativo isso tem sido comprovado no dia-a-dia, pois se tornou comum os colaboradores direcionarem determinadas ações e investimentos para garantir a empregabilidade, afinal a competitividade no mercado é cada vez maior. Nesse “meio de campo”, existe um recurso que quando bem estruturado pode se tornar um grande aliado de quem deseja superar obstáculos no trabalho e, no caso das organizações, para aquelas que desejam reter seus talentos: o planejamento de carreira.

De acordo com Christianne Saua, consultora Sênior da Korum Transição de Carreira, esse planejamento específico surge em dois momentos distintos. Primeiro, pode ser realizado como forma preventiva, para todos os colaboradores, através da realização de reuniões de discussão de carreira e de feedback de desempenho. Isso vale destacar, poderá gerar discussões positivas sobre o assunto, durante a permanência do profissional na organização. O planejamento de carreira acontece ainda em uma outra situação: quando o funcionário está sendo desligado da empresa e, nesse caso, consiste em oferecer um programa de recolocação em um momento delicado de transição de profissional.

“Este trabalho oferece um suporte ao funcionário desligado, em um período inicial e difícil, após o rompimento de contrato. Junto com um consultor, por exemplo, são realizadas reuniões de planejamento de carreira, levando em conta o perfil pessoal e profissional, a análise do mercado, o projeto de vida pessoal e profissional. Elabora-se, então, uma estratégia de abordagem em relação ao mercado e serão dadas orientações sobre como se comunicar com o mercado”, explica Saua.

É importante que as lideranças estimulem discussões em relação à carreira com seus funcionários e, na medida do possível, ofereçam suporte efetivo para o desenvolvimento pessoal e profissional dos indivíduos. Trabalhando seus recursos internos, o gestor manterá assim uma boa linha de sucessão preparada para futuras possibilidades e necessidades da organização. Outro fator relevante é que ao oferecer um programa de recolocação como um benefício “extra” no momento de rescisão de contrato, a organização passará a mensagem aos colaboradores de respeito e cuidado, a preocupação com a carreira, com as melhorias para um próximo emprego e tudo isso poderá minimizar as possibilidades de uma ação trabalhista.

Mas, os benefícios que o planejamento de carreira não param por aí, muito pelo contrário. Essa prática pode também trazer redução de custo com consultorias de seleção e de investimento em treinamentos iniciais para novos funcionários, diminuir o risco de uma contratação errada e manter um fluxo saudável de crescimento dentro da organização. Somam-se a esses, outros benefícios que podem ser gerados às organizações: aumento da motivação dos funcionários e favorecimento à atratividade de candidatos potenciais. “Quando estimula o planejamento de carreira, o gestor desenvolve sua liderança efetiva, pois em discussões sobre carreira é necessário ter habilidade de dar feedback, saber ouvir, propor e negociar alternativas, ser assertivo. Observa-se também o aumento da maturidade entre ambos, ou seja, líder e liderado”, explica a Christianne Saua, ao acrescentar que uma conversa franca, pontual e sistemática traz o respeito do colaborador ao grupo e à empresa, além de favorecer um maior alinhamento e comprometimento.

Por outro lado, ela alerta para o fato de que é comum encontrar gestores que não realizam uma discussão de carreira com seus funcionários por receio em dizer que a empresa não tem planos futuros de carreira e, dessa forma, perder o colaborador que faz bem o seu trabalho. Um fato mais agravante acontece quando as lideranças alimentam a possibilidade de futuras promoções, mesmo sabendo que estas dificilmente irão ocorrer. Caso não tenham qualquer plano futuro para o funcionário, faz parte da ética profissional “jogar limpo” e o próprio trabalhador terá a oportunidade de decidir por si próprio, ou seja, se prefere continuar na empresa no mesmo cargo, buscar novas posições dentro da organização ou até procurar uma nova recolocação externa.

É fundamental também lembrar que no dia-a-dia organizacional nem sempre a alta liderança possui um budget (orçamento) separado para suportar esse tipo investimento, e vai lentamente promovendo o funcionário quando ele já está efetivamente no cargo por um bom tempo. Outro detalhe importante é que os funcionários, por sua vez, pressionam seus gestores e o RH para fazerem ajustes em seu cargo e salário.

