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sábado, 9 de março de 2013

O que você faz quando não consegue resolver algo importante e que é de sua responsabilidade?







ABORDAGEM COACHING – Edição 3
Autor: Coach Roberto Vieira Ribeiro
Tema: Eu não consigo resolver isso

O que você faz quando não consegue solucionar algo importante e que é de sua responsabilidade?

A Cristina (nome fictício) é gestora de uma importante importadora e viveu intensamente esse drama. Em um dos exercícios do APRENDA COACHING Individual e Personalizado ela me pediu para trabalhar essa questão. Na medida em que relatava o caso a sua expressão e gestos aparentavam tensão e sofrimento e concluiu a história falando baixinho, quase um murmúrio, “eu não consigo resolver isso, não dá, não sei mais o que fazer”.

Você já passou por isso?

No programa Individual e Personalizado eu trabalho o dia todo com uma única pessoa, privativamente, de maneira que já obtivera informações e já tinha observado aspectos relevantes para orientar o meu procedimento, e fiz assim:

- Cristina, pelo que entendi do seu relato você já esgotou todas as alternativas possíveis para RESOLVER esta situação. É isso?

- Sim, infelizmente, afirmou ela enfaticamente.

- Neste caso, há algo que você possa fazer para MELHORAR UM POUQUINHO a situação?

Foi impactante. Ela ficou me olhando sem emitir som, então “explodiu”. - Sim, claro que sim, disse ela, já emendando com uma medida concreta para tal.

- Excelente, Cristina! Há algo mais que você possa fazer para melhorar isso?

- Ela repetiu a dose com entusiasmo!

Ao término do exercício que levou cerca de 15 minutos a Cristina havia resolvido o que a torturava a dias e cuja solução parecia estar fora do seu alcance.

Convido para que conheça as opções do APRENDA COACHING no www.robertovieiraribeiro.com.br.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Estabilidade ou promiscuidade na carreira?




* por Tom Coelho

“Os líderes de amanhã sabem compartilhar o poder,
a informação e o compromisso.”
(Flávio Kosminsky)


Uma das maiores dificuldades atuais das empresas está na chamada retenção de talentos. Após investirem em recrutamento, seleção e treinamento de seus profissionais, assistem a muitos deles se desligarem seduzidos que são ora por um salário maior, ora por benefícios, ora pelo status conferido pelo nome da organização ou pelo título do cargo oferecido.

Acrescente-se a este aspecto a crença propalada, em especial a partir do ano 2000, de que uma carreira de sucesso constrói-se através de múltiplas experiências profissionais em diferentes companhias.

Houve um tempo em que o profissional confiável e competente era aquele que não passava por mais do que uma ou duas empresas até sua aposentadoria. Hoje isso é visto como sintoma de acomodação, apontando para obsolescência, aversão ao risco, falta de dinamismo e ambição.

Abomino rótulos, generalizações e paradigmas. Verdades absolutas, tidas inquestionáveis, que obscurecem o pensamento, turvam a razão. Onde está escrito que esta rotatividade de empregos é necessária ou mesmo saudável? Por que não podemos edificar uma carreira auspiciosa atuando em uma mesma organização, onde conhecemos as pessoas e o ambiente, assimilamos e nos alinhamos à sua cultura, alcançamos prestígio, além de estabilidade e acúmulos salariais?

Estamos equivocadamente ensinando aos nossos jovens que uma carreira sólida demanda promiscuidade corporativa, quando o que entorpece e definha o profissional é sua estagnação. É parar no tempo, realizar as mesmas tarefas, deixar de estudar e de aprender. E isso pode acontecer mesmo pululando de uma empresa para outra.

Para alcançar o topo da hierarquia, o que vale a pena perseguir é a mobilidade horizontal, conhecendo a companhia integralmente, militando em diversas áreas, compreendendo a sinergia entre os departamentos. No caso de empresas de grande porte, há ainda a possibilidade de migrar para filiais ou outras empresas do grupo, inclusive no exterior. O fato é que enquanto houver desafios e satisfação pessoal, não há motivos para se mudar de emprego.

Todavia, se a mudança for fruto de decisão madura decorrente de falta de reconhecimento, clima organizacional desgastado, cabeça batendo no teto ou por força de proposta irrecusável, assegure-se de que, quando o entusiasmo arrefecer e a rotina se instalar, a nova empresa não se mostre uma autêntica “amante argentina”, cerceando sua autonomia, eliminando privilégios e exigindo o comprometimento que um dia você não pôde ou não soube honrar.


* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.