“O profissional de RH ficar em meio a este conflito não é nada bom. A sugestão é preparar os gestores e os funcionários sobre a necessidade de sempre promover uma conversa franca e pontual sobre carreira. Um bom RH e um bom gestor são os que analisam a estrutura organizacional necessária para a condução dos negócios, desde a complexidade das funções, requisitos do cargo até a análise do potencial de seus colaboradores. Que deixem claro aos colaboradores esta estrutura, requisitos de uma próxima função e resultados para uma análise do potencial”, afirma Christianne Saua, ao reforçar que conversando todos podem produzir, por exemplo, planos de desenvolvimento que sustentem esse trabalho, baseados em reuniões de feedback, de interesse de carreira, contendo desafios constantes, treinamentos e projetos diversificados.

Os benefícios – O plano de carreira é benéfico tanto para as organizações quanto para os profissionais. Para o colaborador, essa prática traz um maior alinhamento e segurança por sentir que há um interesse genuíno da empresa por sua carreira. O profissional sente-se motivado em ir em busca de um aprimoramento de suas competências técnicas e comportamentais, e isso, conseqüentemente, favorece é claro a condução do seu trabalho. Já a organização de forma geral ganha maior fidelização do funcionário com a empresa, comprometimento e melhora no clima organizacional.

Mas, quem deve participar da elaboração de um plano de carreira? Para Christianne Saua, é fundamental as presenças do próprio colaborador, do supervisor de segundo nível, juntamente com o apoio de um consultor interno de Recursos Humanos. Todos deverão ter ciência e oferecer suporte efetivo, comprometimento e tomada de decisão em momentos oportunos.

Além de dar ênfase ao conhecimento técnico, um estruturado plano de carreira deverá levar em conta outros fatores como, por exemplo: projeto de vida, perfil, tanto pessoal como profissional e o mercado. Outro fator relevante é não esquecer o desenvolvimento de competências comportamentais tão valorizadas pelas organizações. Nesse item específico entra o esforço do próprio profissional, pois ele terá que fazer um esforço extra e se aprimorar, uma vez que ninguém poderá assumir essa responsabilidade por ele.

Por que é preciso planejar a carreira? – Para a consultora todo e qualquer profissional deve ter um plano de carreira e é fundamental que se comesse a refletir sobre esse assunto desde cedo. “O profissional deve estar atendo às possibilidades, não deixando essa responsabilidade ao acaso ou mesmo em cima dos ombros do próprio RH. É importante que o colaborador saia do comodismo, estrategicamente e com muita diplomacia, busque entender quais são os requisitos de um próximo cargo desejado e vá se preparando”, complementa.

Por fim, Christianne Saua, afirma que o plano de carreira retém funcionário, pois esse o profissional sente que a empresa possui planos efetivos e tem compromisso com ele. Este assunto deve fazer parte da cultura organizacional, sempre oferecendo suporte e condições necessárias de desenvolvimento e feedback constate. “São muitos os benefícios deste trabalho, pelo lado da organização e para o colaborador. Mas o principal é a manutenção de um fluxo sadio de crescimento e desenvolvimento da organização”, conclui.


Publicado em 17/03/2008 no www.RH.com.br.


Os textos publicados não representam, necessariamente, a opinião dos responsáveis pelo site RH.com.br.
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida qualquer reprodução.
© atodigital.com

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Vida profissional: Nós S/A

[ Carreira ]
Vida profissional: Nós S/A

Henrique Carvalho Kuhn
Estudante do curso de Administração, na Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, na cidade de Canoas-RS.

A partir do momento em que começamos a trabalhar em uma empresa, inicia-se um período de grandes trocas. Podem ser anos de cumplicidade, parceria e respeito que devem durar até o último momento em que ambos estiverem unidos. No entanto, em alguns casos, esta relação pode continuar independente do vínculo empregatício que fora extinto.

Nessa relação, há uma mistura de crenças, valores, conhecimentos, habilidades e competências, além, é claro, dos vícios e defeitos das duas partes, que devem ser compartilhados por inteiro e servir de inspiração para um processo de mudança e melhoria contínua de todos. Deve haver uma relação de troca, de cumplicidade e cooperação entre as partes.

O ideal é que haja congruência e sinergia entre nós e a organização. Além de todos esses ingredientes, é essencial que exista prazer nessa relação. A partir dessa boa convivência é que começam a aparecer os resultados por todos esperados. Pela interação, começa a organização. Nós, a nível profissional, vistos de forma isolada da organização onde trabalhamos, não somos nada. Da mesma forma a empresa, que vista sem seus funcionários, não existe.

As empresas durante a sua existência podem alterar a denominação, a razão social. Entretanto, nós, durante a nossa vida profissional, não alteramos o nosso nome nem a nossa marca, a nossa razão pessoal. Tudo que fora construído em relação ao nosso nome é para sempre e pode facilmente ser destruído, eliminando a nossa marca no mercado de trabalho.

Nossa vida profissional, independente de sermos empregados ou donos do nosso próprio negócio, pode durar 40, 50, 60 anos ou mais. Por isso a importância de nos apresentarmos diante dos outros da melhor maneira possível, sempre que estivermos representando a empresa a qual trabalhamos, independente do tipo de vínculo.

A partir do momento em que passamos a fazer parte de uma empresa, temos que dar o melhor de nós para que, juntos, alcancemos o tão esperado sucesso. A responsabilidade entre as partes é enorme, mesmo fora do expediente. Ela, com toda a sua responsabilidade diante da sociedade onde está inserida. Nós, vivendo de forma digna, nesta mesma sociedade, respeitando o vínculo existente.

O certo é que diante de tanta competitividade vivemos em busca de resultados. Para atingi-los, temos que nos preparar e sermos melhores do que os outros. Temos que ter o compromisso moral e ético com nós mesmos de nos superarmos. Mas isso é pouco. Necessitamos superar os outros também. A competitividade entre nós é tão grande que ser melhor do que os outros se transformou numa questão de sobrevivência. No entanto, as organizações devem ficar atentas para que a competitividade entre seus recursos humanos não seja exagerada e se transforme em uma ameaça ao clima organizacional.

Para que nossas chances de sucesso aumentem, temos que estar em um processo contínuo de treinamento e reciclagem. Vivemos em busca do saber profundo. Podemos ser chamados de produto intelectual bruto, diante da capacidade e habilidades que todos nós temos, mas que precisam ser descobertas e trabalhadas para que possam, de fato, contribuírem e nos auxiliarem nessa estressante jornada sem fim. Precisamos ser lapidados. E nesse caminho, precisamos ser humildes o suficiente para compreender e aceitar que podemos errar.

É importante que saibamos gerenciar nossas crises pessoais e profissionais. Parece que estamos sempre envolvidos em algum tipo de conflito. Nesse processo, temos que considerar também os nossos códigos culturais e os dos grupos onde estamos inseridos. A antropologia diz que eles contribuem para formar o nosso sistema de referências, responsável, entre coisas, por nos diferenciar dos outros. Essas características entre nós é que fazem a diferença dentro de uma organização, considerando que um complementa o outro e, todos juntos, formam os times ou equipes.

Fundamental nisso tudo é a comunicação. É importante que tenhamos facilidade de nos comunicarmos e nos relacionarmos com outros, pois isso facilita em muito o nosso dia-a-dia. O certo é que somos recheados de deficiências, necessidades, expectativas, frustrações e, é lógico, sonhos e realizações. Muitas realizações.

Estamos continuamente exercitando nossa capacidade de adaptação. A cada dia, um novo desafio. E a cada desafio, uma oportunidade real de auto-realização. E a cada realização, força para encarar os novos desafios que virão e assim sucessivamente. Pode-se então perceber que é proibido parar. É preciso sempre prosseguir rumo a um futuro diferente e melhor.

Diante disso, podemos ver a nossa falta de conhecimento, as dificuldades e os erros não como uma ameaça, mas como uma oportunidade real de mudança. Dos nossos piores momentos, podem surgir nossas melhores opções de escolhas, capazes de nos levar ao sucesso. Assim como a natureza – essa roda viva – estamos em constante transformação. Somos mutantes. Somos gente.


Publicado em 07/04/2008 no www.RH.com.br.


Os textos publicados não representam, necessariamente, a opinião dos responsáveis pelo site RH.com.br.
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida qualquer reprodução.
© atodigital.com

Trainee: Quando a arrogância supera o potencial

[ Liderança ]
Trainee: Quando a arrogância supera o potencial

Adriana Gomes
Psicóloga, pós-graduada em psicologia clínica, mestranda em psicologia Social na UNIMARCO.

Uma das queixas que tenho ouvido com freqüência e chamou minha atenção principalmente, em um Fórum de RH, no qual fui mediadora, diz respeito às atitudes dos jovens trainees. Não foram destaque, nessa ocasião, as competências técnicas, mas ao contrário, a arrogância e a prepotência de muitos deles, diga-se de passagem, muito bem graduados e saídos de escolas de primeira linha.

Esses jovens são tratados e levados a crer que fazem parte de uma elite melhor que o restante da humanidade, que serão os futuros líderes de grandes companhias e, assim tratados, sua conduta é complementar, mas muitas vezes a arrogância supera o talento e seu potencial. Sempre recorro ao dicionário para não cometer injustiças, por esta razão apresento a seguir a definição do Houaiss para arrogância: “qualidade ou caráter de quem, por suposta superioridade moral, social, intelectual ou de comportamento, assume atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; orgulho ostensivo, altivez”.

Bem, quase nem precisaria continuar esse artigo com tamanha clareza de definição, mas o que me intriga é justamente a reclamação por parte dos líderes organizacionais e dos profissionais de RH que legitimam a situação e depois reclamam das conseqüências. Desde o início dos processos seletivos e a cada etapa eliminatória, são levados a crer que são feitos de matéria diferente dos seus oponentes desclassificados.

Em algumas faculdades, “formadoras de líderes”, esses jovens são levados a desenvolver técnicas, a conhecer fórmulas, realizar análises sobre retorno de investimentos, cenários, macroeconomia, tecnologias de informação, programas e sistemas de gestão e outros que tais, mas poucos são incentivados a desenvolver suas competências comportamentais, que o fazem precariamente nos botecos ao redor das faculdades. Poucos são os que conseguem se dar conta do universo em que estão inseridos ? Brasil ? com suas monstruosas diferenças sócio-econômicas-culturais e pensam que uma multinacional americana, por exemplo, vista como a preferência de 9 entre 10 estudantes universitários é a versão empresarial da Disney.

Depois de arduamente selecionados – sim, pois os processos são verdadeiras maratonas que levam meses – esses jovens recebem tratamento diferenciado. São recebidos com cerimônias e logo começam a gerar problemas de relacionamentos em 360 graus com as lideranças, pares, equipes, pois não entendem – até pela falta de maturidade, de experiência de vida, que o mundo não termina no seu umbigo; que as pessoas não existem apenas para servi-los; que o mundo é muito maior do que a escola que freqüentaram e que o mundinho asséptico e higiênico em que foram criados.

Demanda tempo capacitar as pessoas em relação ao respeito às diferenças, a mesma capacidade que leva grandes times à conquista de belos resultados. Mas esses jovens têm alguma dificuldade para lidar com essas diferenças e para perceber que a situação está mais para uma Torre de Babel do que para o tal alinhamento de idéias e valores tão amplamente divulgado. As pessoas são diferentes, falam diferente, têm valores diferentes e que não basta apenas a aplicação de fórmulas e conceitos, nem análise do ROE, senão que o maior investimento deve ser em conhecer as pessoas com quem se trabalha, ser e demonstrar-se humilde, estar aberto ao aprendizado, pois foi para isso que foram selecionados.

Devem estar dispostos a conhecer o universo alheio, pois a formação acadêmica por si, não contempla muitas vezes, ainda, outros saberes e tão pouco supera as experiências que só virão com os erros que certamente acontecerão. Até a frustração com as expectativas serve como aprendizado e para que a pseudo-superioridade caia por terra. É preciso ensinar aos jovens que errar faz parte do jogo, que não se ganha todas, mas que muitas vezes se aprende muito mais perdendo do que vencendo.

Fica um alerta aos profissionais que se envolvem com o processo de formação desses jovens trainees, e incluo nessa lista os professores de graduação, os profissionais de RH e até os pais, no seu importantíssimo papel de PAIS e orientadores de valores e atitudes que devem ser. Muitos pais, a exemplo dos noticiários escandalosos de jornais, legitimam e inflam o ego dos seus filhos planejando um futuro brilhante para sua prole e esquecem de olhar o presente, esquecem de ver o que acontece hoje ao seu redor.

Se quisermos um futuro com líderes mais conscientes, com maior capacidade para lidar com as diferenças – não por ser mais um modismo, mas simplesmente porque o mundo em que vivemos é constituído pelas diferenças e que sabendo lidar com elas se vive melhor – é preciso educar e orientar para assim, quem sabe, nos livrarmos dos ditadores que pregam uma falsa igualdade visando apenas interesses próprios. Desta maneira, acredito que o produto final de alguns bem-intencionados Programas de Trainees possa ser a formação de líderes responsáveis em desenvolver seu potencial para agir positivamente na sociedade e inspirar seus colaboradores a demonstrar o melhor que o ser humano tem a oferecer.


Publicado em 07/04/2008 no www.RH.com.br.


Os textos publicados não representam, necessariamente, a opinião dos responsáveis pelo site RH.com.br.
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida qualquer reprodução.
© atodigital.com